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Relembre os desenhos animados dos anos 80


POR MAURÍCIO NETO

Muitos dizem que a década de 1980 foi a melhor. Olhando um pouco a história dos anos 80 fica difícil discordar que pelo menos foi uma época muito alegre e carismática, com muitas baladas, músicas, filmes, jogos, brinquedos, cabelos e roupas extravagantes. Os ecos dos anos 80 são ouvidos até hoje na nossa cultura e na nostalgia de muitos que a viveram!  Muitos desenhos animados daquela época, ainda são febre entre o adultos hoje em dia.

Se você foi criança nos anos 80 e 90, provavelmente, passava muitas horas em frente à TV assistindo desenhos animados, certo? O Jurandir Dalcin Comenta fez uma galeria especial com todos esses programas que entretiam os pequenos durante a infância. 

Os Smurfs



A produção foi entre 1981 e 1989 do desenho Os Smurfs, e é marcante lembrança dos anos 80. Foram 250 episódios com divisão por 9 temporadas, apresentando os duendes azuis que moravam em casinhas de cogumelos, em Vila Escondida. O desenho foi transmitido no Balão Mágico, e Xou da Xuxa, até começo da década de 90.



Cavalo de Fogo



Cavalo de Fogo é considerado animação marcante da década de 80, com enorme sucesso, mesmo com somente 13 episódios. A música-tema apresentada na abertura é inesquecível, esta que até dias atuais permanece na memória dos jovens que eram crianças há mais de 20 anos. 

Princesas sempre estiveram em alta com as meninas, mas na década de 80 outras princesas estavam surgindo. Princesas que mantinham a beleza dos arquétipos mais antigos, mas que eram valentes, guerreiras. She-Ra estava fazendo um enorme sucesso seguindo essa linha, e a Hanna-Barbera resolveu que era hora de criar uma outra princesa de cabelos dourados que também pudesse se defender sozinha, protagonizando sua própria história ao invés de esperar ser salva pelo príncipe encantado.
Foi assim que surgiu a princesa Sara e o Cavalo de Fogo. Produzido em 1986, ele foi exibido na rede de televisão norte-americana CBS. No Brasil, Cavalo de Fogo foi exibido pelo SBT nos programas Oradukapeta e Show Maravilha.


Muppets Baby



A criação de Muppets Baby foi em 1984, na onda do sucesso do seriado The Muppets Show. O Muppets Baby alcançou sucesso enorme exibindo basicamente a infância do grupo que morava em berçário, aos cuidados da babá Nanny. Esta apenas era mostrada dos joelhos para baixo. No Brasil, o desenho foi transmitido de segunda-feira a sexta-feira, na manhã do fim da década de 80, em programa Show Maravilha.



Nossa Turma



Foram somente 27 episódios do Nossa Turma, porém é um dos desenhos de grande sucesso desta época. A mistura era de aventura e diversão, com dose de lição ética direcionada para crianças acerca do respeito à diversidade. A cadela Dotty, alce Montgomery, ovelhinha Vilma, gatinho Zipper, porca-espinha Márcia, e castor Bingo, encantaram os telespectadores, integrando a turma de 6 bichinhos. O tema da abertura é lembrado atualmente, e se transformou em um dos mais populares da história dos desenhos animados.



Comandos em Ação



O desenho foi exibido no Xou da Xuxa, entre 1985 e 1986, e a franquia G.I Joe foi aclamada com a denominação de Comandos em Ação no Brasil, com sucesso incrível que determinou horário próprio de exibição em domingos. Todos os garotos da época tinham um boneco de Comandos em Ação.


Punky Brewster



Com o sucesso do seriado de TV Punky, a levada da breca, aconteceu o lançamento do desenho Punky Brewster. São algumas diferenças entre seriado e desenho, e o personagem Gloomer apenas surgiu no desenho. A transmissão era pelo SBT em mesma época que foi sucesso nos Estados Unidos. O desenho encantava até os anos 90, com transmissão exaustiva em muitos horários.


