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O encanto perdido de "Amor Eterno Amor"


A novela Amor Eterno Amor, de Elizabeth Jhin, começou com promessas de uma história envolvente, misturando temas espirituais, drama familiar e romance. Até a morte de Verbena (Ana Lucia Torre) e a busca por Carlos (Gabriel Braga Nunes), o filho desaparecido, a trama conseguia manter um ritmo que prendia a atenção. O suspense em torno da reconexão familiar era cativante, e os personagens secundários contribuíam para a riqueza do enredo.

Entretanto, após o fechamento desses arcos, o encanto se perdeu. A novela caiu em uma narrativa linear e previsível, deixando a impressão de que os conflitos e mistérios se esgotaram precocemente. Até personagens como Gracinha (Daniela Fontan), que tinham um brilho especial no começo, foram perdendo espaço. 

A sensação de estagnação é agravada pela falta de novos conflitos significativos e pela ausência de reviravoltas que tragam vitalidade à narrativa. Apesar das belezas visuais e do apelo espiritual característico de Elizabeth Jhin, Amor Eterno Amor parece ter se contentado em navegar em águas calmas, sem ousar explorar tempestades que poderiam renovar o interesse do público.

Para quem maratona, o desafio é ainda maior. Sem o suporte do frescor diário da exibição original, as maratonas dependem de tramas envolventes para manter o interesse. Por enquanto, a novela está mais próxima de um desafio de paciência do que de um prazer nostálgico.

Fernanda Lima em “Bang Bang”: uma protagonista injustiçada

 


Estou me aproximando do capítulo 50 de Bang Bang, a controversa novela escrita por Mário Prata, que foi assumida por Carlos Lombardi após diversas mudanças nos bastidores. Embora a trama tenha seus altos e baixos, hoje quero destacar um ponto que, para mim, merece um olhar mais atento: Fernanda Lima, protagonista que foi alvo de muitas críticas na época.

Na pele de Diana Bullock, Fernanda enfrentou uma enxurrada de comentários negativos da crítica, com muitos questionando sua habilidade como atriz. Mas revendo a novela, vejo que essa imagem foi bastante injusta. Sim, ela ainda era uma iniciante, mas sua atuação tem momentos realmente sólidos.

Fernanda se destaca, especialmente, nas cenas onde Diana precisa se impor. É notável como ela entrega uma boa presença nas sequências de maior intensidade dramática, como no rompimento com Ben, em torno do capítulo 47. A dor e a determinação da personagem ficam evidentes, e a atriz demonstra maturidade para carregar esse peso, o que não é pouca coisa para uma estreia em novelas.

Ainda que Diana seja uma protagonista desafiadora, cercada por uma trama às vezes desconjuntada, Fernanda Lima segura bem o papel e entrega uma performance que merece mais reconhecimento. Bang Bang pode não ser perfeita, mas revisitar a novela é perceber que houve, sim, acertos - e a escolha da Fernanda é um deles.

Heartstopper | 3ª temporada


A terceira temporada de Heartstopper trouxe momentos importantes e necessários, especialmente ao explorar o arco da saúde mental de Charlie. A abordagem sensível da série em tratar da sua luta contra um distúrbio alimentar e os traumas que carregou foi essencial para dar profundidade ao personagem e à história. É louvável como Heartstopper continua ampliando diálogos sobre questões delicadas, especialmente para um público jovem, mostrando a importância de empatia, apoio mútuo e saúde emocional.

Por outro lado, essa temporada também apresentou um ritmo mais lento em comparação às anteriores. Ao dar mais espaço para o desenvolvimento desse arco, a trama central acabou perdendo um pouco de sua energia característica, com momentos que pareciam se arrastar ou ser repetitivos. O foco na relação de Charlie e Nick permaneceu doce e inspirador, mas a narrativa geral deixou a sensação de que algo ficou faltando para sustentar o dinamismo e o frescor tão marcantes nas temporadas anteriores.
 
Ainda assim, a temporada cumpre seu papel ao expandir o universo emocional da série e reforçar mensagens importantes. Para alguns, esse tom mais reflexivo foi um acerto necessário; para outros, pode ter deixado saudades do charme leve e envolvente que conquistou o público inicialmente. Resta saber se a série vai conseguir encontrar o equilíbrio perfeito na próxima temporada.


