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Guelã - Ao Vivo é um registro fiel do trabalho mais inspirado de Maria Gadú

 


Quando lançou Guelã (2015), Gadú mostrou um amadurecimento sofisticado. Gadú não queria só lançar mais um álbum, ela queria mostrar seu amadurecimento através daquele projeto, sua verdade através da música, e pouco mais de um ano após lançar o álbum, ela nos presenteia com Guelã - Ao Vivo que é um registro verdadeiro desse trabalho de muita qualidade.

Músicas como ElaTrovoa Suspiro ganharam uma força maior ainda ao vivo. Gadú abusa de dos instrumentais positivamente, mostrando que a música é muito mais do que a letra que se canta. A nova versão de Ne Me Quitte Pas, é uma boa prova dessa ousadia de Gadú, onde com sua guitarra ela nos canta uma velha música soando como nova. Altar Particular ficou belíssima nessa nova roupagem, dando uma nova vida à música que tem uma das letras mais inspiradas da discografia da cantora, assim como Bela Flor. Trovoa também ficou linda na versão ao vivo. Em Lounge, Gadú abusa dos vocais acompanhada mais uma vez de sua guitarra, arrancando gritos da plateia. Após a belíssima AquáriaSemi-Voz fecha com chave de ouro esse trabalho lindo.

A verdade é que até as velhas canções, como as já citadas anteriormente e LaranjaAxé AcapellaParacuti e Escudos parecem ter vindo da era Guelã, já que a cantora soube dar uma nova cara para todas elas, nos proporcionando um trabalho fiel ao que já tinha sido escutado. Sempre se reinventando e mostrando ser mais do que apenas uma cantora que quer ficar na mídia, já não posso esperar pelo próximo voo de Gadú.

NOTA: *********/10


Maria Gadú canta a alma em Guelã

"Me encontro/ em feliz nova era/ que as tantas quimeras/ não fazem calar..." Esses são os versos em que Gadú termina a música Suspiro, faixa que abre o seu novo disco de inéditas Guelã, após quatro anos sem lançar algo inédito. A música que tem quase quatro minutos, em sua maior parte é instrumental e a voz de Gadú nos minutos finais, mostram o que o disco tem pra nos dar, um projeto poético e menos comercial, onde Gadú mostra muito mais que sua música, mas sim sua alma e no que ela acredita. Isso deve dividir opiniões, afinal, não esperem por hits, como em seu álbum de estreia, Gadú veio encantar e cantar. 

O disco, de músicas praticamente autorais, traz Trevoa, única regravação do disco, do compositor Mauricio Pereira. Que soma muito e completa o álbum. Em OBloco, primeira música de trabalho, Gadú deixa claro o que pretendia ao lançar o disco, no verso "A alma é pulso do bloco..." ela canta o que eu disse, Guelã é muito mais que um disco de músicas inéditas, é um disco em que ela canta sua alma e o que acredita. 

Com um repertório rico - destaque para Ela, Tecnopapiro, Vaga, Acquária e Suspiro - Guelã vai soar diferente para aqueles que esperavam um trabalho parecido com os anteriores. E isso não é ruim. É sinal que a artista está amadurecendo. E nós, somos os que ganham com isso. E com a letra da música Aquária, que fecha o disco, eu termino a resenha, sobre esse ótimo trabalho, "Dois pontos negros/ No céu/ Focam seus olhos/ No mar/ Prendo o silêncio/ No peito/ Prendo o silêncio/ Com os olhos/ Faço silêncio de mim..."


*****/5,0
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