Ducktales



Ducktales é considerado o melhor desenho adaptado dos quadrinhos, e conta com 3 temporadas e 100 episódios. A exibição foi entre 1987 e 1990. Todos lembram as famosas chamadas com exibição sempre que o desenho direcionava para comercial, DuckTales – Os Caçadores de Aventuras voltam já! Durante 100 episódios, Tio Patinhas vive muitas aventuras pelo mundo. Com seus sobrinhos e com o Capitão Boeing, ele percorre os quatro cantos do mundo em busca de indícios de novos tesouros. Em suas viagens, Tio Patinhas conhece outros povos e civilizações, enfrenta perigos no melhor estilo Indiana Jones, viaja para florestas e ilhas, desvenda mistérios e até viaja no tempo. 

Não é preciso dizer que os desenhos de Duck Tales fizeram um enorme sucesso no Brasil. Originalmente, a série foi transmitida entre os anos de 1988 e 1996 pelo SBT, sendo um dos desenhos de maior destaque do programa infantil Show Maravilha. Os desenhos também foram exibidos nos canais da TV a cabo Disney Weekend e Disney Channel, e na Rede Globo, no programa infantil TV Globinho.


Caverna do Dragão




O popular desenho baseado em jogo de RPG conquistou geração inteira pelas aventuras de Hank, Eric, Presto, Sheila, Bobby e Diana. Os jovens amigos se encontram em mundo misterioso na tentativa de buscar o caminho de volta para casa. A produção foi em 1983, contando com 27 episódios, e deixa saudades para fãs do mundo inteiro. Caverna do Dragão é líder na seleção dos 10 desenhos animados de grande sucesso nos anos 80, e ficou famoso também por nunca ter apresentado um final.



He-Man





He-Man é sinônimo de época vivida, e o homem mais poderoso do universo conquistou crianças há mais de 20 anos. O herói de Eternia enfrentava inimigos, com sua Espada Mágica e fiel companheiro Gato Guerreiro. O sucesso reflete até dias atuais, como um dos desenhos mais adorados pela geração 80. A produção foi de 1983 a 1985, com 130 episódios.

Quando o Príncipe Adam empunhava a sua espada e gritava "Pelos poderes de Grayskull… Eu tenho a força!" ele se transformava no bravo, destemindo e valente He-Man. Era exibido primeiramente no programa infantil Balão Mágico e depois no Xou da Xuxa, ambos na Globo. No Xou da Xuxa, He-Man chegou ao topo na audiência brasileira e virou uma febre no País. As crianças queriam ter todos os produtos que eram lançados com a marca, desde álbum de figurinhas a brinquedos, material escolar, roupas… Até mesmo a apresentadora Xuxa e o grupo infantil Trem da Alegria se renderam ao carisma de He-Man e gravaram canções em homenagem ao personagem.



Corrida Maluca






Chamado originalmente de Wacky Races, o desenho foi criado em 1968 pela Hanna-Barbera e contou com 34 episódios, durando até o final de 1970. A inspiração foi um filme de 1965 chamado “A Corrida do Século”. Até alguns personagens do desenho forma inspirados no filme, como Penélope Charmosa e Dick Vigarista. No Brasil o auge foi na década de 80, quando o desenho passava sem parar. Acredito que tenha passado em todas (ou quase todas) emissoras da TV aberta, do programa do Capitão Asa (anos 70) até o Programa do Bozo (anos 80 e 90).


She-ra



No Brasil, She-Ra, uma série animada norte-americana, começou a ser exibido a partir de 1985 no programa infantil Balão Mágico e depois no Xou da Xuxa. Por causa do sucesso da personagem feminina foram lançados vários produtos com a marca She-Ra, inclusive bonecos inspirados nos personagens do desenho infantil. Boa parte do sucesso se deve ao fato de que é uma mulher a personagem principal do desenho. Em meio a tantos desenhos animados, cujos personagens principais são masculinos, She-Ra veio para quebrar a hegemonia masculina e trazer um novo frescor aos desenhos. A identificação do público feminino com a heroína guerreira foi imediato. Assim, em pouco tempo a valente e destemida She-Ra, a versão feminina de He-Man, tinha conquistado uma legião de fãs.



