''Em Família'' bate recorde de audiência com inicio da terceira fase

O oitavo capítulo de Em Família, exibido na noite desta segunda-feira (10/02), marcou o início da terceira fase da trama de Manoel Carlos. Os jovens atores Bruna Marquezine, Guilherme Leicam e Nando Rodrigues cederam lugar para Julia Lemmertz (Helena), Gabriel Braga Nunes (Laerte) e Humberto Martins (Virgílio).
Os personagens já conhecidos do público ganharam novas caras e outros novos apareceram. Numa passagem de tempo, de 20 anos, Helena se transformou em uma mulher madura e decidida, e sustenta um casamento feliz com Virgílio. Laerte, por sua vez, tornou-se um respeito flautista e passou os últimos anos tocando em uma orquestra de Viena, na Áustria, ao lado da namorada Verônica (Helena Ranaldi). 
O Ibope
Pelo bem da audiência, a Globo reeditou os capítulos de Em Família, dando agilidade à trama, que registrou apenas 30 pontos em sua primeira semana. Incomodada com os baixos índices, a emissora antecipou a terceira fase, que só começaria no capítulo 12. 
As alterações, que segundo a emissora estavam previstas, trouxeram bons resultados. Segundo a prévia do Ibope, o capítulo desta segunda, de longa duração, exibido das 21h12 às 22h55, marcou 34 pontos, superando o índice registrado na estreia (33 pontos). Cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo.
Fonte: O Planeta TV


Confira a média de ''Amor à Vida'' e suas antecessoras



"Amor à Vida" chegou ao fim. Notícia boa para uns e ruim para outros. O fato é que a trama não foi um fenômeno de audiência, mas conseguiu estancar a queda que o horário estava tendo com a antecessora, "Salve Jorge", além de ter uma repercussão positiva.

A trama contou com 220 capítulos, sendo a mais longa dos últimos anos e em sua última semana conseguiu 44 pontos de média, além do beijo entre duas pessoas do mesmo sexo que entrou para a história.



A trama teve 35,5 pontos de média. No gráfico acima, você vê a média semanal desde o inicio da novela e no gráfico abaixo, você vê a comparação das médias das últimas 6 novelas do horário.




E chega ao fim a novela do Félix



Ontem foi ao ar o último capítulo de “Amor à Vida”. A novela apresentou muitos erros, mas teve seus bons momentos. E dois deles foram responsáveis pelo “sucesso” da novela. Primeiro, o vilão que ao longo da trama se tornou mocinho. Félix, sem dúvidas, foi quem carregou a novela. Mateus Solano simplesmente fez seu melhor personagem na TV e mostrou que o amor é muito mais importante que o preconceito.

Walcyr Carrasco que resolveu colocar um tudo na trama ao longo dos 221 capítulos, foi bem sucedido naquilo que nem imaginava e isso fez com que transformasse o grande vilão da trama no grande protagonista, ofuscando por completo a sem sal, Paloma, e o pateta do Bruno, que viraram meros coadjuvantes.

Na reta final, era Niko e Félix o casal protagonista da trama. Pela primeira vez, vimos a maioria das pessoas torcer para um casal homossexual e não é que o primeiro beijo gay entre homens na TV veio a acontecer? Walcyr pode não ter escrito a melhor novela e “Amor à Vida” está longe disso, mas ele conseguiu deixar a mensagem que no final o que importa é o amor.

Outro ponto alto foi a grande estreia de Tatá Werneck na TV. A atriz roubou a cena durante esses meses e conseguiu conquistar milhões de telespectadores com sua “piradinha” Valdirene, e junto com Elizabeth Savalla, nos proporcionaram grandes momentos.

No demais, isso vai fazer falta nessa novela que tanto prometeu antes de estrear, mas pouco cumpriu. E se for pra dizer se gostei ou não, eu digo que pela última cena, a novela valeu. Emocionante. A prova que não deveriam ter trocado o nome da novela e deveria ter continuado sendo, “Em Nome do Pai”. Parabéns ao Walcyr, equipe e atores.

 

Nostalgia 2014: Cláudia Rodrigues, a eterna Marinete

POR MATHEUS VITAL

Sexta é dia de Nostalgia, e na semana em que foi comemorado o "dia da saudade", eu convido a todos para lembrar um programa que foi sucesso de audiência.

É sempre bom rir, e hoje eu lembro o saudosismo que Cláudia Rodrigues causa em todos nós amantes de TV, e por isso dedico o post a série "A Diarista", que em quatro temporadas garantiu gargalhadas em todos que assistiram as trapalhadas de Marienete, as pérolas de Solineuza (Dira Paes) e até as confusões de Dalila (Cláudia Mello) e Ipanema (Helena Fernandes).

