Início movimentado e conflitos promissores fazem 'Rock Story' empolgar desde o primeiro capítulo

Lembro que pouco vi de Rock Story na época em que foi exibida, mas acompanhei pelas redes algumas das notícias sobre o enredo. Hoje, pouco mais de 4 anos desde que seu último capítulo foi exibido, comecei a maratona na Globoplay.

Não sei como é o desenvolvimento da trama na íntegra, mas se eu fosse julgar pelos dois primeiros capítulos posso dizer que minhas expectativas estão bem altas para acompanhar os próximos 177 capítulos que tenho pela frente.

Nesse início, destaco Alinne Moraes como Diana, e também a relação conturbada entre Gui (Vladimir Brichta) e Zac (Nicolas Prattes), que já nos pega no primeiro capítulo quando o jovem precisa ir morar com o pai que nunca conheceu. Além desses personagens terem bons conflitos, tudo melhora quando o caminho de Gui cruza com o de Júlia (Nathalia Dill), que é enganada pelo namorado e se torna uma fugitiva da polícia.

Comecei a maratonar novelas faz pouco tempo, mas posso dizer que os dois primeiros capítulos de Rock Story são uns dos melhores que assisti, deixando até mesmo algumas novelas das nove no chinelo. A trilha sonora também é outro ponto positivo. Espero que a trama segure as pontas e não perca a potência desse início.

'Ginny e Georgia' prende a atenção com mistura de trama adolescente e policial

Basta alguns minutos do episódio piloto de Ginny e Georgia para a gente se encantar por Georgia, uma mulher que teve sua primeira filha aos 15 anos e teve que tomar decisões para proteger a si mesma e a criança. Hoje, com uma filha adolescente e uma criança de 9 anos, ela não deixa transparecer suas dores e faz de tudo para protege-los. 

Após o marido morrer e ela se mudar mais uma vez, parece que encontraram o lugar perfeito para criarem raízes. Eu entendo que em um primeiro momento, Ginny toma atitudes bem irritantes, mas a personagem - que é uma adolescente - cresce na trama e conseguimos nos apaixonar por ela também. 

Outro destaque é Max, uma garota descolada que se torna a melhor amiga de Ginny. Ela é responsável por grandes momentos da primeira temporada e a atriz está muito à vontade no personagem. Desde o primeiro momento, Max se destaca e ganha o mesmo peso que as protagonistas. 

Abordando todos os temas clichês de uma série adolescente, temos também a abordagem do passado de Georgia e toda a explicação do caminho que ela percorreu até o presente. Apesar de ser uma personagem engraçada, tem forte carga dramática. E mesmo com atitudes suspeitas, não conseguimos torcer contra. 

A série consegue desenvolver bem os personagens ao decorrer dos 10 episódios, mas também termina com muitas pontas soltas e que, saindo do óbvio, podem ser muito boas para o desenvolvimento da série em sua próxima temporada.

Intuitiva, Manu Gavassi lança 'sub.ver.si.va' e mostra mais um pouco do MG4

Quando escrevi sobre a nova fase de Manu Gavassi, ainda não tinha sido nenhum single. Hoje, escrevendo esse texto, ela acaba de lançar a segunda faixa de seu quarto álbum de estúdio.

Subversiva (estilizado sub.ver.si.va) é bem diferente do single anterior, mas ainda assim segue o mesmo estilo, sendo apenas um pouco mais comercial. Por tanto, convenhamos que quem imaginava Manu em uma fase mais introspectiva, acertou. 

Acompanho a Manu desde quando ela se lançou na Capricho, e nada do que ela está fazendo agora é diferente do que eu esperava como fã do seu trabalho. Gavassi não quis ir na onda do grande sucesso midiático para bombar na música, e ao que parece, seu novo trabalho irá continuar tendo a sua identidade e sem música chiclete para ter um número considerável de streams - e ser considerado hit pelo povo da internet. 

Confesso que estou apaixonado pela nova música, assim como eu fiquei com a primeira, que segue firme como número 1 das minhas playlists. Estou bem animado com o que vem nesse álbum e acredito que teremos uma artista mais desprendida e fazendo um trabalho mais experimental, se arriscando mais - como ela já havia feito em seus dois últimos EPs. Espero ansiosamente os próximos passos de Manu Gavassi, e também espero que ela não suma mais das redes. A fandom agradece.

AVALIAÇÃO: ★★★★ (4,0)

 

A emoção que foi viver a 'Nossa História' de Sandy e Junior


Foi em 2003 que eu comprei o primeiro álbum de Sandy e Junior por livre e espontânea vontade, mas lembro perfeitamente de ouvi-los desde o Era Uma Vez... (1998) por conta de minha irmã. Depois disso, acompanhei a carreira da dupla de longe, sem ter a oportunidade de ir em um show por ser de uma cidade do interior de Santa Catarina - e viajar, para os meus pais, não havia nenhuma possibilidade.