Scooby-Doo



Scooby-Doo fez tanto sucesso ao redor do mundo que se consolidou como o principal personagem dos estúdios Hanna-Barbera. Até hoje não há quem não se lembre de alguma aventura vivida pelo scooby doo, o cachorro mais medroso dos desenhos animados, mas que sempre acaba salvando os seus amigos de enrascadas ou pegando os mais perigosos vilões. 

Scooby-Doo foi criado no ano de 1969 por Iwao Takamoto e produzido pelos estúdios Hanna-Barbera. Seu sucesso se espalhou pelo mundo e no Brasil não foi diferente. Nos anos 80, por exemplo, era o desenho animado de Scooby-Doo e sua turma era um dos campeões de audiência. A criançada adorava o desenho e o clima de aventura, tentando sempre descobrir quem era o vilão de cada episódio, e assim, brincar de detetive.



Meu querido Pônei



Meu Querido Pônei, apesar de terem sido produzidos somente 61 episódios, entre 1986 e 1987, o desenho conquistou uma legião de fãs. Hoje, Meu Querido Pônei é considerado um dos clássicos da década de 1980. O desenho foi produzido pela Martel, DIC Enterprises, Hasbro Inc. e Sunbow Productions. No Brasil, foi exibido no Xou da Xuxa e na TV Colosso, ambos programas infantis da Rede Globo.



Piu Piu e Frajola



Quem não se lembra das constantes tentativas do gato Frajola em caçar o passarinho Piu-Piu? Vale lembrar que Piu Piu e Frajola formavam uma bela dupla e que suas histórias ainda estão presentes na lembrança de muitos adultos que acompanharam as aventuras do passarinho e do gato nos anos 80. "Eu acho que vi um gatinho!". Era dessa forma que Piu-Piu se referia a Frajola quando pressentia que estava correndo perigo, e que o gato Frajola queria capturá-lo.

Apesar de os desenhos animados terem sido produzidos nos anos 40, Piu-Piu (criado por Bob Clampett em 1940) e Frajola (criado por Friz Freleng em 1945) somente começaram a ser exibidos no Brasil a partir dos anos 80. Eles pertencem a série Looney Tunes, produzida pela Warner Bros. As crianças brasileiras também se divertiram muito ao assistirem as aventuras de Piu Piu e Frajola. O desenho passou diversas vezes no SBT. Piu Piu e Frajola também foi exibido no canal Cartoon Network. 



Popeye



Popeye, um dos desenhos animados mais famosos nos anos 80, tinha no espinafre sua fonte de força e sempre livrava sua namorada Olívia Palito das investidas de Brutus, seu eterno inimigo. Popeye é um clássico dos desenhos, tanto isso é verdade que até hoje o desenho é um dos mais lembrados por quem era criança na década de 1980 e também um dos mais vistos pelas novas gerações. Apesar de todos conhecerem Popeye somente como desenho animado, o fato é que a história do personagem começou nas tiras de quadrinhos "Teatro em Miniatura", no Jornal The New York Times, tendo sido criado por Elzie Crisler Segar em 1929. Somente em 1933 é que Popeye foi adaptado para desenho animado pelos irmãos Dave e Max Fleischer.



Os Flintstones



Nos anos 60, William Hanna e Joseph Barbera, dos estúdios Hanna-Barbera, criaram um dos desenhos animados mais amados até hoje: os Flintstones. Sucesso entre a criançada nos anos 80, no Brasil, o desenho continua sendo reprisado ao longo dos anos, e atualmente pode ser visto em algumas emissoras. Ou seja, os Flintstones é um dos maiores clássicos da animação, que continua encantando as novas gerações e matando as saudades de quem acompanhou o desenho quando era criança na década de 1980. 