De especial de fim de ano a grande ssucesso das noites de terça:

Tudo começou no natal de 2003. O programa estava como candidato a titular na programação da Globo. No começo, com autoria de Glória Perez, e depois, comandada poe Bruno Mazzeo. O programa foi sucesso, e liderava com folga na audiência, tanto que ficou 4 anos no ar. As situações que Marinete se metia garantiam muitaa gargalhadas, e o público ficava cada vez mais fã.
Cláudia já revelou em diveraaa eentrevistas que sempre se divertia, e até imporovisava em algumas situações. Dia após dia, gravação seguida de gravação, a atriz superava a sua doença, a esclerose múltipla, para se entregar a personagem que se parecia com tantas domésticas do Brasil. 

O ano era 2007, Cláudia já tinha dificuldades para decorar os textos. Infelizmente, era a hora de parar as gravações para se tratar. De maneira rápida, o programa deixou fãs órfãos das trapalhadas de Marinete. O que era para ser um "até logo", se tornou um "tchau" e as ppromessas de trazer o programa de volta nunca foram cumpridas.
Tudo que foi gravado para uma 5ª temporada foi descartado, e Cláudia hoje se divide entre aparições tímidas no "Zorra Total", ou nos palcos interpretando peraonagens nos teatros.

E você? Quer participar do Nostalgia?
Envie e-mail para matheusvsrocha@gmail.com.
Eu também estou de segunda à sábado no Blig MegaHertz. Acesse www.mhztv.blogspot.com e confira!

Eliana e a trajetória da garota infantil que virou uma mulher de sucesso

POR MAURÍCIO NETO 



Eliana Michaelichen Bezerra iniciou sua carreira artística ainda criança, aos oito anos de idade. Depois de insistir para ser matriculada em uma agência de modelos, participou até os 14 anos de desfiles e comerciais. Em 1986, foi aprovada em um teste para integrar uma das formações do grupo musical infanto-juvenil “A patotinha”, do qual também participou a Adriane Galisteu, e onde permaneceu por quatro anos. O trabalho, bem sucedido, abriu as portas para conhecer o apresentador e empresário Gugu Liberato que, em 1990, a convidou para ingressar no grupo de sua empresa: o Banana Split.




ELIANA

Ocupação: Apresentadora, Cantora e Atriz

Idade: 40 anos (22/11/1973)

Naturalidade: São Paulo

Signo: Sagitário

Status: Casada com João Marcelo Bôscoli

Mãe de: Arthur Michaelichen Bezerra Boscoli

Aos dez anos de idade depois de tanto insistir, sua mãe resolveu atender ao pedido da filha e á matriculou em uma agência de modelos Joyce Manequim. Sua primeira aparição na televisão, foi em uma campanha publicitária da Valisere, "meu primeiro sutiã", onde Eliana aparecia apenas como figurante. Aos 13 anos depois de participar de um teste, Eliana foi escolhida para integrar o grupo A Patotinha, no ano de 1986. Ficou no grupo durante quatro anos, onde fez muito sucesso com a canção "Baile dos Passarinhos".

No ano de 1990, aos 17 anos, foi convidada por Gugu Liberato para integrar o grupo Banana Split, grande sucesso da época. Com seu 1,62 de altura Eliana era a menor do grupo. Eliana era destaque em todo programa que participava, inclusive do programa Qual é a música?, apresentado por Silvio Santos.



Poucos meses depois, Eliana foi convidada por Sílvio Santos no programa “Qual é a música” a comandar um programa infantil. Convite aceito, a loira estreou no SBT em 1991 com a atração “Festôlandia”, contando histórias para crianças. Durante seis anos que permaneceu na emissora, teve seu programa reformulado várias vezes, com diferentes nomes e horários - bem ao estilo de Silvio Santos. Ainda assim, Eliana, que cursou uma faculdade de Psicologia por três anos, conseguiu inovar apostando em uma temática mais educativa e ecológica. Nesta época, gravou o disco “Os dedinhos”, um dos maiores sucessos de sua carreira.

Com a trajetória como apresentadora de programas para crianças consolidada, Eliana passou a buscar mais autonomia: desejava comandar algo que pudesse atingir toda a família. Não chegando a um acordo com Sílvio Santos, encarou o desafio de, em 1998, trocar a emissora com a segunda maior audiência do Brasil, pela Rede Record (na época a terceira colocada do ibope nacional).