 


A Regra do Jogo: uma trama que prometeu mais do que entregou

Exibida entre 2015 e 2016, A Regra do Jogo, de João Emanuel Carneiro, chegou com a responsabilidade de suceder o fenômeno Avenida Brasil. Apesar do elenco de peso e de um início promissor, a novela acabou sendo marcada por sua irregularidade, alternando entre momentos brilhantes e escolhas narrativas frustrantes.


Cauã Reymond como Juliano teve seus altos e baixos. Embora o casal Juliano e Tóia (Vanessa Giácomo) fosse insosso, o personagem tinha carisma quando estava em cena sozinho, especialmente ao se aliar ao policial Dante, vivido por Marco Pigossi. Mesmo sendo, ironicamente, “o policial mais burro da dramaturgia”, Dante protagonizou cenas de impacto, sustentadas pelo talento de Pigossi, que lidou bem com momentos difíceis e exigentes. Já Tony Ramos, com o dúbio Zé Maria, roubou a cena na reta final, quando o personagem assumiu de vez seu papel como líder da facção, entregando uma atuação magnética.


Giovanna Antonelli como Atena foi outro ponto alto da novela, especialmente nos primeiros meses. A trambiqueira era divertida, perspicaz e conquistava o público com sua ousadia. Contudo, em determinado momento, sua trajetória estagnou, e ela passou a girar em torno de Romero (Alexandre Nero). Apesar da excelente química do casal, o envolvimento amoroso apagou o brilho da personagem, que chegou a desaparecer de cena por vários capítulos. Romero, que começou como um dos protagonistas mais interessantes da novela, perdeu força ao tentar embarcar em uma jornada de redenção que o tornou cansativo e previsível. 


José de Abreu, como o corrupto Gibson, foi um dos destaques absolutos. O personagem, com claros paralelos a figuras políticas inelegíveis, teve um arco intenso na reta final, e Abreu brilhou ao interpretar um homem encurralado, entregando cenas de grande intensidade dramática.


Mas, assim como teve seus acertos, A Regra do Jogo apresentou muitos problemas. Com um início eletrizante, a trama central foi perdendo ritmo, tornando-se lenta e repetitiva. As histórias pareciam andar em círculos, e muitos núcleos secundários pouco ou nada contribuíam para a narrativa principal.


Algumas tramas paralelas foram simplesmente abandonadas. Andressa Turbinada, por exemplo, surgiu do nada e desapareceu da mesma forma, sem resolução clara, apesar da acusação de agressão contra Merlô (Juliano Cazarré). Seu desfecho foi relegado a um comentário aleatório de Alisson (Letícia Lima) e Ninfa (Roberta Rodrigues). O arco de Domingas (Maeve Jinkings) e Juca (Osvaldo Mil) começou promissor ao tratar de violência doméstica, mas descambou para o absurdo com a entrada de um estranho em sua casa, que rapidamente virou seu parceiro. E o final de Juca foi apenas mencionado no último capítulo, sem uma conclusão digna.


O núcleo de troca de casais entre Indira (Cris Vianna), Oziel (Fábio Lago), Tina (Monique Alfradique) e Rui (Bruno Mazzeo) foi outro ponto fraco, servindo apenas para preencher tempo com situações desinteressantes. Essas histórias secundárias, muitas vezes enfadonhas, contribuíram para o desgaste da trama.


No geral, A Regra do Jogo é uma novela mediana, aquém das expectativas para um autor com o histórico de João Emanuel Carneiro. Comparada a suas outras obras, como A Favorita, Cobras & Lagartos e Da Cor do Pecado, esta foi a mais fraca. Com 167 capítulos, a trama robusta parecia carecer de história suficiente, resultando em uma narrativa cansativa e cheia de repetições. Embora tenha tido momentos e atuações memoráveis, o saldo final foi de uma obra que prometeu mais do que conseguiu entregar.


