Heartstopper | 3ª temporada


A terceira temporada de Heartstopper trouxe momentos importantes e necessários, especialmente ao explorar o arco da saúde mental de Charlie. A abordagem sensível da série em tratar da sua luta contra um distúrbio alimentar e os traumas que carregou foi essencial para dar profundidade ao personagem e à história. É louvável como Heartstopper continua ampliando diálogos sobre questões delicadas, especialmente para um público jovem, mostrando a importância de empatia, apoio mútuo e saúde emocional.

Por outro lado, essa temporada também apresentou um ritmo mais lento em comparação às anteriores. Ao dar mais espaço para o desenvolvimento desse arco, a trama central acabou perdendo um pouco de sua energia característica, com momentos que pareciam se arrastar ou ser repetitivos. O foco na relação de Charlie e Nick permaneceu doce e inspirador, mas a narrativa geral deixou a sensação de que algo ficou faltando para sustentar o dinamismo e o frescor tão marcantes nas temporadas anteriores.
 
Ainda assim, a temporada cumpre seu papel ao expandir o universo emocional da série e reforçar mensagens importantes. Para alguns, esse tom mais reflexivo foi um acerto necessário; para outros, pode ter deixado saudades do charme leve e envolvente que conquistou o público inicialmente. Resta saber se a série vai conseguir encontrar o equilíbrio perfeito na próxima temporada.


 


Ensaios da Anitta | Quando a opinião vira ataque e desrespeito com o trabalho do artista


Em tempos onde a comunicação é imediata e as redes sociais são palco de opiniões instantâneas, o respeito pelo trabalho artístico parece estar em segundo plano. O exemplo mais recente vem de Anitta e a capa de seu novo álbum, “Ensaios da Anitta”. Antes mesmo de conhecerem o conteúdo ou entenderem a proposta do projeto, muitas pessoas se apressaram em criticar a estética da capa, com comentários como “feia” ou “mal feita”.

O que estamos testemunhando é um comportamento cada vez mais comum: a falta de compreensão sobre o que é o trabalho de um artista. A capa de um álbum, assim como qualquer escolha estética, é resultado de um processo criativo, pensado e decidido por um artista e sua equipe. Há uma narrativa, um conceito e um propósito por trás de cada detalhe, mesmo que nem todos se identifiquem com o resultado final.


Anos atrás, essas decisões chegavam ao público através de revistas, jornais ou entrevistas. Hoje, com as redes sociais, parece que o público se sente no direito de não apenas opinar, mas desmerecer, como se cada trabalho precisasse de uma aprovação coletiva para existir. A liberdade de expressão nas plataformas digitais tem se transformado em um espaço de desrespeito, onde a crítica se confunde com ofensa e a opinião pessoal vira ataque gratuito.


É importante lembrar que a arte não precisa agradar a todos. Ela existe para provocar, comunicar, emocionar ou até mesmo incomodar. E, como público, nosso papel é simples: consumir ou não, gostar ou não. Mas isso não nos dá o direito de desmerecer o trabalho alheio. A decisão de como será um projeto – seja a capa de um álbum, o roteiro de um filme ou uma coleção de moda – pertence ao artista e sua equipe.


Criticar é válido, mas com responsabilidade. Questionar ou analisar algo dentro de um contexto faz parte da relação entre público e arte. Porém, o que vemos com frequência é o julgamento raso, baseado apenas em gostos pessoais, que desconsidera o esforço e a intenção por trás de um projeto.


Que possamos aprender a valorizar mais o processo criativo, mesmo quando ele não corresponde às nossas expectativas. Respeitar o trabalho do outro é, antes de tudo, um ato de empatia e compreensão. Afinal, a arte sempre será subjetiva, mas o respeito deve ser universal.


“Garota do Momento” surpreende e conquista o público com elenco afiado e trama envolvente

 



A nova novela das seis da TV Globo, Garota do Momento, escrita por Alessandra Poggi, mesma autora de Além da Ilusão, chegou às telas com uma proposta ousada e já vem mostrando que é uma das grandes apostas da emissora. A história, que mistura drama, romance e tensão, não só atraiu a audiência como também tem gerado comentários positivos nas redes sociais.


Um dos maiores destaques é Carol Castro, que assume o protagonismo em um papel mais maduro e repleto de camadas. Desde o primeiro capítulo, a atriz entrega cenas dramáticas e difíceis com uma naturalidade impressionante, mostrando sua força em uma personagem complexa e empática. Sua performance tem sido essencial para dar o tom emocional à trama.


