Reputation Stadium Tour mostra a força de Taylor Swift

Os últimos anos foram difíceis para Taylor Swift que se viu em uma história de intrigas, mentiras e traições. Isso é o que sabemos por conta da mídia, mas de todos os envolvidos, a cantora foi a que se saiu mais prejudicada com apelidos e ataques na internet. Taylor que sempre foi conhecida por suas canções românticas sumiu e voltou com um trabalho pesado e que ao mesmo tempo tratava de um assunto delicado: sua reputação.

Você que está lendo esse texto pode não ser fã de Taylor Swift, mas você não pode ser injusto ao dizer que a cantora não tem talento ou força. Além de praticamente todas as faixas do álbum, Reputation (2017)Taylor discursou em alguns momentos do show sobre tudo o que aquele espetáculo representava. As pessoas veem como verdade aquilo que querem, assim como os jornalistas escrevem pensando no retorno financeiro – ok, nem todos, mas vamos concordar que hoje em dia a maioria faz isso com notícias tendenciosas e falsas.
“… Se eu tivesse que adivinhar e dissesse a coisa que todos aqui têm em comum, acho que eu responderia que todos gostamos da sensação de encontrar algo genuíno. Como uma amizade genuína, um amor genuíno ou alguém que nos entenda. Ou alguém que seja sincero. Acho que todos procuramos isso na vida.
Acho que o que mais nos assusta são as coisas que ameaçam a chance de encontrarmos algo genuíno. Por exemplo, ter uma má reputação, na nossa mente, pode atrapalhar a sua busca por amizade, por amor, por aceitação, por gente com quem se enturmar, porque você pensa: “E se tiverem ouvido mentiras sobre mim? E se tiverem opiniões injustas sobre mim por causa de fofoca? Aí não vão querer me conhecer e não vão saber o que houve. Por isso alguns de nós… a maioria, talvez todos nós temos medo de má reputação. Porque tememos que coisas falsas, como uma fofoca, um boato ou um apelido maldoso, atrapalhe a busca por algo genuíno…” Esse é o discurso de Taylor antes da faixa Delicate, um dos  singles do álbum que deu origem ao show. Tudo o que ela fala representa bem essa fase. O apelido de cobra, os ataques e a reputação que ela ficou após tudo o que saiu na mídia e o que o público levou como verdade – mesmo sendo apenas os envolvidos que realmente sabem a verdadeira história. No fundo, as pessoas esquecem que um artista também é um ser humano e que a internet é uma ferramenta que dá voz a pessoas que só querem atacar e machucar. Tudo é motivo.

O álbum não é o meu trabalho favorito da cantora, mas vejo como algo necessário após tudo o que aconteceu. Por tanto, o show é o melhor que assisti, mesmo sendo de longe e através da tela do computador. O palco é de uma beleza ímpar, e o repertório honrou o álbum que deu origem ao show. A performance de Look What You Made Me Do é o ápice do show, pena que a faixa seguinte, End Game, é fraca. Por tanto, a performance seguinte de King of My Heart, nos faz esquecer da anterior. Taylor se prende muito ao roteiro nas falas, e isso é bastante visível, mas nada que prejudique o produto final.
Momentos mais intimistas também se mostram um dos trunfos desse show, e quando se senta ao piano e agradece desde os seus bailarinos até os motoristas responsáveis pela estrutura do palco que vimos a generosidade em uma artista enorme. Além disso, fica bastante evidente que sua equipe é composta por pessoas de diferentes etnias, algo muito positivo em um mundo onde o padrão se sobressai.
Então sim, você pode não gostar de Taylor Swift, mas você que pede igualdade e respeito por causas sociais na internet, saibam que chamar uma artista de cobra ou ataca-la em redes sociais, não te fazem um ser humano melhor do aqueles que fazem isso com LGBTQ+, negros, índios… isso é pré-conceito baseado no que a mídia quer que você acredite, e isso não acontece só com a própria, nós precisamos abrir os olhos já que Taylor transformou sua dor e sua má reputação em um show lindo, mas nem todos conseguem fazer isso.

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