Personagens carismáticos tornam "A Lua Me Disse" uma história agradável de assistir

Uma das novelas que estavam na minha lista para maratona, dei start em "A Lua Me Disse" há pouco mais de um mês e após os 50 primeiros capítulos decidi vir deixas as minhas primeiras impressões. 

A novela de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa já mostra em seu primeiro capítulo que a protagonista, Heloísa (Adriana Esteves), e a vilã Ester (Zezé Polessa), estão de lados opostos na trama. Inclusive, a cena final do primeiro capítulo é um dos momentos memoráveis até aqui, quando Ester solta os cachorros para pegarem Heloísa

A minha impressão até o momento, é que a novela peca em falta de ganchos, e que em alguns momentos nada acontece. A passagem de tempo levou quase dez minutos de cenas descartáveis. Mas apesar desses momentos, em um contexto geral a novela é gostosa, e parte responsável é o texto e os personagens carismáticos criados pelos autores. 

A novela sempre foi citada por situações racistas, mas assistindo novelas dos anos 2000, não acho que seja a que tem mais problemáticas para a época. Ainda tenho uma grande quantidade de capítulos pela frente, mas por aqui a maratona segue gostosinha. 

Pra finalizar, destaco Madô (Débora Bloch), uma personagem cheia de nuances que tenta mudar para salvar o casamento, mas sempre mete os pés pelas mãos; Lúcio (Maurício Mattar) e Violeta (Isabel Fillardis) que se apaixonam, e são um dos meus casais favoritos; Leontina (Aracy Balabanian), vilã que amamos odiar e culpa é da atriz genial; Roma (Miguel Magno), uma personagem que circula pelos núcleos e se destaca por sua inteligência e carisma; Samovar (Cassio Scapin) e Geórgia (Patrícya Travessos), uma dupla que se destaca em diversos momentos da trama.

Maratonando "Desejos de Mulher" - Semana 1


Finalizei a primeira semana de Desejos de Mulher, novela de Euclydes Marinho que foi disponibilizada na Globoplay nessa semana. 

Os seis primeiros capítulos mostram que o tom da novela se destoa completamente do horário que é marcado pela comédia. A trama, pelo menos nesse início, se enquadra muito em uma trama das oito, e se a gente voltar ao passado, a novela foi cotada para o horário nobre em um primeiro momento. 

As protagonistas, Andréa (Regina Duarte) e Júlia (Glória Pires), são os destaques nesse primeiro momento. A primeira, uma mulher de sucesso que vê sua vida mudar ao descobrir que é adotada, e a segunda, dona de casa, vive um casamento feliz, mas tem traumas de infância onde sempre foi colocada pra baixo ao ser comparada com a irmã. Sua vida também muda no momento que o seu marido é preso no dia do seu aniversário. 

A fama da novela não vem ao caso nesse momento, e eu sei o risco que eu estou correndo de me decepcionar ao longo da novela. A julgar essa primeira semana, a novela parece ter grande potencial. Até mesmo o núcleo das modelos, onde Gabriela (Mel Lisboa) já tem certo destaque e um grande desejo de se tornar uma modelo de sucesso. Li que ela se torna vilã lá na frente, mas aqui ela já mostra que de mocinha não tem nada. 

Sobre Chico (Eduardo Moscovis), que no primeiro capítulo aparece na ótima cena em que Glória Pires ataca uma barraca de peixe em uma das poucas cenas que miram no humor, se torna chato ao passar os capítulos. A crise no casamento, o pedido de divórcio vindo da mulher, fazem o personagem entrar no fundo do poço e meter os pés pelas mãos em situações constrangedoras e que nada acrescentam pra trama.

RAPIDINHAS:

- Herson Capri tem a mesma cara em todas as novelas que eu assisto. Nesse início, só apareceu bebendo ou nadando. Vida difícil... 

- Alessandra Negrini é um monumento. Eu era bem criança na exibição original, e confesso que o pouco que lembro das cenas é da Selma.

- A trilha sonora dessa novela é uma das melhores que existem. A minha maior curiosidade é por conta da trilha nacional, que minha mãe tinha o álbum e eu era apaixonado.