Outro nome que vem brilhando é Duda Santos, que interpreta uma mocinha que foge do estereótipo tradicional. Desde a primeira cena, a atriz demonstra domínio de sua personagem, construindo uma figura feminina forte, que não se deixa abater pelos vilões. Com sua determinação e carisma, Duda vem conquistando o público a cada capítulo, e sua atuação promete ser um dos pontos altos da novela.


E não podemos deixar de mencionar Maisa, que encarou o desafio de viver a vilã Bia. Apesar de algumas dúvidas sobre sua capacidade de transitar para papéis mais densos, a atriz tem calado os críticos e roubado a cena com uma interpretação marcante. Bia é ardilosa e imprevisível, e Maisa entrega essa complexidade com segurança, consolidando-se como uma das grandes revelações do elenco.


A novela, no entanto, não se sustenta apenas em seu elenco talentoso. A direção está impecável, garantindo que cada cena seja visualmente impactante e bem conduzida. A trama, escrita com cuidado e repleta de detalhes que enriquecem a narrativa, é outro ponto forte. Alessandra Poggi prova mais uma vez sua habilidade em criar histórias envolventes, com personagens profundos e bem trabalhados.


O sucesso de Garota do Momento não é à toa. A combinação de um elenco afinado, uma direção primorosa e um texto cuidadosamente construído tem rendido à novela ótimos índices de audiência e o carinho do público. Ainda no início, a trama já mostra potencial para se tornar uma das melhores novelas dos últimos anos, marcando mais um acerto na teledramaturgia da Globo.


A Regra do Jogo: uma trama que prometeu mais do que entregou

Exibida entre 2015 e 2016, A Regra do Jogo, de João Emanuel Carneiro, chegou com a responsabilidade de suceder o fenômeno Avenida Brasil. Apesar do elenco de peso e de um início promissor, a novela acabou sendo marcada por sua irregularidade, alternando entre momentos brilhantes e escolhas narrativas frustrantes.


Cauã Reymond como Juliano teve seus altos e baixos. Embora o casal Juliano e Tóia (Vanessa Giácomo) fosse insosso, o personagem tinha carisma quando estava em cena sozinho, especialmente ao se aliar ao policial Dante, vivido por Marco Pigossi. Mesmo sendo, ironicamente, “o policial mais burro da dramaturgia”, Dante protagonizou cenas de impacto, sustentadas pelo talento de Pigossi, que lidou bem com momentos difíceis e exigentes. Já Tony Ramos, com o dúbio Zé Maria, roubou a cena na reta final, quando o personagem assumiu de vez seu papel como líder da facção, entregando uma atuação magnética.


Giovanna Antonelli como Atena foi outro ponto alto da novela, especialmente nos primeiros meses. A trambiqueira era divertida, perspicaz e conquistava o público com sua ousadia. Contudo, em determinado momento, sua trajetória estagnou, e ela passou a girar em torno de Romero (Alexandre Nero). Apesar da excelente química do casal, o envolvimento amoroso apagou o brilho da personagem, que chegou a desaparecer de cena por vários capítulos. Romero, que começou como um dos protagonistas mais interessantes da novela, perdeu força ao tentar embarcar em uma jornada de redenção que o tornou cansativo e previsível. 


José de Abreu, como o corrupto Gibson, foi um dos destaques absolutos. O personagem, com claros paralelos a figuras políticas inelegíveis, teve um arco intenso na reta final, e Abreu brilhou ao interpretar um homem encurralado, entregando cenas de grande intensidade dramática.


Mas, assim como teve seus acertos, A Regra do Jogo apresentou muitos problemas. Com um início eletrizante, a trama central foi perdendo ritmo, tornando-se lenta e repetitiva. As histórias pareciam andar em círculos, e muitos núcleos secundários pouco ou nada contribuíam para a narrativa principal.


Algumas tramas paralelas foram simplesmente abandonadas. Andressa Turbinada, por exemplo, surgiu do nada e desapareceu da mesma forma, sem resolução clara, apesar da acusação de agressão contra Merlô (Juliano Cazarré). Seu desfecho foi relegado a um comentário aleatório de Alisson (Letícia Lima) e Ninfa (Roberta Rodrigues). O arco de Domingas (Maeve Jinkings) e Juca (Osvaldo Mil) começou promissor ao tratar de violência doméstica, mas descambou para o absurdo com a entrada de um estranho em sua casa, que rapidamente virou seu parceiro. E o final de Juca foi apenas mencionado no último capítulo, sem uma conclusão digna.