Inicialmente, os Flintstones foi idealizado para o público adulto. A identificação com os adultos permitia até que as personagens aparecessem fumando em anúncios publicitários. No entanto, em 1962, a partir da terceira temporada da série, o público-alvo passou a ser os jovens e crianças. E a família começou a crescer, pois é a partir desta fase que nasce a personagem Pedrita, filha de Fred e Wilma. Os Rubbles também adotam um menino, Bam-Bam, que é deixado a sua porta. Bam-Bam é conhecido por sua força, sendo capaz de levantar um dinossauro. O sucesso dos Flintstones foi tão grande que o desenho animado somou seis temporadas (1960 a 1966), passou em cerca de 80 países, sendo dublado em 22 idiomas, e se transformou na primeira série de animação a ser exibida em horário nobre. Os Flintstones também foi a primeira animação a ter episódios de meia hora, tendo a história com começo, meio e fim, enquanto que os outros desenhos animados tinha duração mais curta. 



Thundercats



Quem foi criança ou adolescente nos anos 80 acompanhou com atenção as aventuras dos ThunderCats, um grupo de felinos humanoides que após fugir da destruição de Thundera, seu planeta natal, chega no terceiro planeta de um sistema solar. Aliás, a animação ágil e os roteiros caprichados também despertaram o interesse do púbico jovem, adulto e fãs de HQs. O desenho acabou virando um clássico.

Sucesso em muitos países, inclusive no Brasil, ThunderCats foi exibida inicialmente em 1986 até 1990 pela Rede Globo. No entanto, não foram apresentados todos os episódios. De um total de 130, foram exibidos somente os primeiros 100 episódios. A Globo voltou a exibir ThunderCats em 1995, no programa infantil TV Colosso, ao mesmo tempo em que era apresentado pelos canais Warner Channel e Cartoon Network. No Brasil, ThunderCats voltaria a televisão no SBT, no programa Bom Dia & Companhia, em 2001 (foi mostrada a série até o final) e no programa Sábado Animado em 2012.



Manda-Chuva



Manda-Chuva não gostava de trabalho, aliás ele tinha aversão a fazer qualquer coisa, pois gostava mesmo de curtir a vida. Ele nem pensava na possibilidade de arrumar um emprego, pois achava que sua lábia e malandragem eram suficientes para se dar bem nas ruas de Manhattan. Inteligente e criativo, usava a sua liderança e poder de persuasão para conseguir tudo o que queria. Mas, como conseguir comida se ele não tinha emprego? Para ele isso não era problema. Afinal, ele encontrava muitas garrafas de leite que eram deixadas nas portas das casas logo cedo pela manhã. Manda-Chuva também se mantinha bem informado ao ler o jornal diariamente, e gratuitamente. Quantos exemplos "positivos"!

O personagem Manda-Chuva foi inspirado numa série americana de sucesso chamada The Phil Silvers Show (1955-1959). A série era protagonizada por um sargento do exército dos Estados Unidos, que tentava armar golpes, usando soldados sob seu comando, para conseguir um rápido enriquecimento. Pronto, com base nesse argumento e pitadas de malandros da época foi criado o personagem Manda-Chuva. O desenho foi produzido pelos estúdios Hanna-Barbera, nos anos 60, tendo no total 30 episódios. Estreou no horário nobre da televisão norte-americana, em 1961, ficando no ar até 1962, na rede ABC.

Se na televisão, foram vistos somente 30 episódios, o personagem teve vida mais longa nos quadrinhos, já que foram publicadas 52 edições do gibi do Manda-Chuva, entre 1962 e 1973. No Brasil, a revista com as histórias do gato mais malando dos desenhos animados foi lançada nos anos 80 pela editora Abril.



