Nostalgia 2021: TOP 3 Malhação

Marcando toda uma geração desde 1995, Malhação traz em suas histórias diversos dilemas vividos não só pelos jovens. Temas que estavam ou que ainda estão em evidência perante a sociedade foram pautas da novela que hoje celebra seus 26 anos no ar.

Diversos astros passaram pela academia ou até mesmo nos diversos colégios que a novela já teve, destaco aqui Danton Melo (1995-1996/2011), Priscila Fantin (1999-2000), Cauã Reymond (2002-2003), Marjorie Estiano (2004-2005), Caio Castro (2007-2010), entre outros. Mas não posso esquecer aqueles que tiveram seus personagens marcados para sempre na história da teledramaturgia como foi o caso de André Marques (1995-1999) com o malandro Mocotó, o hilário Cabeção vivido por Sérgio Hondjakoff (2000-2005), Mariana Rios (2007-2009) sendo a aspirante a cantora Yasmin Rios, Juliana Paiva (2012) como a periguete que só queria ser amada Fatinha e por fim Benê, que foi brilhantemente interpretada por Daphne Bozaski (2017).

Por conta da pandemia que estamos vivendo, a estreia da inédita Malhação Transformação já foi adiada por diversas vezes dando lugar a reprises de temporadas aclamadas pelo público e crítica. Mas dentre 27 temporadas, qual foi a que mais te marcou? A que mais fez você sentir saudades quando teve seu fim? Eu, Pedro Lima irei mencionar as 3 temporadas que despertou todos esses sentimentos em mim, ressalto que a escolha abaixo é pessoal. Se teve uma temporada que você leitor gostou e não esteja nessa lista, comente em nossas redes sociais.

MALHAÇÃO 2001

Começando a temporada como “patinho feio” a doce Nanda (Rafaela Mandelli), faz uma viagem ao nordeste voltando repaginada para o Rio de Janeiro. Porém, toda essa mudança acaba despertando o interesse de Guilherme (Iran Malfitano) e Léo (Max Fercondini), irmãos que disputaram o amor da mesma moça.

Além disso o casal principal teve que enfrentar as artimanhas da inescrupulosa Valéria (Bianca Castanho), não posso deixar de mencionar a cena em que a vilã foi desmascarada por sua falsa gravidez pela Bia (Fernanda Nobre)na frente de todos no Gigabyte. Temas recorrentes foram abordados nesta temporada que foi escrita por Andréa Maltarolli, corrupção, gravidez na adolescência, depressão pós-parto, câncer de mama, doenças sexualmente transmissíveis e relacionamento abusivo foram alguns dos temas pontuados ao longo dos seus 248 capítulos.

Esta temporada marcou a estreia de Gisele Frade (Drica), Renata Dominguez (Solene), Sérgio Abreu (Beto) e de Bia Montez dando vida a inesquecível Dona Vilma. Após longos 15 anos Lucélia Santos, voltou ao ar como a médica Jackeline, sua última participação havia sido em 1986 na novela Sinhá Moça, por sua vez André de Biase não atuava em novelas desde Partido Alto (1984). Sendo essa a minha temporada favorita que pude acompanhar em 2001 e em 2013 quando foi reexibida pelo VIVA.


                                                                MALHAÇÃO 2004

Considerada como uma das melhores, se não for a melhor temporada de Malhação a 11° temporada ficou eternamente marcada pela temporada da Vagabanda. Escrita por Ricardo Hofstetter, a trama contou a história do rebelde Gustavo (Guilherme Berenguer) e da batalhadora Letícia (Juliana Didone). O conflito entre os dois começa já na última cena da temporada 2003, quando a jovem decide subir ao trio onde a banda do jovem fazia um show impedindo a passagem de uma ambulância, a partir daí a história dos dois passa ser como cão e gato. Após alguns capítulos a relação entre os protagonistas se agrava, quando o irmão da jovem Cadu (Bruno Ferrari) é acusado “injustamente” de ter cometido um acidente que levou Fabrício (Predo Nercesian) ao coma por messes. Condenado a prestar serviços comunitários Gustavo passa a conhecer melhor Letícia e após uma trégua ambos passam a nutrir um sentimento muito forte, que foi fortemente abalado pela dupla de vilões Catraca (João Velho) e Natasha (Marjorie Estiano). Esta temporada detém o título de maior repercussão e audiência da história, fechou com incríveis 32 pontos de média geral e chegou a marcar 42 pontos, com picos de 49 essa audiência se equiparando a marca de novela das 21hs.

