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Os álbuns lançados em 2003



O ano de 2003 foi marcante para a música brasileira, trazendo uma onda de lançamentos que ficaram gravados na memória do público e influenciaram a cena musical por anos a fio. De sertanejo a pop, passando pelo rock e o samba, o Brasil viu nascerem canções e álbuns que se tornaram verdadeiros clássicos. Vamos relembrar alguns dos principais lançamentos nacionais de 2003.


Skank – "Cosmotron" 
 
Em 2003, o Skank mostrou toda sua versatilidade com o álbum "Cosmotron", um trabalho que marcou uma mudança em seu som, flertando mais com o rock do que com o reggae e o ska, que até então eram sua marca registrada. O disco trouxe sucessos como “Dois Rios” e “Vou Deixar”, que rapidamente conquistaram as rádios e as paradas de sucesso.


Los Hermanos – "Ventura"  

Este foi o ano em que o Los Hermanos lançou "Ventura", um dos discos mais aclamados pela crítica e pelos fãs. Com faixas como “Cara Estranho”, “O Vencedor” e “Último Romance”, o álbum reforçou a imagem da banda como uma das mais criativas e respeitadas do cenário alternativo brasileiro, trazendo letras profundas e arranjos complexos.


Zeca Pagodinho – "Acústico MTV"  

Zeca Pagodinho trouxe em 2003 o seu álbum "Acústico MTV", que inclui a faixa "Deixa a Vida Me Levar", uma das músicas mais emblemáticas de sua carreira. O samba de Zeca conquistou o Brasil e se tornou um verdadeiro hino, reforçando sua posição como um dos maiores sambistas do país.

Ivete Sangalo – "Clube Carnavalesco Inocentes em Progresso"  

Ivete Sangalo também brilhou em 2003 com o lançamento do álbum "Clube Carnavalesco Inocentes em Progresso". Este trabalho trouxe hits como “Sorte Grande”, também conhecida como “Poeira”, que rapidamente se tornou uma das músicas mais tocadas do ano e que até hoje é sinônimo de animação nos carnavais pelo Brasil.




Sandy & Junior – "Identidade" 
 
2003 foi um ano importante para Sandy & Junior, que lançaram "Identidade", mostrando uma transição para uma fase mais madura de suas carreiras. O álbum trouxe faixas como “Encanto” e “Desperdiçou”, que se tornaram hits entre os jovens da época e marcaram a trajetória da dupla.


Pitty – "Admirável Chip Novo" 
 
Por fim, 2003 também foi o ano de estreia da cantora Pitty com o álbum "Admirável Chip Novo". Este disco trouxe uma nova força ao rock brasileiro, com letras provocativas e uma sonoridade intensa. Sucessos como “Máscara” e “Teto de Vidro” marcaram o início de uma carreira brilhante e influente na música nacional.


Wanessa Camargo

Ainda mais pop que os álbuns anteriores, Wanessa Camargo se firmava ainda mais em sua carreira musical com o lançamento do seu terceiro álbum de estúdio, “Wanessa Camargo”. O projeto contou com as faixas “Um Dia… Meu Primeiro Amor”, “Filme de Amor”, “Paga Pra Ver” e o grande sucesso “Sem Querer”, uma das faixas mais lembradas da discografia da artista até hoje.

2003 foi, sem dúvida, um ano de ouro para a música brasileira, com lançamentos que continuam a ecoar nas playlists e corações até hoje. Esses álbuns não apenas definiram o som de uma geração, mas também deixaram um legado duradouro, mostrando a riqueza e a diversidade da nossa música. Para os fãs que viveram esse período, é sempre bom relembrar esses momentos e redescobrir esses clássicos que nunca saem de moda. 

"Setevidas", quarto álbum de Pitty, completa 10 anos

Em 3 de junho de 2014, há exatos 10 anos, Pitty lançava "Setevidas", seu quarto álbum de estúdio. Na época, a artista voltava com um trabalho inédito após mais de quatro anos sem trabalho inédito. 

"Tô muito apaixonada pelo disco, meio boba ainda", confessou ela na época. "Na real, é um disco muito doído. Mas um disco de resiliência também", pontua, em referência ao ano de 2013 que, nas palavras de Pitty, foi complicado, marcado por fortes processos de transição.

"Muita coisa morreu, muita coisa renasceu e esse processo é dolorido. Foram muitas situações de superação, pessoais e externas. Tem uma coisa de alquimia, de que, pra se transformar em ouro, tem que passar por outras fases", reflete. "Mas é um dia de cada vez e tá todo mundo feliz e realizado em relação ao disco".

Dentre os acontecimentos que balançaram a cantora na época, a morte do músico Peu Souza, seu amigo desde a adolescência e com quem tocou no início da carreira, e a turbulenta saída do baixista Joe da banda, com direito a processo judicial.

Produzido por Rafael Ramos, "Setevidas" foi gestado de uma maneira diferente dos álbuns anteriores. Com uma pré-produção bem feita, só chegou ao estúdio para gravar quando as canções estavam fechadas. Foi tudo gravado ao vivo, "olho no olho", sem quaisquer artifícios.