Zé Colmeia



Zé Colmeia é mais um daqueles desenhos que não tem como não lembrar quando listamos os nossos preferidos. Pode nem ser um dos seus preferidos, mas certamente você se lembra do urso mais famoso dos desenhos animados. Desde então a popularidade de Zé Colmeia só cresceu, por isso, os desenhos continuaram a ser produzidos até meados de 1990. No Brasil, não foi diferente. O ursinho fanático por cestas de piquenique e que mora no Parque Jellystone conquistou a garotada. Aliás, no Brasil, a primeira exibição do desenho animado ocorreu em meados da década de 1970, na Rede Globo. Depois, nos anos 80, mais uma geração de crianças pode acompanhar as histórias envolvendo o urso Zé Colmeia e seu fiel amigo e escudeiro Catatau. Os dois eram inseparáveis. Desta vez, os episódios passaram na extinta Rede Manchete e na TV Bandeirantes.



Tom e Jerry



Tom e Jerry. Um gato e um rato, representando uma das brigas mais clássicas de todos os tempos. Só que ao contrário da "vida real", onde o gato geralmente pega o rato, no desenho o gato toma sempre uma canseira do simpático camundongo. Suas histórias são atemporais e existem desde o final da década de 1930, quando apareceram primeiramente nas telas dos cinemas. As séries de curta-metragem foram criadas pelos estúdios Hanna-Barbera para a MGM (Metro Goldwyn Mayer). 

Na década de 1980, mais precisamente em 1989, era a vez de chegar às telinhas os desenhos cujos protagonistas eram os filhos de Tom & Jerry. E como aconteciam com os seus pais, o gatinho sempre estava perseguindo o ratinho. Em setembro de 2013 foi anunciado que o canal pago Cartoon Network (dono dos direitos de exibição da animação no Brasil) deixaria de exibir 27 episódios de Tom & Jerry. Sabe qual é o motivo? O conteúdo violento dos episódios. Segundo o canal, a famosa dupla era um péssimo exemplo para a criançada e, por isso, os desenhos foram considerados politicamente incorretos. É claro que houve uma gritaria geral dos fãs do desenho. Afinal, se bem me lembro dos desenhos, a inteligência e a esperteza de Jerry sempre venciam a força e a ambição de Tom e, portanto, os episódios passavam uma mensagem mais positiva do que negativa.



Pica-Pau



Ele é vermelho, azul e branco, adora bicar árvores e pregar peças nos personagens de seu desenho. "Guess who?!" Claro, o Pica-Pau! Um dos desenhos animados mais famosos exibidos no Brasil nos anos 80 e que continua divertindo as novas gerações. Criado em 1940 pelo desenhista Walter Lantz, o personagem antropomórfico (animal com corpo e características humanas) surgiu primeiramente fazendo uma participação em outro desenho, Andy Panda, com a função de irritar o ursinho e seu pai.

Com o passar dos anos, o Pica-Pau foi sofrendo modificações na sua aparência e no seu comportamento e temperamento, ou seja, ele ficou mais simpático, tranquilo e civilizado. Deu certo. Hoje, o personagem é um dos mais lembrados por várias gerações e também um dos mais imitados, afinal a sua estridente risadinha é um sucesso. O responsável pela risadinha do Pica-Pau foi o dublador americano Mel Blanc. 