Até meados de 2004, Eliana ainda comandava um programa infantil chamado de “Eliana e Alegria”. No ano seguinte, contudo, depois de oito meses fora do ar, o projeto de ampliar a faixa etária de seu público com um programa com atrações para diversas idades finalmente foi concretizado com a estreia do “Tudo é possível”. Era a oportunidade para ela brigar pela audiência das tardes de domingo, competindo com seu antigo chefe e, particularmente, com o concorrente Fausto Silva, da Rede Globo.

Em 2009, mais uma vez com o desejo de ampliar sua grade de telespectadores, Eliana voltou ao SBT. Rumores de que seu salário ultrapassaria largamente o de Hebe Camargo, reduzido no ato da renovação de seu contrato, no mesmo ano, causaram polêmica. Desde então, a apresentadora comanda o “Eliana”. Aproveitando o sucesso na televisão, ampliou seu leque de negócios e se tornou uma das mais bem sucedidas empresárias do ramo do entretenimento brasileiro. São mais de 180 produtos com sua marca, ultrapassando nas vendas nomes como o de Xuxa. Além disso, lançou um bloco de carnaval em Salvador que, desde 2004, reúne cerca de 4 mil foliões anualmente. Atualmente seu principal foco tem sido sua recém-inaugurada editora de livros de arte, a Master Books.

VIDA PESSOAL

Eliana cultiva a fama de ser discreta quando o assunto gira em torno de relacionamentos amorosos. É também uma das poucas celebridades que costuma ter relacionamentos duradouros. Seu primeiro namorado foi Marcos Quintela, ex-integrante do grupo pop juvenil Dominó. A relação durou seis anos e terminou de forma tão amigável que, desde então, Marcos é seu empresário e participa ativamente da administração de sua carreira.

Em 1997, Eliana começou a namorar Luciano Huck, vivendo um dos raros períodos em que deixou sua vida pessoal ficar mais em evidência. Quando o apresentador foi flagrado com a cantora Ivete Sangalo, em 1999, o constrangimento foi também reforçado pelas revistas e o relacionamento terminou. No mesmo ano, porém, Eliana surgiu inesperadamente ao lado do publicitário Roberto Justus, que apenas dois meses antes tinha rompido um casamento relâmpago com a também apresentadora Adriane Galisteu.

Justus e Eliana se conheceram em um jantar na casa do apresentador Otávio Mesquita. Poucos meses depois, em novembro, a apresentadora foi surpreendida com um pedido de casamento feito em público na comemoração de seu aniversário. O enlace nunca aconteceu, e um ano e meio depois, Eliana rompeu o noivado.

Aceitaria, enfim, se casar em 2004 com o chef e apresentador Edu Guedes – seu amigo de quase uma década -, com quem viveu um conto de fadas moderno. O casamento chegou ao fim três anos depois em função dos ciúmes excessivos de Edu.

Eliana namora o músico e empresário João Marcelo Bôscoli, filho de Elis Regina, há dois anos. O casal chegou a romper no início de 2010. Entretanto logo reatou o namoro e as promessas de casamento e filhos.

CARREIRA

Eliana construiu com paciência uma sólida carreira como apresentadora infantil, dedicando-se por mais de dez anos. O grande sucesso do disco “Os dedinhos”, 1993, a incluiu de forma permanente no grupo das maiores apresentadoras de atrações para crianças. Em 2005, na Record, o programa “Tudo é possível” ampliou seu público e elevou ao patamar de única apresentadora mulher das tardes de domingo, concorrendo com gigantes do entretenimento televisivo brasileiro Faustão e Gugu Liberato. Retornou ao SBT em 2009, para continuar na briga pelo ibope dos domingos, com um dos maiores salários da TV brasileira.

Televisão

1991: “Festôlandia” (SBT)
1992: “Sessão Desenho” (SBT)
1993: “Bom Dia & Cia” (SBT)
1994: "Eliana & Cia" (SBT)
1996: “TV Animal” (SBT)
1998: “Eliana & Alegria” (Rede Record)
1999: “Eliana no parque” (Rede Record)
2003: “Fábrica Maluca” (Rede Record)
2004: “Programa da Eliana” (Rede Record)
2005: “Tudo é possível” (Rede Record)
2009: “Eliana” (SBT)

Cinema

2005: “Eliana e o Segredo dos Golfinhos”

Discografia

1993: “Os Dedinhos”
1994: “Eliana”
1995: “Eliana”
1996: “Eliana”
1997: “Eliana”
1998: “Eliana - Um Mundo de Alegria”
1999: “Primavera”
2000: “Eliana”
2001: “Eliana”
2002: “É dez”
2003: “Festa”
2004: “Diga Sim”

