Nostalgia 2020: O Charme e o Talento de Sandra Bréa

 

Considerada como a rainha da televisão brasileira nos anos 70, Sandra Bréa consagrou-se como uma grande atriz. Com papeis memoráveis em O Bem-Amado (1973), dando vida à Telma Paraguaçu, e em TiTiTi (1985), interpretando Jaqueline. Sandra viveu de forma intensa e mostrou ser mais que um rosto bonito. Além de ter marcado seu nome na história da televisão. Este mês, a coluna nostalgia relembra um pouco de sua carreira. 

Sua vida artística começou como modelo aos 13 anos de idade, e logo sua beleza chamou bastante atenção. Diante disso, aos 14 anos ingressou ao teatro poeira no Rio de Janeiro, porém sua estreia aconteceu aos palcos só aos 15 anos na peça Plaza Suíte (1968), ao lado de Fernanda Montenegro e Jorge Dória.

O convite para televisão não demorou muito para surgir, e em 1970 estreou em Assim na Terra como no Céu, dando vida à jovem Babi. Elogiada pelo seu desempenho no humorístico Faça Humor; Não Faça Guerra (1970), em 1972 Daniel Filho a convida para participar do estrondoso sucesso O Bem-Amado, logo depois deste trabalho, Sandra emendou uma produção atrás da outra. Dentre os trabalhos já citados, a atriz se destacou em Os Ossos do Barão (1973), Corrida do Ouro (1974), Escalada (1975) e em O Pulo do Gato (1978)

Mas o verdadeiro auge se deu no programa que a mesma dividiu com Carlos Miele. Neste programa, Sandra atuava, dançava e entrevistava grandes convidados. De acordo com o site Memória Globo: “Em 1972, Sandra Bréa e Luiz Carlos Miele faziam parte do elenco do espetáculo musical Regina Mon Amour, estrelado por Regina Duarte. A dupla fazia um número interpretando a cação Money, Money, celebrizada por Liza Minelli no filme Cabaret. O diretor do espetáculo, Augusto César Vanucci, enxergou nos dois o potencial para um programa de televisão. A ideia se tornou realidade em 1976, com Sandra & Miele, dirigido pelo próprio Vanucci.” 

Ainda nos anos 70, Sandra estampou diversas capas de revistas, algumas delas com ensaio nu a exemplo das extintas Palyboy e Status, o que a consagrou símbolo sexual, por tanto, Sandra não queria ser reconhecida apenas pelo seu corpo. No fim desta década ainda participou da novela Memórias de Amor (1979). Já nos anos 80, fez Elas por Elas (1982), teve uma passagem pela Rede Bandeirantes,em 1983, dando vida à Laura na novela Sabor de Mel.


Retornando a Rede Globo, ingressa ao elenco da memorável TiTiTi. Interpretando Jaqueline, Sandra reafirma o seu talento e cai no gosto popular com sua personagem. Depois fez participações em Hipertensão (1986), Bambolê (1987), Pacto de Sangue (1989), Gente Fina (1990) e em Felicidade (1991), seu último trabalho na televisão, interpretando Rosita. Em 1993, Sandra reúne alguns jornalistas e anuncia ser portadora do vírus HIV, a partir daí viveu reclusa e se afastou de todos.

Retornou à televisão em uma participação especial no último capítulo da novela Zázá (1997), em sua participação a atriz reafirma a vontade de viver e encoraja as pessoas acometidas pelo vírus. Desde que anunciou ser soropositiva Sandra, sempre afirmou que a AIDS não iria lhe matar, e em 1999, a atriz foi diagnosticada com um tumor maligno no pulmão, recusando o tratamento feito à base de quimioterapia e radioterapia, os médicos lhe deram mais seis messes de vida, e em 04 de maio de 2000, ela faleceu aos 47 anos de idade.




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