Mostrando postagens com marcador Uga-Uga. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Uga-Uga. Mostrar todas as postagens

Os descamisados de Carlos Lombardi: Um marco na televisão brasileira

Quando falamos sobre novelas que marcaram época, é impossível não lembrar da assinatura tão particular de Carlos Lombardi. O autor, conhecido por suas tramas cheias de humor, ritmo frenético e personagens carismáticos, consolidou na televisão brasileira um elemento visual que virou sua marca registrada: os "descamisados".

Nos anos 1980 e 1990, as novelas de Lombardi trouxeram uma revolução na forma como os corpos masculinos eram retratados na TV. Se antes a sensualidade ficava majoritariamente restrita às mulheres, Lombardi colocou os homens no centro das atenções. Fosse em cenas de praia, academia ou aventuras tropicais, seus personagens masculinos estavam quase sempre sem camisa – uma escolha que refletia não só um apelo visual, mas também o espírito descontraído de suas tramas.

O fenômeno "descamisado"

Novelas como "Quatro por Quatro" (1994), "Uga Uga" (2000), "Kubanacan" (2003) e "Pecado Mortal" (2013) exemplificam bem essa caracterização. Lombardi não poupava cenas que exploravam a boa forma de atores como Marcello Novaes, Humberto Martins, e Marcos Pasquim – este último imortalizado como o pescador parrudo em "Kubanacan".

Os "descamisados" não eram apenas objetos de admiração estética; eles frequentemente protagonizavam cenas de humor, romance e aventuras rocambolescas, sempre com um toque leve e despretensioso. Isso ajudava a equilibrar o apelo visual com um carisma autêntico que conquistava o público.

👉 Impacto cultural e críticas

A popularização dos descamisados foi tão grande que virou tema de discussão na mídia e entre críticos. Por um lado, havia quem admirasse a inovação e a quebra de padrões. Por outro, Lombardi também enfrentava críticas que acusavam sua abordagem de superficialidade ou objetificação masculina.

Independente das opiniões, o fato é que os descamisados ajudaram a redefinir o que se esperava de protagonistas masculinos em novelas e criaram um legado que ainda hoje é referenciado na TV brasileira.

👉 A nostalgia que fica

Revisitar as novelas de Carlos Lombardi é mergulhar em um universo único, onde humor, aventura e sensualidade convivem de maneira harmoniosa. Os descamisados não eram apenas um elemento estético, mas parte de uma identidade narrativa que conquistou gerações.

E você, tem um "descamisado" favorito ou uma cena inesquecível das novelas de Carlos Lombardi? Compartilhe com a gente nos comentários e venha relembrar essa época icônica da televisão!

O início frenético de "Uga Uga" empolga


Quando finalizei a maratona de Kubanacan, nenhuma novela conseguiu ocupar o seu espaço no meu dia. Todo o universo que Carlos Lombardi criou para a trama de forma magnífica, me fez ficar órfão, e então eu resolvi começar mais uma de sua autoria. 

Uga Uga foi ao ar três anos antes de Kubanacan, e por a novela ainda estar fresca na minha memória, consigo ver muitas semelhanças entre uma e outra, mas isso é algo que não vem ao caso nesse momento. 

Estou finalizando a primeira semana de Uga Uga, e posso dizer que mais uma vez o autor consegue entregar cenas de ação, romances e um texto muito inteligente. Hoje, tendo a oportunidade de maratonar novelas, consigo entender quando alguém fala sobre estilo de autores, e apesar de alguns serem apontados como repetitivos, nenhum passa longe de suas tramas anteriores. 

Os primeiros capítulos de Uga Uga focam na queda do avião que levava Rolando, contra a sua vontade, até onde seu primo desaparecido há 12 anos está. E é aqui que somos apresentados ao protagonista Tatuapú, indígena branco que foi criado por indígenas após seus pais serem mortos na floresta.

Ao mesmo tempo que a história de Tatuapú é contada, conhecemos Baldochi, sargento que precisou forjar sua própria morte para proteger sua família. Seu caminho se cruza com o indígena enquanto ambos estão fugindo pela floresta.

Até então, os capítulos apresentam muito bem os personagens e quem os cercam. Sabemos quem são os mocinhos, vilões e tudo acontece no ritmo frenético de Carlos Lombardi. Os mais de 40 minutos de cada capítulo passam voando, e assim como Kubanacan, eu sei que tenho um longo caminho pela frente. 

obs: não irei entrar nas questões problemáticas já que se trata de uma novela de outra época.
© all rights reserved
made with by templateszoo