Coletâneas

1999: “Eliana: os maiores sucessos”2000: “Eliana Focus: o essencial de Eliana”
2001: “Eliana 100 Anos De Música”
2006: “Eliana Maxximun”
2006: “Eliana 15 Anos”

Singles

1993: “Os Dedinhos” e “Amiga”
1994: “Pop Pop” e “Tentação”
1995: “Olha O Passarinho”
1996: “A Dança Dos Bichos” e “Frutanimais”
1997: “Xô Preguiça” e “Beijomania”
1998: “Amigo Cão” e “Dia De Alegria”
1999: “Primavera”
2000: “A Força Do Mestre”
2000: “A Força Do Raio”
2000: “Brincar Com Chiquinho”
2001: “A Galinha Magricela”, “O Elefante e a Formiguinha” e “Um Mundo Ideal” (com Alexandre Pires)
2002: “Dona Felicidade”, “Pula Corda” e “Ai Meu Nariz”
2003: “É Tão Lindo”, “Meu Cachorrinho (Chihuahua)” e “Fábrica Maluca”
2004: “Um, Dois, Três”
2005: “Diga Sim”
2006: “Muvuca”
2007: “Essa Ternura” (para a novela Luz do Sol da Record)
2009: “Tempo De Mudar” (com Maisa)

Livros

2005: "Os Segredos dos Golfinhos"
2006: "Os Segredos do Pantanal"

Prêmios

2000: Indicação ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Infantil por “Primavera”
2003: Prêmio Tim de Música Brasileira de Melhor Álbum Infantil por “É Dez”
2004: Troféu Imprensa de Melhor Programa Infantil por “Fábrica Maluca”
2008: Personalidade do Ano na Televisão, distinção promovida pela Editora Três (Istoé, Istoé Gente eIstoé Dinheiro).
2009: Troféu Internet 2009 de Melhor apresentadora/animadora do ano de 2008.




''Big Brother Brasil'' se transforma em um show de apelação



Há poucas semanas estreou na Rede Globo como de costume, mais uma edição do Big Brother Brasil. Há muito tempo o Reality vem decaindo e a cada edição que passa os participantes selecionados para entrar na casa são sem carisma e apelam, para quem sabe, se não ganhar o prêmio, continuar na mídia após o reality.

A diferença é que nessa edição os participantes estão simplesmente atirando para todos os lados e apelando demais. Quem tem vontade de assistir aquilo? Respeito é bom e todos gostam, e no horário em que é exibido, ainda tem crianças, adolescentes, família reunida. Não que isso está acontecendo apenas nessa edição, mas nas outras pelo menos era no famoso “em baixo do edredom”, agora é gente tomando banho pelado na piscina, amigos tirando sunga um do outro e outras coisinhas que prefiro não comentar.

Respeito quem curte o reality e confesso que assistia muito, mas essa edição é um bando de gente sem carisma e apelando para o sexual, deixei de lado! 

Ivani Ribeiro, a consagrada autora de telenovelas da televisão Brasileira

POR MAURÍCIO NETO

Ivani Ribeiro foi uma de nossas maiores novelistas. Suas histórias encantaram gerações por décadas. Sua trajetória se confunde com a própria história da TV no Brasil. Se viva fosse, Ivani estaria completando 98 anos no dia 20 de fevereiro. Ivani não, Cleyde Alves de Freitas Ferreira, nascida em São Vicente, litoral de São Paulo. Cleyde adotou o pseudônimo Ivani em 1934, quando começou a cantar na Rádio Educadora, em São Paulo. O sobrenome Ribeiro foi uma homenagem ao poeta Oliveira Ribeiro Netto, que ela admirava.

Ivani Ribeiro, passou por várias rádios de São Paulo, atuando como cantora, atriz e produtora de programas de variedades e dramaturgia. Criou a “Hora infantil”, ainda na Rádio Educadora, com músicas e poemas. Na Rádio Difusora, cantou acompanhada por uma orquestra. Na Rádio Tupi, foi atriz do programa “As Mais Belas Cartas de Amor”. Trabalhando na Rádio Tupi, Ivani conheceu Dárcio Ferreira, locutor de sucesso na época. O amor nasceu naturalmente, e os colegas de trabalho se tornariam parceiros de uma vida toda: casaram-se em 17 de julho de 1942. Os dois nunca mais se separaram.

A transposição do rádio para a televisão foi natural. No momento da inauguração da TV no Brasil, Ivani já estava na TV Tupi de São Paulo. Em 1963 escreveu sua primeira novela diária, “Corações em Conflito”. O sucesso veio em seguida, com as novelas “Alma Cigana” e “A Moça que Veio de Longe”. Ivani Ribeiro é uma das minhas novelistas preferidas. Eu a conheci ainda criança, através da novela “Aritana”, da TV Tupi, exibida entre 1978 e 1979. Mas lembro da época em que passou “O Profeta”, “O Espantalho”, “A Viagem” e “A Barba Azul”, seus trabalhos anteriores.