O núcleo de troca de casais entre Indira (Cris Vianna), Oziel (Fábio Lago), Tina (Monique Alfradique) e Rui (Bruno Mazzeo) foi outro ponto fraco, servindo apenas para preencher tempo com situações desinteressantes. Essas histórias secundárias, muitas vezes enfadonhas, contribuíram para o desgaste da trama.


No geral, A Regra do Jogo é uma novela mediana, aquém das expectativas para um autor com o histórico de João Emanuel Carneiro. Comparada a suas outras obras, como A Favorita, Cobras & Lagartos e Da Cor do Pecado, esta foi a mais fraca. Com 167 capítulos, a trama robusta parecia carecer de história suficiente, resultando em uma narrativa cansativa e cheia de repetições. Embora tenha tido momentos e atuações memoráveis, o saldo final foi de uma obra que prometeu mais do que conseguiu entregar.


“Tieta” é confirmada no Vale a Pena Ver de Novo

 


Uma das novelas mais icônicas da televisão brasileira, Tieta retorna ao Vale a Pena Ver de Novo a partir de 2 de dezembro. Livremente inspirada no romance Tieta do Agreste, de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares conquistou o público com seu humor irreverente, personagens carismáticos e atuações memoráveis.


Em 2024, Tieta completa 35 anos desde sua exibição original, entre 1989 e 1990, e ainda permanece viva na memória dos fãs de novelas. Nas redes sociais, muitos manifestaram o desejo de ver a trama substituir Alma Gêmea no horário. Como parte de uma ação especial, a TV Globo presenteou com um aparelho de televisão dez pessoas que acertaram a novela como a próxima reprise, em uma homenagem à cena icônica em que Tieta retorna a Santana do Agreste distribuindo televisores para a população.


Sobre a trama


Ambientada na fictícia Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, a história começa quando Tieta, vivida na primeira fase por Claudia Ohana, é expulsa da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), indignado com o comportamento liberal da filha e influenciado pelas intrigas de Perpétua, outra filha, interpretada por Adriana Canabrava. Humilhada, Tieta parte para São Paulo. Vinte e cinco anos depois, agora interpretada por Betty Faria, ela volta rica, exuberante e disposta a se vingar daqueles que a maltrataram. Ao retornar, Tieta promete ficar e logo altera a rotina de todos os moradores.


Para provocar a família, ela inicia um romance com o sobrinho, Ricardo (Cássio Gabus Mendes), jovem seminarista e filho de sua irmã Perpétua, agora vivida por Joana Fomm, cuja atuação consagrou Perpétua como uma das grandes vilãs da teledramaturgia, eternamente em luto. Os habitantes da cidade também enfrentam a chegada de uma fábrica de dióxido de titânio, que, embora traga progresso, promete causar sérios impactos ambientais. Santana do Agreste, próxima de Aracaju e Salvador, estava estagnada até o retorno de Ascânio Trindade (Reginaldo Faria), que volta com o sonho de trazer modernidade e desenvolvimento ao lugar. Como secretário da Prefeitura, ele se une a Tieta para promover a transformação da cidade.

Votações abertas para a décima edição do Melhores do Ano

 

O ano se aproxima do fim, e pela primeira vez desde 2020 temos a votação dos Melhores do Ano aqui no Portal Comenta, e essa é a décima ediçãoA votação celebra os destaques do entretenimento, com categorias que vão desde Melhor Novela e Melhor Série até as de Melhor Atriz e Melhor Ator

A votação é online e aberta ao público, então acesse, escolha os melhores do ano e faça parte desse momento tão especial que é celebrar o que foi o ano de 2024 no mundo da arte.

Você sabia? Considerada um sucesso, "Vamp" derrubou a audiência do horário das 19h

 


Curiosidade do mundo das novelas! 

Embora muita gente lembre de Vamp como um grande sucesso de audiência, poucos sabem que a novela, na verdade, derrubou os números da antecessora em cerca de 8 pontos.

Anos depois, O Beijo do Vampiro enfrentou situação parecida, com uma queda de 5 pontos, mas ainda se for comparar as duas tramas do autor e que seguiram a mesma temática, O Beijo do Vampiro conseguiu segurar uma porcentagem maior do público, mesmo sendo considerada um fracasso por muitos. 

Esses dados mostram que nem sempre uma trama marcante reflete altos índices de audiência – mas, definitivamente, deixa uma marca na memória do público!

© all rights reserved
made with by templateszoo