- Regiane Alves se destacou com a Dóris em "Mulheres Apaixonadas", em 2003, mas certeza que viram potencial para escalar a atriz depois da sua participação em "Desejos de Mulher".

- Glória Pires engole Regina Duarte nas cenas entre irmãs. 

Faltou emoção na primeira temporada de "Percy Jackson e os Olimpianos"


Gostaria de iniciar ressaltando que minha análise se baseia exclusivamente na série televisiva, uma vez que não tive a oportunidade de ler os livros. Meus sentimentos e impressões foram formados ao longo dos oito episódios da temporada de estreia, que adaptou o primeiro livro da saga criada por Rick Riordan.

Eu assisti ao filme de 2008 e fiquei bastante impressionado, logo, minhas expectativas para a série eram muito elevadas. Embora a série esteja longe de ser inassistível, e acredite que seja plenamente possível corrigir os equívocos desta temporada, ela decepcionou em vários momentos.

Ao descobrir que é filho de um Deus, Percy se vê obrigado a embarcar em uma missão para impedir uma guerra. Embora a jornada seja desafiadora, nem mesmo os obstáculos conseguem transmitir emoção ou tensão. O último episódio, particularmente, deixou a desejar, apresentando-se apático - um fator que pode dificultar o engajamento do público.

A performance do elenco infantil carece de emoção, e as interrupções abruptas em momentos de tensão atrapalham o fluxo da narrativa. Se essas falhas não forem corrigidas em uma eventual segunda temporada, poderá ser desafiador manter o interesse na série por um período prolongado.

Uma história de amor cheia de encontros e desencontros em "Normal People"


"Normal People" é uma série lançada em 2020, adaptada da obra literária de Sally Rooney. A trama gira em torno de Marianne e Connel, dois jovens que, apesar de pertencerem a realidades distintas, encontram uma afinidade incomum durante o colegial.

Depois dessa aproximação, os dois não conseguem manter uma bola relação e decidem se distanciar, permanecendo separados até o início da faculdade, onde se reencontram. A partir desse momento, somos conduzidos através dos encontros e desencontros de duas pessoas que lutam para lidar com seus sentimentos, e que apesar de suas dificuldades, no fundo, se amam.

Com episódios que duram menos de 30 minutos, a série se destaca por sua direção meticulosa e elenco altamente habilidoso. Os protagonistas transmitem com sucesso todas as emoções que experimentam, como amor, angústia e dor, evitando qualquer abordagem clichê para a história. Conforme sugere o título, não há vilões ou mocinhos, apenas pessoas reais lidando com suas próprias escolhas, traumas e imperfeições.

Heartstopper | 2ª temporada

 


Demorou, mas finalmente consegui terminar a segunda temporada de Heartstopper. 

A segunda temporada veio para nos mostrar um pouco mais da evolução dos personagens que aprendemos a amar. Enquanto Nick sentia medo e não entendia muito bem a pressão sobre se assumir, a gente via como tudo isso estava prejudicando Charlie mesmo que ele não falasse, assim como os danos que a homofobia que ele sofreu ainda estavam ali, mesmo que ele tentasse provar o contrário. 

Acredito que o sucesso da série, é exatamente por abordar questões que são muito mais reais do que se imagina. Enquanto viamos o relacionamento dos dois garotos se desenvolver também éramos apresentados à outras realidades, como a de Darcy, que tem problemas em se expressar por conta da realidade caótica que tem em casa, e também temos Isaac, que ao ver todos os seus amigos se envolvendo com outras pessoas, se sente excluído por não sentir o mesmo e nem entender o que isso significa. 

Outro destaque dessa temporada foi o relacionamento de Elle e Tao. O desenvolvimento do relacionamento amoroso dos dois era algo que a gente já esperava desde a primeira temporada e finalmente veio aí.

A segunda temporada de Heartstopper conseguiu fazer com que a gente se apegasse ainda mais aos personagens. É tão bom assistir que mesmo faltando muito para o mundo ser um lugar melhor pra nós, hoje, por exemplo, o Nick pode se sentir mais acolhido do que quando Charlie se assumiu. Aos poucos, está melhorando, e a série abordar questões que quase nunca são abordadas, é de extrema importância. Ansioso pela temporada 3.