No Brasil, o programa The Woody Woodpecker Show ganhou o título de O Pica-Pau e seus Amigos, sendo também conhecido como A Turma do Pica-Pau, O Show do Pica-Pau, ou simplesmente, O Pica-Pau. A primeira vez em que o desenho animado do Pica-Pau foi exibido no Brasil foi através da extinta TV Tupi, em 1950. Os desenhos eram exibidos com a versão original (inglês), já que a dublagem em português só surgiu em 1957.
Depois foi a vez da TV Record exibi-los na década de 1960, e já dublados em português. Em 1981, o Pica-Pau voltou a TV brasileira, agora pelo SBT (passava no programa Domingo no Parque), que ficou com os direitos de exibição até 2002. Em 2003 foi a vez de a Rede Globo transmitir o desenho com os episódios remasterizados, dentro do programa infantil TV Globinho. Em 2004, o desenho se dissipou, e em 2005 ele foi esporadicamente exibido até que a emissora carioca deixasse de exibir o Pica-Pau definitivamente.
Desde 2006 até 2013, a Rede Record vem exibindo episódios do Pica-Pau. A emissora começou apresentando os episódios de O Novo Show do Pica-Pau, depois exibiu os episódios da série clássica antiga da década de 1940 e episódios antigos da Turma do Pica-Pau. Em janeiro de 2012, o Novo Pica-Pau voltou a ser exibido, seguido pelo antigo. No Brasil, The Woody Woodpecker Show original é ainda reprisado com frequência na televisão.

Ursinhos Carinhosos



Care Bears (Ursinhos Carinhosos no Brasil e em Portugal), é um conjunto de personagens criado pela American Greetings em 1981 para cartões de boas-festas e de aniversário (greeting cards). O desenho original para os cartões foi pintado pela artista Elena Kucharik. Em 1983, a Kenner criou o primeiro de uma série de ursos de peluche (pelúcia) baseados nos Ursinhos Carinhosos. Cada ursinho tem uma cor diferente e uma insígnia individual na barriga. Os Ursinhos Carinhosos apareceram na sua própria série de televisãoThe Care Bears, de 1985 a 1988, para além de três filmes de longa-metragem baseados na série.
Ursinhos Carinhosos foi exibido no SBT primeiramente no programa Show Maravilha, durante os anos 90, com grande sucesso, no Bom Dia & Cia. Porém, o excesso de reprises do desenho desgastou a série, que nunca teve o final exibido. A série deixou ser exibida em 2003. Além do SBT, Ursinhos Carinhosos foi exibido no canal a cabo Boomerang, que ao exibir o desenho utilizou nomes diferentes nos personagens. Em 1 de junho de 2014 a animação começou a ser exibida na TV Singular, como parte de sua programação teste.

Hebe Camargo, a eterna Rainha da televisão!


POR MAURÍCIO NETO

Nascida em Taubaté, filha de Esther Magalhães Camargo e Sigesfredo Monteiro Camargo, Hebe Camargo foi uma apresentadora de televisão, cantora e atriz brasileira, tida como a "rainha da televisão brasileira". Hebe teve uma infância humilde. Caçula de 7 filhos (4 mulheres e 3 homens) ela estudou até a quarta série do primário e acompanhava seu pai em suas apresentações em festas, casamentos e recitais. Seu pai, mais conhecido como Fêgo Camargo, era violinista e cantor.


“Que gracinha!” – este é o bordão nacional criado por Hebe Camargo, a apresentadora que mais tempo está no ar desde que a TV brasileira existe (desde 1966). Ela integrava o grupo que foi ao porto de Santos buscar o equipamento para formar a primeira emissora brasileira, a TV Tupi, canal 4, inaugurada em 1950. Seu fundador, o empresário Assis Chateaubriand, a convidou para cantar o “Hino da Televisão”, na primeira transmissão ao vivo. Ela faltou e foi substituída por Lolita Rodrigues. As duas são amigas até hoje.

A garota originalmente morena com grossas sobrancelhas – tipo Malu Mader – nasceu em Taubaté, mas mudou-se para São Paulo nos anos 1940, quando seus pais, dona Ester e o senhor Sigesfredo Monteiro de Camargo (apelidado de “seu Feguinho”) foram para a metrópole. A mãe era dona de casa e o pai foi violinista de cinema mudo.

Hebe queria ser cantora, mas trabalhou como doméstica e sempre ia a emissoras de rádio imitar Carmem Miranda. Assim foi ficando conhecida no meio, até que resolveu arriscar de vez e formou uma dupla com sua irmã: eram Rosalinda e Florisbela. O arranjo durou pouco tempo. Depois, veio um quarteto, ela, a irmã e duas primas. Todas foram casando e o quarteto foi por água abaixo. 