O tempo passou e eu cresci. Na separação, não senti o impacto por não entender a dimensão do que era Sandy e Junior, já que curtia as músicas, mas nunca me tornei aquele fã, até pela idade. Em 2010 veio a carreira solo de Sandy e o sentimento que estava adormecido voltou com tudo, e eu me identifiquei ainda mais com aquele trabalho - e agora com a internet e mais velho, me interessei ainda mais pelo que ela também havia feito no passado. 

Sandy e Junior era algo surreal para mim, e eu sempre comentei que a Sandy que eu via naqueles vídeos parecia ser uma outra pessoa, e não aquela do qual eu estava mais familiarizado. E quando tiveram os boatos de uma suposta turnê, eu não acreditei, sempre achei que ver eles como dupla em um palco, era completamente fora de cogitação. Mas a turnê veio e foi surreal a sensação de quando tudo foi confirmado. Era a realização de um sonho até então impossível.

Assistindo ao documentário A História, lançada exclusivamente no Globoplay, eu entendo perfeitamente o carinho que eu criei por esses dois artistas. Assim como as pessoas que são próximas dos artistas costumam falar, nós fãs também sentimos o quanto eles são reais - mesmo a mídia tentando provar o contrário os menosprezando como artistas e pessoas.

O documentário é importante para ouvir o outro lado e entender o que rolava nos bastidores - e que a gente imaginava saber apenas pelas manchetes sensacionalistas de revistas de fofoca, e entender um pouco mais como tudo isso contribuiu para Sandy e Junior serem o que são hoje. 

Sandy, sempre como a eterna virgem, enquanto Junior tinha que lidar com questões sobre a sua sexualidade, além de ser taxado como a sombra da própria irmã. E é no quarto episódio que a gente entende o quanto a carreira precoce que tiveram poderia ter dado muito errado se não fosse a família, e todo o suporte que tiveram. Notícias que, para mim, eram inéditas, como a mídia alegando que Junior tentou suicídio por Sandy estar pensando em acabar com a dupla, mostram que quando um artista fala que a fama é a parte ruim de ser famoso, não é brincadeira - eles eram crianças nessa época.

Hoje, revendo o documentário e o show, me fez sentir toda a emoção que eu senti em 2019. A realização do sonho que foi vê-los em cima do palco numa noite chuvosa em Curitiba/PR, e que recentemente completou dois anos. Ver que nem toda a maldade da mídia conseguiu atrapalhar dois seres humanos talentosos e que marcaram uma geração.

As primeiras impressões sobre a 3ª temporada de 'Sex Education'


Depois de uma longa espera, temos novos episódios de Sex Education para maratonar durante esse final de semana todinho.

Ao julgar pelo primeiro episódio, a série vem com todos os ingredientes das temporadas anteriores e promete valer o tempo que esperamos por esse retorno. A série sempre foi feliz em abordar diversos temas que são tabus, e não vai ser diferente aqui.

O primeiro episódio serviu para entendermos como ficou a vida dos personagens depois da última season finale, e acabou que todos tiveram tempo de tela. Convenhamos que Otis e Eric foram mais uma vez os destaques, e infelizmente Maeve ficou um pouco em segundo plano nessa estreia, mas ainda assim pudemos entender que ela está sofrendo com a  ausência da mãe e de Otis em sua vida.

Não sei mais o que espero do casal que deveria ser o protagonista. Acho que tudo deve ser explicado, mas são três temporadas no chove e não molha que eu não sei mais se eu torço para que eles virem um casal. Acho que deviam investir em uma amizade e encontrar um outro par para Maeve, ou então deixá-la sozinha mesmo. 

Adam se mostrou estar tentando mudar o seu jeito, e muitos torcem o nariz para o personagem por tudo o que ele fez, mas consigo ver com outros olhos as atitudes do rapaz, sendo que cresceu em uma casa infeliz onde descontava todas as frustrações nas pessoas ao seu redor, e não devemos esquecer que estamos falando de um adolescente, mesmo parecendo que ele é um adulto pelo seu porte. E sinceramente? Eu lembro de muitos Adam's no meu colégio. O da série pelo menos está se aceitando e tentando mudar. 

Para finalizar, a diretora nova parece ter vindo toda fofinha para ajudar os alunos, mas acredito que por de trás daquele rostinho tem algo que se esconde. Tanto que ela usou a informação de Otis para destruir o banheiro, e também confundiu Adam e Jackson, acho que é um ponto importante para ser observado. Aliás, essa cena me pegou de surpresa pois era uma parte importante do cenário e eu senti quando ele foi destruído, mas vou seguir a maratona para entender o que tudo isso nos reserva lá na frente. 

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