True Blood | 2ª temporada




Após uma boa temporada de True Blood, a segunda veio pra corrigir os erros da temporada anterior e terminar sendo a melhor até então. 


Um dos maiores acertos dessa segunda temporada foi separar a série em dois arcos, a Comunidade do Sol e a verdadeira intenção de Maryann  que foi segredo boa parte da temporada. Os arcos foram muito bem desenvolvidos e fizeram a série ter diversos momentos marcantes durante os 12 episódios que compuseram essa segunda temporada. 


O romance de Bill e Sookie ficou em segundo plano e isso foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Acho o casal chato, e continuo achando Sookie bem egoísta e nada altruísta em alguns momentos. As cenas do hotel foram bem interessantes e foi legal saber que a garota não é a única telepata pelas redondezas. Aliás, será o que Sookie é? No desfecho da temporada fica claro que ela possui algo mais e que deve ser respondido em algum momento.


Nessa temporada tivemos mais tempo de tela de Eric, por exemplo, descobrindo um pouco mais sobre a sua história. Aliás, a morte de Godric, criador de Eric, é uma das cenas mais emocionantes dessa temporada. E é muito interessante pensar que lá no primeiro episódio ele estava sequestrando humanos que estavam prejudicando, de alguma maneira, vampiros, e terminou sendo um dos principais personagens da série e ligado a Sookie. As cenas entre ele e Bill foram ótimas. #TeamEric


Lafayette cresceu nessa segunda temporada, assim como Sam que está em todas as tramas e segue sendo um dos personagens mais interessantes. A sua lealdade com os amigos e todo o drama de não conhecer suas origens, e como isso ajuda na questão da carência e de se meter em emboscada quando se trata de alguém que lhe dá um pouco de atenção a mais. 


Tara foi a personagem que eu gostei demais na temporada de estreia e aqui toda a sua trama não ajudou em manter a popularidade da personagem. Ela que era tão dona de si, foi capaz de aceitar toda a ajuda sem nem questionar, e quando voltou a si, fez o que fez para ir atrás de um macho. Ok, macho gostoso. Mas ainda assim não fazia muito o perfil da personagem pelo que foi mostrado anteriormente. 


A segunda temporada foi caótica do jeitinho que a gente gosta. As cenas protagonizadas por Maryann eram o puro suco do trash, e às vezes eu apenas ria com tamanha barbaridade, mas gostei muito do desfecho e de como foi tudo amarrado nessa trama. Agora começo a terceira torcendo para que mantenha o nível dessa segunda temporada.

True Blood | 1ª temporada


Sou apaixonado por histórias de vampiros e resolvi dar uma chance para True Blood assim que foi disponibilizada na Netflix. A série tem momentos bem trash e personagens que muitas vezes nos fazem passar raiva, mas o resultado, pelo menos dessa primeira temporada, é uma trama envolvente que nos faz querer continuar.

Eu mergulhei nesse mundo das séries com The Vampire Diaries, uma série com a premissa completamente diferente dessa, mas posso afirmar que Elena não é tão chata e nem egoísta quanto Sookie demonstrou em diversos episódios dessa temporada de estreia. E aqui, não estamos falando de uma adolescente de 16 anos. 

Gosto de Bill e curti saber mais sobre o seu passado durante a temporada. Mas gosto mais ainda quando ele está intergindo com outros personagens, e não correndo atrás de Sookie. Aliás, acho o casal bem mais ou menos.

Outros destaques são Tara, uma das melhores personagens nessa primeira temporada. Acredito que seja a personagem mais complexa e com um melhor desenvolvimento até aqui, e também fico ansioso para saber o que o futuro reserva para o Sam, já que ele não é o assassino como eu imaginava. 

Jason é o personagem que eu comecei amando e agora me pego apenas suportando. O personagem só soube fazer merda a temporada inteira e depois do quarto episódio já não era mais interessante vê-lo apenas transando e tomando decisões questionáveis. Ao mesmo tempo, tem um lado bom nele que nos faz torcer para que a sua história vá para outro lado, e não fique apenas andando em círculos como foi até aqui. 