Hebe continuou firme na tentativa de se tornar cantora e se envolveu com a turma que engendrou a primeira emissora de TV no Brasil. No rádio já era a Estrelinha do Samba, a Estrela de São Paulo, e na TV Tupi, canal 4, apresentou-se num dueto com Ivon Curi, no programa “Rancho Alegre” (1950). Ela aparece sentada em um balanço e as imagens estão gravadas. É uma relíquia da TV brasileira.

Fez participações esporádicas até conseguir seu próprio programa, em 1958, chamado “O Mundo É das Mulheres”, apresentado no canal 5, TV Paulista (hoje, Globo). Já se colocava como entrevistadora em um programa de variedades. Foi um sucesso. Hebe ficou no ar até 1964, quando abandonou a TV para se casar com o empresário Décio Capuano. Desta união nasceu seu filho Marcello (20.09.1965).

Mas a distância da TV não durou muito. Em 1966, Hebe estreou o programa dominical que levava seu nome, “Hebe Camargo”, na TV Record, canal 7. Foi sua consagração como apresentadora e o formato, entrevistas feitas em seu sofá, como uma sala em casa, ficou consolidado para sempre. A trilha sonora ficava por conta de Caçulinha e seu Regional.

Ela entrevistava todo mundo: pelo seu sofá passaram Martinha, Erasmo Carlos, Tony Tornado, Danuza Leão, Elis Regina, Roberto Carlos  e astros internacionais, como Jonathan Harris (o doutor Smith, de Perdidos no Espaço), Sammy Davis, Jr, Julio Iglesias, Enrique Iglesias, Shakira, Gloria Estefan. Até em Pe Lanza, da banda Restart, ela recentemente deu um selinho. Além das entrevistas, Hebe promoveu em seus primeiros tempos na TV debates sobre temas como desquite, erotismo, fofoca, macumba. 


Seu programa teve nomes variados e frequentou todas as emissoras do país, da extinta TV Tupi, canal 4, à TV Bandeirantes, canal 13. Atualmente, é exibido semanalmente no SBT, onde está desde 1986. Em 22 de abril de 2006, comemorou seu milésimo programa na TV brasileira. No SBT, seu programa é exibido às segundas, 21h. 

Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os sucessos de Hebe como cantora. Recentemente, após submeter-se a tratamento quimioterápico para recuperação de câncer, ela anunciou a gravação de um DVD com participação de Fábio Jr., Leonardo, Daniel, Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Maria Rita e Gilberto Gil. Além das imagens do show, será lançado um CD com participação de personalidades como Roberto Carlos e Ivan Lins. 

Hebe Camargo já foi alvo de muitas críticas feitas pela intelligentzia guardiã da cultura nacional nos tempos do regime militar. Afinal, em meio à polarização que existia no país entre partidários das chamadas “direita” e “esquerda”, só se falava naquela loira estabanada e considerada inculta, diante da qual se sentaram grandes personalidades nacionais e internacionais para debater temas controversos: além das entrevistas, Hebe promovia debates sobre erotismo, fofoca, macumba, entre outros tantos assuntos considerados sem pé nem cabeça.

Mas hoje, em tempos menos radicais, Hebe tornou-se unanimidade nacional. Provocou comoção na população quando foi internada, em janeiro de 2010, para tratar um câncer na região abdominal, Hebe saiu dias depois do Hospital Albert Einstein direto para os braços da multidão que a esperava do lado de fora. Deu entrevista exclusiva sobre o assunto para o “Fantástico”, da TV Globo, rival do SBT. Afinal, Hebe Camargo representa a TV brasileira, e é personalidade maior que qualquer disputa entre emissoras.