Com o fim da Tupi, Ivani teve uma rápida passagem pela TV Bandeirantes (a Band), onde dois de seus antigos sucessos foram regravados (“A Deusa Vencida” e “O Meu Pé de Laranja Lima”) e onde ela escreveu duas tramas inéditas: “Os Adolescentes” e “Cavalo Amarelo”. Eu vi “Cavalo Amarelo” em uma de suas reprises. Uma novela deliciosa que nos brindava com a participação luxuosa de Dercy Gonçalves. Ivani Ribeiro só chegou à Globo depois de trinta anos de carreira na TV, tendo passado por quase todas as emissoras, com sucessos marcantes, principalmente na Excelsior e Tupi (“A Muralha”, “As Minas de Prata”, “Mulheres de Areia” e vários outros). Sua primeira novela na Globo foi “Final Feliz”, que estreou no final de 1982. Uma trama romântica que contrastava com as comédias que faziam sucesso às sete horas na época.

O curioso é que “Final Feliz” foi a única novela inédita de Ivani Ribeiro na Globo. Todos os seus demais trabalhos na emissora eram remakes ou adaptações de antigas novelas da autora. “Amor com Amor se Paga” (1984) era uma adaptação de “Camomila e Bem-Me-Quer”, novela apresentada pela Tupi entre 1972 e 1973. “A Gata Comeu” (1985) era um remake de “A Barba Azul” (Tupi, 1974-1975). “Hipertensão” (1986-1987), uma adaptação de “Nossa Filha Gabriela” (Tupi, 1971-1972). “O Sexo dos Anjos” (1989-1990), uma adaptação de “O Terceiro Pecado” (Excelsior, 1968). E “Mulheres de Areia” (1993) e “A Viagem” (1994), remakes das novelas homônimas, da Tupi.

Ivani Ribeiro era conhecida pela sua incrível capacidade de criação. Escreveu todo tipo de novela, abordou inúmeras temáticas – inclusive com merchandising social em uma época em que não existia este termo. Adaptações de radionovelas latinas, adaptações de clássicos da literatura e do cinema, novelas infanto-juvenis, tramas rurais ou urbanas, novelas de época e até de cunho espírita ou exotérico.  Ivani era uma escritora incansável, roteirizava novelas seguidas, sem descanso, e, às vezes, mais de uma ao mesmo tempo. Na segunda metade da década de 1960, ela escreveu treze novelas consecutivas para o horário das 19h30 da TV Excelsior – um feito impensável para os padrões de hoje, guardadas as devidas proporções.

Em muitos casos, Ivani escreveu uma novela e supervisionou outra ao mesmo tempo. Em 1974, enquanto ia ao ar “A Barba Azuil”, às sete horas na Tupi, ela supervisionou a trama das oito, “Os Inocentes”, também de sua autoria, mas escrita pelo marido, Dárcio. Outro exemplo: em 1972 escreveu para a Tupi “Camomila e Bem-Me-Quer”, enquanto ia ao ar “O Leopardo”, na TV Record, em que escrevia sob o pseudônimo Artur Amorim, para driblar a mídia, já que eram novelas para emissoras concorrentes.

Em 1976, Ivani deixou a TV Tupi para trabalhar para Silvio Santos, que ainda não tinha o SBT, mas produziu a novela “O Espantalho”, apresentada na Record e Tupi. Como o contrato da novelista com o “homem do baú” terminava apenas em 1980, e sem novelas para escrever, Ivani foi “emprestada” para a Tupi, para a qual escreveu “O Profeta” e “Aritana”.

Ivani Ribeiro faleceu em 17 de julho de 1995, aos 79 anos, de insuficiência renal provocada pelo diabetes, deixando dois filhos, Luís Carlos e Eduardo. Ivani se foi sem saber que seu marido, Dárcio, havia falecido vinte dias antes, no mesmo hospital onde ela estava internada. Antes de falecer, Ivani deixou pronto o argumento para uma nova novela, “Caminhos do Vento”, que estreou após sua morte, em 1996, com novo título: “Quem é Você”, desenvolvida por Solange Castro Neves e Lauro César Muniz.