Pra finalizar, True Blood é uma boa série se julgarmos apenas essa primeira temporada. Se essa boa impressão vai se manter daqui pra frente, a minha maratona dirá. E eu volto para atualizar vocês!

'Os Outros' é mais um acerto do Globoplay


Não é de hoje que a Globoplay vem investindo cada vez mais em produções originais, e depois de Todas as Flores, temos a série Os Outros para maratonar.

A série tem como ponto de partida um conflito entre dois adolescentes, mas que acaba desencadeando uma série de situações na vida de duas famílias que moram no mesmo condomínio. O clima de tensão das cenas me lembrou muito Justiça, da Manuela Dias. É um ritmo mais lento, mas nunca parado ou sem emoção. 

O elenco está muito bem. Adriana Esteves e Milhem Cortaz brilham desde o primeiro episódio, assim como os adolescentes Antonio Haddad e Paulo Mendes. E é muito bom assistir Eduardo Sterblitch interpretando um personagem tão diferente. 

Se você ainda não assistiu, dê uma chance para a produção brasileira. Você não vai se arrepender!

Última temporada de 'Dead to Me' termina de forma emocionante

 


“Dead to Me” retornou para sua terceira e última temporada mais de dois anos após o término da segunda que foi lançada em maio de 2020. A temporada retorna para descobrirmos o rumo que Jen (Christina Applegate) e Judy (Linda Cardellini) irão tomar após os acontecimentos que a fizeram criar um laço de amizade e cumplicidade.

Apesar das protagonistas serem o ponto alto da série e a gente dificilmente torcer contra, a gente sabe que nada do que elas fizeram foi certo. Por tanto, nessa temporada a gente continua passando pano e torcendo para que tudo dê certo no final – apesar de já ter um gostinho no início da temporada que nem tudo será flores no fim.

Sempre tive um carinho maior por Judy, e talvez por isso me doeu muito cogitar o que os roteiristas estavam preparando para a personagem já no primeiro episódio quando um diagnóstico é dado de forma errada.

No decorrer da temporada vimos a culpa que as personagens carregam por todos os acontecimentos do passado, mas a temporada também consegue estreitar e fortalecer os laços de amizade entre as duas protagonistas com momentos muito delicados e cheios de emoção.

O fim foi como eu imaginei que seria já no início, e confesso que me frustrei um pouco por querer ser surpreendido, mas isso não significa que eu achei ruim. Apesar de não ser um final perfeito pra mim, acho que a série vale a maratona e é uma boa pedida para quem curte séries curtas mesclando o drama e a comédia.   

'Elite' aborda temas complexos e atuais de forma eficiente em boa temporada

A gente adora uma boa pegação e o público de "Elite" adora dizer que a série só se tornou isso, mas não deixa de assistir. Após algumas temporadas com uma trama mais ou menos, a sexta temporada trouxe uma nova pegada pra série ao desenvolver melhor os dramas focando em questões como o homofobia, racismo, depressão, machismo e outros assuntos.

A nova temporada reforçou a força de alguns personagens como Isadora, Patrick e Iván, e não nos deixou dúvida sobre o ranço de outros: ARI, que estava mais chata do que nunca. - e eu sei que ela é apenas uma adolescente que passou por muita coisa, mas ainda assim o caminho dado para a personagem não ajuda.

Foram momentos tensos, sem muita resolução feliz até para aqueles personagens queridos, e isso torna tudo mais divertido - ou não. Não sabemos o que esperar da, já confirmada, sétima temporada.

Será que essa foi a última vez que vimos a família Blanco? Será qual o futuro de Iván? E quem foi atingido pelos disparos da última cena? A temporada não supera os momentos áureos de Elite, mas ainda assim foi uma grata surpresa para quem estava com as expectativas lá embaixo.

Quinta temporada de 'Elite' apaga má impressão da temporada anterior

 


Após uma temporada morna como a quarta, não tinha grandes expectativas para a nova temporada de Elite. Um dos grandes problemas da temporada passada foram temas rasos e novos personagens pouco carismáticos, o que a produção conseguiu se redimir nessa temporada trazendo novos rostos e personagens que nos conquistaram seja desde o primeiro momento de tela, como Iván, ou como Isadora, que foi crescendo na trama e se tornando uma grata surpresa.