VIDA PESSOAL


Hebe Camargo sempre foi conhecida por risadas incontroláveis, criar bordões, seu sotaque paulista e ter joias, muitas joias, que ela jamais deixou de usar. Em maio de 2008 sua casa foi assaltada e suas joias foram roubadas. Ela se lamentou na TV: “Eu trabalhei duro para comprar cada uma daquelas joias”.

Mas nem todas se foram, e na mesma semana, estava reluzente como sempre nas telas de TV. Hebe tem uma coleção suficiente para cobrir o chão de um cômodo inteiro. São diamantes, pérolas e esmeraldas. Sua maior joia é uma esmeralda de 60 quilates. Seu salário já foi de 1,5 milhão de reais. Silvio Santos renovou seu contrato com uma redução, segundo consta. “Continuo ganhando muito bem”, ela diz.


Na década de 1960, divórcio era ainda um tabu, mas Hebe permaneceu poucos anos casada com o industrial Décio Capuano, pai do seu filho Marcello (20.09.1965). Casou-se em 1964, aos 35 anos, e assinou o divórcio em 1971. Em 1973, casou-se com Lélio Ravagnani (1921-2000).
A apresentadora não admite casar de novo, mas declara que sente atração eterna por Roberto Carlos. “Lindo de viver!” – outra de suas famosas expressões.

Além das frases de efeito, Hebe costuma dar selinhos em seus convidados, que às vezes se assustam. Silvio Santos já foi brindado, Rita Lee, Julio Iglesias, e mais recentemente Pe Lanza (Restart), Patrick Dempsey, entre outros.

Na virada do ano, em 2010, Hebe Camargo sentiu-se mal durante o Reveillon em Turks and Caicos, a uma hora e meia de Miami, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, descobriu que tinha nódulos no peritônio, que foram diagnosticados como malignos. Após a retirada e quimioterapia, os médicos do Hospital Albert Einstein, onde foi atendida, declararam que Hebe está recuperada do câncer. De fato, a apresentadora circulou em eventos com uma charmosa peruca, mas seu cabelo natural já voltou a crescer. E Hebe está de novo loiríssima e reluzente, com seus saltos altos, joias enormes e risada irresistível. 

Ela estreou na RedeTV! em 16 de março de 2011 ocupando o terceiro lugar na audiência na Grande São Paulo. O programa possuía o mesmo formato do seu programa na antiga emissora sendo exibido às terças-feiras.

No dia 8 de janeiro de 2012, Hebe foi internada no hospital Albert Einstein, na Cidade de São Paulo. Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor no estômago. Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma laparoscopia diagnóstica, que encontrou nódulos, atestando ser um tipo raro e de difícil tratamento do câncer no peritônio. O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região. Em junho de 2012, Hebe foi internada para ser submetida a uma cirurgia de retirada da vesícula biliar. Em julho do mesmo ano foi novamente internada por motivo não divulgado oficialmente.

Após várias especulações sobre a ida da apresentadora de volta para o SBT, o colunista Flávio Ricco do portal UOL intitulou a matéria de "Hebe Camargo está de volta ao SBT", sobre o retorno a sua antiga emissora, o que foi desmentido pelo agente da apresentadora. A confirmação da rescisão do contrato com a RedeTV! saiu dois dias após em 17 de setembro. A última exibição do programa Hebe na RedeTV! ocorreu no dia 25 de setembro de 2012 em uma edição especial de despedida da emissora. Dois dias após a exibição do especial, o SBT anunciou a volta da apresentadora a casa.40 Após o acordo a emissora emitiu um comunicado:

Diante da boa notícia, diretores e colaboradores do SBT comemoram a volta da artista, que sempre foi uma das mais queridas da casa. — Comunicado emitido pelo SBT.

Hebe morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo aos 83 anos após sofrer uma parada cardíaca de madrugada, enquanto dormia. O corpo foi velado no Palácio dos Bandeirantes sede do governo do estado de São Paulo e sepultado no cemitério Gethsemani.




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