Trilhas de novelas - parte 2: Músicas que marcaram a época dos anos 2000

 



Por Maurício Neto ( @maumau_neto)

Sempre fui apaixonado pelas trilhas sonoras de novelas, pois as coletâneas das músicas variadas, são aquelas que a gente ouve em toda parte, numa festa, num programa de TV, numa loja ou na rua. Quando ouço essas músicas, sempre me vem à memória uma determinada época de minha vida e não somente porque foi tema de algum personagem de novela.




UGA UGA
Autoria: Carlos Lombardi
Colaboração: Margareth Boury e Tiago Santiago

Período de exibição: 08/05/2000 - 19/01/2001

Em Uga Uga, Carlos Lombardi dosou humor e ação para contar duas histórias: as dificuldades de um jovem branco, criado por índios, em retornar à civilização; e as aventuras de um homem que teve de renunciar a sua vida para proteger as pessoas que amava. Os pesquisadores Nikos Jr. (Marcos Frota) e Mag (Denise Fraga) lideram uma expedição à Floresta Amazônica, onde são atacados por uma tribo indígena. Todos são mortos, menos Adriano, o filho de dois anos do casal. A criança é neta do industrial grego Nikos Karabastos (Lima Duarte), que passa os 20 anos seguintes tentando encontrá-lo. Mal-humorado e rigoroso, sempre assessorado pelo fiel Anisio (Tato Gabus), Nikos comanda a fábrica de brinquedos Tróia, com sede no Rio de Janeiro. Enquanto sonha com o dia em que seu neto e herdeiro voltará para tomar conta dos negócios, ele sustenta a cunhada Santa (Vera Holtz) e seu filho Rolando (Heitor Martinez), interesseiros que vivem às custas do grego e esperam ansiosamente que ele morra, o que faria dos dois os herdeiros de toda a sua fortuna. 

BACK AT ONE - Brian McKnight (tema de Van Damme e Tatiana)


SE EU NÃO TE AMASSE TANTO ASSIM - Ivete Sangalo (tema de Maria João)


   






UM ANJO CAIU DO CÉU
Autoria: Antonio Calmon
Colaboração: Eliane Garcia, Lilian Garcia, Marcia Prates, Maria Helena Nascimento e Álvaro Ramos

Período de exibição: 22/01/2001 – 25/08/2001

Um Anjo Caiu do Céu é uma comédia sentimental contemporânea que conta a história do famoso fotógrafo João Medeiros (Tarcísio Meira), que, durante anos, percorreu o mundo dedicado exclusivamente às causas humanitárias. Ele está em Praga, na República Tcheca, para mais uma de suas exposições, quando fotografa por acaso o líder neonazista Eric Brunner (Jan Ponan) e, por isso, sofre um atentado que o deixa à beira da morte. A vida de João é salva pelo anjo Rafael (Caio Blat), enviado pelas altas instâncias celestes para lhe oferecer uma nova chance: o fotógrafo ganha mais seis meses de vida para resolver os problemas de sua família desajustada, que ele preteriu por amor à arte da fotografia. É assim que João retorna ao Rio de Janeiro, onde tem de lidar com as discórdias e a infelicidade dos parentes, encontrando mais dificuldades nas batalhas do cotidiano do que nas guerras e conflitos que enfrentou pelo mundo. Ele conta com a ajuda de Rafael, que se torna seu assistente e vive uma experiência como mortal. Ao longo da trama, Rafael se apaixona por Cuca (Débora Falabella), que gosta mesmo é de Breno (Henri Castelli). Ele vai perdendo seus poderes e tem de decidir se volta à condição de anjo ou fica na Terra.

THANK YOU - Dido (tema de Deborah e David)


ERVA VENENOSA - Rita Lee (tema de Laila)


 







PORTO DOS MILAGRES
Autoria: Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares
Período de exibição: 05/02/2001 – 29/09/2001


Livre adaptação de Mar Morto e A Descoberta da América Pelos Turcos, do escritor Jorge Amado, Porto dos Milagres se sustenta em uma trama política que contrapõe o simplório pescador Guma (Marcos Palmeira), um representante do povo, ao poder exercido pelo inescrupuloso Félix (Antonio Fagundes) e sua ambiciosa mulher, Adma (Cássia Kiss). A história contemporânea transcorre na fictícia cidade de Porto dos Milagres, localizada na região do Recôncavo Baiano e formada por duas classes sociais distintas: a burguesia porto-milagrense com suas famílias tradicionais, instaladas na parte alta da cidade, e os moradores pobres do cais do porto, habitantes da parte baixa. A base da economia local é a pesca, mas a cidade também é uma das entradas de contrabando do país. A mitologia e a religiosidade estão presentes na trama através da figura de Iemanjá, a “rainha do mar”, padroeira de Porto dos Milagres e que, de forma fantástica, exerce influência na vida dos habitantes. Como outras histórias de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a novela tem muitas cenas de realismo fantástico.