A temporada começou morna, apostando em cenas de sexo - como já é de costume - e um novo crime, mas diferente das temporadas anteriores, o sexo foi ficando em segundo plano e os personagens foram ganhando mais nuances. Patrick, que na temporada anterior não teve quase nada de desenvolvimento, teve grande tempo de tela nessa temporada e sua história com Iván se destacou. Assim como Isadora, personagem que nos primeiros episódios parecia ser apenas uma cópia de Lucrécia e Carla, mas que mostrou a que veio e teve grandes momentos na temporada.

Ari continua sendo a personagem menos carismática e pouco acrescenta para a trama. O fato de todo mundo cair de amores por ela me irrita um pouco. Omar foi um figurante de luxo nessa temporada, e se fosse para isso, poderiam ter dado um final para Ander e ele juntos, ambos indo embora. E tivemos Samuel, outro que está fazendo hora extra na série.

No final, a nova temporada tem um saldo positivo, e nos faz querer saber o que vem por aí numa já confirmada sexta temporada. Gostei muito de como fecharam o ciclo de Cayetana, personagem muito bem desenvolvida que teve grande importância nessa temporada - e foi um dos destaques, e espero que a cena final não seja a última cena de Omar e Rebeka, já que boatos dizem que eles não voltam para a próxima. Acho que, se isso se confirmar, poderíamos ter tido mais alguns minutos para nos despedirmos. 

Mas é isso, será que Samuel morreu? Será que veremos Rebekah e Omar ainda? O que o futuro reserva para Elite? Eu não sei o que esperar, mas estarei aqui aguardando ansiosamente. 

Apesar de algumas decisões estúpidas ao longo das temporadas, 'Arrow' vale a maratona

 


Arrow foi a primeira série de super herói da CW e por conta de seu sucesso vieram muitas outras ao longo do tempo. Por tanto, nenhuma teve o efeito que a série do arqueiro teve, e a qualidade também. As primeiras temporadas da série do Oliver Queen são de tirar o fôlego.

Com o passar do tempo e com o sucesso, os roteiristas fizeram algumas escolhas bem duvidosas e mataram personagens importantes para a trama, e ao verem que muitos fãs desistiram do show após essas decisões tentaram reverter fazendo mais escolhas duvidosas. Faz sentido? Talvez não pra você que esteja lendo e não assistiu a série, por tanto não quero dar nomes e maiores spoilers.

Hoje, cinco anos depois que abandonei a série na quinta temporada, estou revendo e me aproximo da sétima. Passada a chateação e vendo com outros olhos, já não tão apegado aos acontecimentos anteriores, consigo ver que a série continua com uma qualidade muito superior a outras do mesmo gênero e vale a maratona. 

Nathalia Dill erra o tom de Júlia, protagonista de “Rock Story”

 


Sigo maratonando Rock Story e agora me aproximo do capítulo 100. É inegável que a trama tem pontos bem altos, mas com certeza Júlia não é um deles. 

A protagonista interpretada por Nathalia Dill tem até uma história bem interessante, mas o tom que a intérprete deu para a mocinha me faz querer colocar a televisão no mudo em alguns momentos. E a gente sabe que o problema é a personagem, quando a Lorena, interpretada pela mesma atriz, aparece e até a voz é diferente. 

Nathalia já interpretou diversas mocinhas, mas acredito que essa seja a mais sem sal. O fato de estar em um momento da trama em que ela e Gui enfrentam o primeiro grande conflito do casal, e apesar de o amado falar que a ama e escolheu ficar com ela, ela segue choramingando e falando como se não tivesse certeza desse amor. 

Entendo que é uma questão de dar uma mexida no casal protagonista que segue muito estável desde o início da trama, mas nessa altura do campeonato, a trama se aproximando do capítulo 100, acho que é abusar um pouco da paciência de quem está assistindo. 


