''A Próxima Vítima'' foi a novela que parou o Brasil


Após 18 anos de sua exibição original A PRÓXIMA VÍTIMA poderá ser vista novamente no Canal Viva a partir do dia 9 de Setembro. A novela foi um grande sucesso na época, se tornando um dos maiores acertos da cerreira do autor, que a muito tempo não emplaca uma trama que realmente valha a pena.

O autor nos apresentou uma história repleta de suspense em uma trama que o único mistério era descobrir qual a verdadeira identidade do assassino. Os assassinatos aconteciam de uma forma que não sabíamos quem seria a próxima vítima, instigando mas ainda o telespectador. Com uma história bem construída e tramas que se intercalavam, a maioria dos personagens se tornavam suspeitos, mas,  a qualquer momento, qualquer um deles poderia ser eliminado da história.

A novela que se passava em São Paulo, também apresentava um forte quinteto amoroso, que movimentava a trama tanto quanto os assassinatos. Helena (Natália do Vale) amava Juca (Tony Ramos), que amava Ana (Suzana Vieira), que amava Marcelo (José Wilker), que tinha um caso com Isabela (Cláudia Ohana). Até o último capítulo, o público não podia afirmar com certeza, qual seria o desfecho de todos esses romances.


Além do suspense e do amor folhetinesco, básico a qualquer novela, Silvio abordou diversos temas polêmicos, mas que ao serem tratados de uma forma natural e sem exageros, conseguiram envolver o público, chegando até em alguns momentos dividir a atenção, com os tão esperados assassinatos. Alguns desses assuntos abordados, eram a homossexualidade dos personagens Sandro (André Gonçalves) e Jefferson (Lui Mendes), o viciado Lucas (Pedro Vasconcelos), Julia (Glória Menezes) que era envolvida com causas sociais, a prostituição que era mostrada através da personagem Quitéria Quarta-feira (Vera Holtz) e também sobre tratar o amor entre pessoas com diferença de idade, como Irene (Viviane Pasmenter) e Zé Bolacha (Lima Duarte).


A novela chegou em sua reta final cercada de grande suspense e também com um grande assédio da mídia que fazia de tudo para descobrir quem era o verdadeiro assassino da trama, o que não aconteceu, já que na época o autor optou por escrever capítulos falsos e nem mesmo o vice-presidente da TV Globo da época, o Boni, tinha a sinopse original da trama, mantida em segredo pelo autor. Ele e o diretor Jorge Fernando, gravaram três finais alternativos para enganar a mídia, nem mesmo os atores sabiam o desfecho, só aqueles que gravaram as cenas, no mesmo dia que foi ao ar o último capítulo.

Devido ao grande sucesso de audiência e repercussão, o autor tentou repetir o sucesso três anos depois, quando escreveu Torre de Babel, construindo um suspense em torno da explosão de um shopping. Mas a repercussão e a audiência nem chegaram perto da anterior.

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