DINAMARCA – na voz de Gilberto Gil e Milton Nascimento (tema de Guma)


USTED SE ME LLEVÓ LA VIDA - Alexandre Pires (tema de Rosa Palmeirão e Félix Guerrero)


    






ESTRELA-GUIA
Autoria: Ana Maria Moretzsohn

Período de exibição: 12/03/2001 – 16/06/2001


Estrela-Guia é uma trama contemporânea que aborda a união de dois mundos diferentes, simbolizada pelo romance do urbano e workaholic Tony (Guilherme Fontes) com a adolescente Cristal (Sandy), menina criada em uma comunidade alternativa do interior de Goiás. A novela contrapõe os avanços tecnológicos e científicos da sociedade de consumo moderna aos valores espirituais de uma sociedade alternativa, propondo uma conciliação das duas culturas para a construção de um mundo melhor, onde o egoísmo não seja uma das principais causas das mazelas sociais.

CRISTAL - Itamara Koorax (tema de Cristal)


ENROSCA - Sandy & Junior (tema de Bernardo)


   

Trilhas de novelas: Músicas que marcaram a época dos anos 90

 


Por Maurício Neto ( @maumau_neto)




QUATRO POR QUATRO
Autoria: Carlos Lombardi
Período de exibição: 24/10/1994 – 22/07/1995

Com ritmo dinâmico e texto descontraído, a trama  apresentava conflitos amorosos repletos de  separações, reconciliações e tramoias. Quatro  carros dirigidos por mulheres descontroladas se  chocam no caótico trânsito do Rio de Janeiro. Assim se dá o encontro entre a dondoca Abigail (Betty Lago), a dona de casa Auxiliadora (Elizabeth Savala), a tímida secretária Tatiana (Cristiana Oliveira) e a manicure Babalu (Letícia Spiller). Elas acabam presas na mesma cela e bastam alguns minutos para que descubram que, naquele mesmo dia, todas haviam perdido o homem amado. Uma por todas, todas por uma, elas decidem se unir em um projeto de vingança contra seus algozes, desejando a eles a mesma dor que sentiam. Os alvos são Gustavo (Marcos Paulo), Alcebíades (Tato Gabus Mendes), Fortunato (Diogo Vilela) e Raí (Marcello Novaes), par de cada uma, respectivamente.

Mais do que uma simples canção, “Always”, do Bon Jovi”, conquistaria não somente os brasileiros, mas uma legião de fãs pelo mundo. Por aqui, sua difusão acontecia através da novela “Quatro Por Quatro”.


E a cantora Adriana Calcanhoto na trilha nacional, ficaria como um marco com a sua música "Metade", tema da Babalu na novela Quatro por Quatro.


   






HISTÓRIA DE AMOR
Autoria: Manoel Carlos
Período de exibição: 03/07/1995 – 02/03/1996

História de Amor tem como eixo principal um quadrilátero amoroso. O endocrinologista Carlos Alberto Moretti (José Mayer) casa-se com a jovem e ciumenta Paula (Carolina Ferraz) depois de se relacionar por dez anos com Sheila (Lilia Cabral), sócia dele em uma clínica. No caminho para a igreja, no entanto, ele se depara com um jovem casal, Joyce (Carla Marins) e Caio (Ângelo Paes Leme), brigando. O rapaz empurra a moça do jipe, e Carlos atrasa a sua chegada à igreja para levar a jovem para a sua clínica. Lá, ela lhe revela estar grávida. Apesar do tumulto, Carlos chega a tempo para a cerimônia e se casa com Paula, já histérica.

Bom, se você viveu nos anos 90, certamente se lembrará desta música. Na TV, ela foi trilha do personagem Bruno, em "História de Amor”, de 1996.


Na trilha Sonora Nacional, Gal Costa canta "Futuros Amantes", tema de Helena.



  






PERIGOSAS PERUAS
Autoria: Carlos Lombardi
Colaboração: Maurício Arruda

Período de exibição: 10/02/1992 – 29/08/1992

Ambientada em São Paulo, Perigosas Peruas conta a história das amigas Cidinha (Vera Fischer) e Leda (Silvia Pfeifer). As duas nasceram no mesmo dia, cresceram juntas, estudaram no mesmo colégio e na mesma universidade. Mas cada uma seguiu um caminho: Cidinha se dedica à casa e à família e jamais trabalhou fora; Leda investe na carreira jornalística e tem aversão a casamento e filhos. Mesmo satisfeitas com suas escolhas, uma sente inveja do estilo de vida da outra.