Baseada em uma história real, 'Please Like Me' está disponível na Netflix

 


"Please Like Me" conta a vida de Josh, que no mesmo dia que sua namorada Claire termina com ele, ele se descobre gay, sua mãe aponta sintomas de depressão e seu pai se envolve com outra mulher. Dramático? Seria, se a série não optasse por abordar de uma forma leve todas essas questões.


A série aborda assuntos bem atuais de uma forma muito envolvente, além de ter um elenco bem afiado e em sintonia. E apesar de ser uma série de comédia, o drama está presente em diversos episódios, nos fazendo chorar algumas vezes, talvez por ter uma história tão real.

E não é apenas a forma como a história e seus personagens são mostrados que é real, a série é baseada em algumas situações da vida do ator principal Josh Thomas, que é quem assina o roteiro da série.

Ao todo a série tem quatro temporadas. A primeira e a quarta são compostas de seis episódios, e a segunda e terceira dez episódios, todos com mais ou menos 25 minutos. Isso é bom, já que a série não é cansativa. Na Netflix está disponível todas as temporadas, então se você não tem nada para fazer e está carente de uma boa série pode dar uma chance. Você vai se emocionar, rir e com certeza se identificar com diversas situações vividas pelos personagens.


'Emily em Paris' perde um pouco do seu charme em sua segunda temporada


Fui um dos que amei a primeira temporada de Emily em Paris e esperei ansioso pela segunda temporada dessa série que foi uma grata surpresa em 2020. Pouco mais de um ano, a segunda temporada estreou, mas infelizmente bem diferente do que eu imaginava.

Enquanto a primeira focou na ida de Emily para Paris e toda a sua adaptação, a segunda foca em um triângulo amoroso que pouca gente gosta e a inclusão de mais um par romântico para a protagonista que se vira muito bem sozinha. 

Sim, eu até gostei de Gabriel e Emily na primeira temporada, e achei interessante a a química entre os personagens, mas o foco não era esse, enquanto na segunda temporada o foco da protagonista se resume em seu par romântico, e a forma como Alfie é introduzido na história também não me agradou muito. É tudo bem forçado e só serve para reforçar que Emily funciona bem melhor sozinha - e é isso que eu esperava nessa temporada. 

Eu até entendo ter conflitos referente a casos amorosos, até pelo fato de a primeira temporada ter terminado dessa forma, mas fazer uma temporada inteira sobre isso faz com que a série perca um pouco do seu brilho. Se renovada, eu espero que o futuro da série vá para um outro caminho e os roteiristas se toquem que nem tudo é sobre casal.

Globoplay libera 'Da Cor do Pecado' na íntegra; Novela é a primeira de João Emanuel Carneiro como autor titular


Faz uns três anos que eu maratonei a versão do Vale a Pena Ver de Novo de Da Cor do Pecado, primeira novela de João Emanuel Carneiro como autor titular. A trama, como todas, tem alguns problemas e personagens bem descartáveis, mas a trama central é de longe uma das melhores do autor.

Além do enredo e do elenco estrelar, a trilha sonora de Da Cor do Pecado é outro ponto positivo da trama. Ao escutar músicas como Palavras ao Vento, é impossível não lembrar do casal protagonista Preta (Taís Araújo) e Paco (Reynaldo Gianecchini).

Personagens memoráveis como Bárbara (Giovanna Antonelli) e Tony (Guilherme Weber), dupla de vilões que são responsáveis por grandes momentos da trama. A relação de Raí (Sergio Malheiros) e Afonso (Lima Duarte), também marcou os fãs da trama e os dois personagens são lembrados até hoje com carinho.

E pra finalizar, deixo aqui registrado que Preta, é uma das melhores protagonistas femininas já criadas por um autor de novelas da Globo. Apesar de passar por muita coisa durante a novela, e só ter seu final feliz no último capítulo, a mocinha nunca foi de choramingar e sempre bateu de frente com seus inimigos. Isso, sem dúvidas, é um dos pontos altos da trama. 

E você assistiu Da Cor do Pecado quando foi exibida? Se não, a trama está disponível na íntegra a partir de hoje na Globoplay. Para quem não assistiu e para quem quer rever essa história que conquistou milhares de pessoas e tem uma das maiores audiências do horário na época em que foi exibida.

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