Amizade Dolorida | 1ª temporada


Episódios de quinze minutos me fizeram começar Amizade Dolorida (Bonding), nova série da Netflix. O primeiro episódio nos apresenta Tiff e Pete, dois amigos do colegial que se reencontram quando a garota pede sua ajuda com o seu trabalho de dominatrix.

Os protagonistas tem uma química boa, mas a série nesse primeiro episódio não é engraçada, algo que deveria ser, e sua história rasa não nos empolga a continuar. A Netflix tem ótimas séries, mas peca em certos casos, e Amizade Doloridaé um desses.
A série tem uma melhora a partir do terceiro episódio, quando começam a focar mais nos dramas pessoais dos personagens, além do destaque que outros passam a ter, como é o caso de Doug, mas isso não salva a série de ser um investimento desnecessário da plataforma.

Com álbum de qualidade inquestionável, Pitty troca de pele e se renova mais uma vez com Matriz

Depois do denso Setevidas (2014)Pitty volta cinco anos depois com Matriz, um álbum que aborda diversas questões ao decorrer das suas músicas, se tornando o primeiro trabalho da banda em que é evidente o quanto uma música completa a outra, e isso foi proposital, onde as vinhetas Saudade Azul estão ali para complementar as músicas que as antecedem e também que lhe substituem.

Toda a maestria de Pitty vem acompanhada de suas raízes, da música baiana. Assim como nos outros álbuns, Pitty trocou de pele e renovou seu som, mas sua identidade ainda está lá. Ativa nas redes em prol de causas humanistas e feministas, Matriz continua o discurso da artista contra o machismo, o preconceito, e Bicho Solto, faixa que abre o álbum, já nos entrega um pouco do clima do álbum.
Noite InteiraSubmersa, Roda e Ninguém é de Ninguém também são faixas que merecem ser sentidas e entendidas, sendo as melhores faixas de Matriz. E se analisarmos, primeira amostra do álbum, Te Conecta, fica pequena no restante do repertório.
A releitura de Para o Grande Amor não faria tanta diferença no álbum, enquanto a de Motor se mostrou uma decisão acertada e casou muito bem com o restante do repertório.
13 anos se passaram desde o Admirável Chip Novo, e nem foram tantos lançamentos de lá para cá, mas uma coisa é certa: Pitty sempre nos entrega um trabalho de extrema qualidade e peso, nunca decepcionando o seu público sedento por suas palavras através da música.
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