Composta pelos ingleses do The Farm, “All Together Now”, faria parte, no ano de 1992, da trilha sonora da novela “Perigosas Peruas”. Ainda sobre a trama, destaque para as músicas “Tears in Heaven” (Eric Clapton) e “Spending my Time” (Roxette).


Marina Lima canta a música "Eu Não Sei Dançar" tema de Cidinha na novela.


   






A VIAGEM
Autoria: Ivani Ribeiro
Colaboração: Solange Castro Neves

Período de exibição: 11/04/1994 – 22/10/1994

A Viagem tem como tema central a vida após a morte, inspirada na filosofia de Allan Kardec, o codificador do espiritismo. O personagem que conduz as tramas é Alexandre (Guilherme Fontes), um delinquente que se mata na cadeia após ser condenado por roubo seguido de homicídio e passa a infernizar a vida de todos que julga responsáveis por seu trágico destino.

A canção “Linger”, um dos maiores clássicos do cranberries, estaria, no ano de 1994, presente em “A Viagem”. Na novela, ela seria tema dos personagens Raul e Andreza.



Na trilha sonora de A Viajem, Milton Nascimento canta "Beijo Partido", tema de Raul e Andreza.


   






A PRÓXIMA VÍTIMA
Autoria: Silvio de Abreu
Colaboração: Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira

Período de exibição: 13/03/1995 – 04/11/1995

Suspense, traições e romances davam o tom da novela, cuja espinha dorsal era centrada em três perguntas: “quem matou?”, “quem será a próxima vítima?” e “por quê?”. Um Opala preto, que segue as vítimas, é o único indício de que o assassino está por perto. A trama policial tem como principais cenários a Mooca e o Bixiga, em São Paulo – universos recorrentes nos trabalhos de Silvio de Abreu –, e também apresenta a história da batalhadora Ana (Susana Vieira), dona de uma cantina italiana, amante há 20 anos do mau-caráter Marcelo (José Wilker), com quem tem três filhos: Carina (Deborah Secco), Sandrinho (André Gonçalves) e Giulio (Eduardo Felipe).


Difícil definir, em poucas palavras, o sentimento ao ouvir esta regravação de “Bizarre Love Triangle”. No Brasil, ela foi tema, em 1995, da novela “A Próxima Vítima".


A banda Skank fez parte na música "Pacato Cidadão" sendo o tema de Tonico.


   

O Comenta te espera em 2014

 


Há um ano atrás eu escrevia a mensagem de fim de ano do Blog que estava completando apenas três meses na rede. Hoje, ele já passou o primeiro ano, já contou muitas histórias, já mudou quatro vezes de visual e teve na coluna Retrô, a participação de mais um membro na equipe, Mauricio Neto.

Em um mês muda tanta coisa, imagina em um ano? Talvez 2013 não tenha sido um ano bom para a nossa teledramaturgia. Nenhuma novela fez aquele sucesso e talvez nenhuma delas deixe saudades e boas lembranças, mas sabemos que sempre fica um personagem ou uma história em nossa cabeça. A televisão é isso, mesmo quando algo não é bom, ela fica, ela continua fazendo parte até depois do fim. Até hoje me pego lembrando de casos de amor, de vilões, de novelas que não foram um estrondo de sucesso, mas que fizeram parte do dia-a-dia.

E acho que eu, com comentários e postagens fiz pelo menos parte de cada um que acessa meu blog. O "Jurandir Dalcin Comenta" leva o meu nome, mas não é só meu. É de todos que fazem parte dele, desde quem faz a arte, até aquele que lê. O que seria de mim sem meus leitores?

Por isso eu quero agradecer e desejar um Feliz Natal e um ótimo 2014. Que o próximo ano seja melhor que esse e supere todas as expectativas. Que venha boas novelas, que lancem ótimas músicas e que na vida real, a gente seja feliz, fique realizado e com muita saúde. Que na vida real não falte força de vontade e que a gente se encontre aqui de novo. No mesmo endereço e título, com essas postagens que são feitas com carinho. Nesse blog que me realizou muito nesse ano de 2013.

Ano que vem começo uma nova jornada. Faculdade de "Letras", para proporcionar cada vez mais qualidade para vocês e também para me ajudar a chegar aonde eu mais quero. E assim seguimos... Até 2014!

"O bom trabalho é aquele que, em alguma medida, me realiza, me dá satisfação e me faz sentir útil para a sociedade em que vivo. Enfim, um trabalho cujo sentido consigo perceber, para o qual não me arrependo de dedicar várias horas do meu dia." 

Alessandro Molon

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