Suas trilhas sonoras tanto a nacional quanto a internacional estavam repletas de sucessos do momento, lembro que essa temporada virou uma verdadeira febre entre os adolescentes na época.

                                              MALHAÇÃO – VIVA A DIFERENÇA 2017

Cinco adolescentes e uma ligação, um parto no metrô de São Paulo, esse foi o mote para uma das temporadas mais aclamadas dos últimos anos. Marcando a estreia de Cao Hamburger como autor, a vigésima quinta temporada de Malhação discutiu de forma pretensiosa sobre diversos temas, alguns até discutidos em outras temporadas, mas dessa vez o autor souber se aproximar mais do público o que fez atingir uma repercussão e audiência que há anos não eram vistos.

Keyla (Gabriela Medvedoviski), Benê (Dphne Bozaski), Ellen (Heslaine Vieira), Lica (Manoela Aliperti)e Tina (Ana Hikari), foram as protagonistas desta trama que discutiu a diferença em diversos modos, tendo como objetivo levar ao público que por mais que sejamos diferentes todos merecem respeito e empatia. Temas como gravidez na adolescência, violência contra mulher, racismo, tabagismo, automutilação, diversidade sexual, bulimia e transtorno do espectro autista foram um dos temas discutidos de forma clara. Malhação Viva a Diferença, foi a primeira a ter São Paulo como pano de fundo, o que surtiu um bom efeito tendo a aceitação da maior praça de audiência do país, nesse quesito fechou com 20,4 pontos ficando à frente das últimas nove temporadas.

Por conta da audiência e pelo fim antecipado de Malhação Toda Forma de Amar, a Rede Globo decidiu reprisar Viva a Diferença e não fez feio tendo uma grande repercussão nas redes sociais e tendo uma boa audiência. A temporada mostrou que ainda tem folego e por conta disso a emissora decidiu criar um spin-off em parceira com o Globoplay sob o título As Five, a série conta como ficou a vida de cada uma das protagonistas anos depois do ensino médio, com um novo reencontro entre ambas, dilemas dessa vez da vida adulta norteia a série que foi uma das mais vistas no ano passado.

Quanto a prêmios e mercado estrangeiro esta temporada fez um feito jamais visto ao longo dos seus 26 anos, não contente levando diversos prêmios nacionais em 2018 foi agraciada com Prix Jeunesse International como melhor série de ficção e como melhor serie levou o Emmy Kids Internacional. Além disso acabou entrando para o catálogo internacional de vendas da Rede Globo, isso não acontecia desde a temporada 2004. Sucesso que fala, não é meus amigos?


 

BÔNUS: MALHAÇÃO 1995

 

Não posso terminar esse texto sem mencionar o início de tudo, a primeira temporada. Não tenho memória afetiva de sua exibição original, mas tenho tido a oportunidade de acompanhar sua reprise pelo VIVA, e posso falar que a temporada é muito boa de se assistir, leve e com um enredo que se encerra na sexta dando gancho para a próxima história da semana seguinte fez com que essa temporada seja uma das mais saudosas do público jovem dos anos 90.

Pela academia que deu origem ao nome da novela passou diversos atores fazendo participações especiais, além dos jovens atores que mostraram seu talento conquistando todo um público. A até então série foi criada por Emanuel Jacobina e Andréa Maltarolli seguindo o embalo de uma outra série Barrados no Baile, por conta do sucesso a Rede Globo optou em criar algo similar e se deparou com a sinopse dos autores que até então faziam parte da oficina de roteiristas da emissora. Dando a eles uma oportunidade, essa que está ao ar há 26 anos nos emocionando, nos fazendo passar raiva às vezes, e torcendo pelos personagens que nos cativam e faz com que Malhação, hoje tenha o sucesso e reconhecimento que merece. Vida longa à Malhação!




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