O projeto é composto por 10 faixas que são: Pouco, Deixa Ela Entrar, Pequena Morte, Um Leão, Lado de Lá, Olho Calmo, Boca Aberta, A Massa, Setevidas e Serpente.

Você já ouviu esses lançamentos da semana?

Essa foi a primeira semana do ano em que tivemos uma quantidade significativa de lançamentos musicais. Tivemos novas faixas de Anitta, ALVA, Carol Biazin, e outros...

Começando por ALVA, com PIADA, primeiro single do seu novo álbum. Para quem não sabe, antes de ser Alva ela era Taís Alvarenga, e decidiu repaginar seu som ao se jogar no pop. Em PIADA, ela une o melhor das duas fases de sua carreira com uma música incrível e que ainda mostra a força de sua voz ao falar sobre uma relação onde não é retribuída da forma que merece. 

Eu sou apaixonado pelo primeiro EP da artista, e com esse novo single a ansiedade pelo próximo projeto só aumentou.


Tivemos também o lançamento da aposta de Anitta para o mercado internacional. Em Boys Don't Cry, Anitta se joga completamente na música pop, e nos entrega uma faixa que podoeria muito bem ser cantada por Taylor Swift na época mais mainstream entre o Red e o 1989, ou até mesmo Ariana Grande. Além da faixa, muito bem produzida, o clipe também superou as expectativas. Sem falar que a Anitta serve mais beleza em cada novo trabalho. Tá linda!



OutroEU também teve lançamento na semana com a participação de Clarissa. Confesso que não me apeguei muito aos últimos lançamentos do duo, mas achei Delírio muito a vibe dos seus primeiros lançamentos, assim como voz da jovem artista que somou muito ao single. 


Outra artista que teve lançamento essa semana foi a maravilhosa da Carol Biazin, que nos entregou Garota Infernal, faixa bem sensual que marca a nova era da artista após o maravilhoso Beijo de Judas, seu primeiro álbum de estúdio. Garota Infernal é um pouco mais pop que seus últimos lançamentos, mas ainda assim carrega a identidade forte da artista que tem uma voz única.


Tivemos também o lançamento do Numanice 2 de LUDMILLA, e posso dizer que o pagode que ela canta nesse projeto me lembra muito os sucessos românticos que eu amava ouvir no início dos anos 2000 com influência de minha irmã. Maldivas, faixa que a cantora está divulgando, é linda.


E pra finalizar, quero deixar aqui registrado sobre Diamante, música do projeto Casulo de Pitty. O single que faz parte do EP lançado pela cantora e não foi lançada nessa semana, mas eu não poderia deixar de falar sobre ela aqui no blog, já que é uma das melhores faixas lançadas por Pitty desde que lançou o Matriz, em 2019. Além disso, o clipe também completa a experiência da faixa que tem uma letra bem densa e verdadeira.


Deixando claro que esses são lançamentos que com certeza entraram em minha playlist, e obviamente tem muita novidade que eu não citei aqui. Então se você sabe de alguma e acha que eu vou curtir, deixe nos comentários.

Com álbum de qualidade inquestionável, Pitty troca de pele e se renova mais uma vez com Matriz

Depois do denso Setevidas (2014)Pitty volta cinco anos depois com Matriz, um álbum que aborda diversas questões ao decorrer das suas músicas, se tornando o primeiro trabalho da banda em que é evidente o quanto uma música completa a outra, e isso foi proposital, onde as vinhetas Saudade Azul estão ali para complementar as músicas que as antecedem e também que lhe substituem.

Toda a maestria de Pitty vem acompanhada de suas raízes, da música baiana. Assim como nos outros álbuns, Pitty trocou de pele e renovou seu som, mas sua identidade ainda está lá. Ativa nas redes em prol de causas humanistas e feministas, Matriz continua o discurso da artista contra o machismo, o preconceito, e Bicho Solto, faixa que abre o álbum, já nos entrega um pouco do clima do álbum.
Noite InteiraSubmersa, Roda e Ninguém é de Ninguém também são faixas que merecem ser sentidas e entendidas, sendo as melhores faixas de Matriz. E se analisarmos, primeira amostra do álbum, Te Conecta, fica pequena no restante do repertório.
A releitura de Para o Grande Amor não faria tanta diferença no álbum, enquanto a de Motor se mostrou uma decisão acertada e casou muito bem com o restante do repertório.
13 anos se passaram desde o Admirável Chip Novo, e nem foram tantos lançamentos de lá para cá, mas uma coisa é certa: Pitty sempre nos entrega um trabalho de extrema qualidade e peso, nunca decepcionando o seu público sedento por suas palavras através da música.

Pitty lança Noite Inteira, música com discurso forte e necessário

Pitty faz dezesseis anos de carreira neste ano, e se analisarmos, a sua discografia é um tanto pequena para tantos anos de sucesso, mas uma coisa é certa: todo seu trabalho tem um significado que vai além da nossa compreensão de fã e reflete um momento da artista que faz questão transformar em música tudo aquilo que está sentindo no momento.

Noite Inteira, primeiro single do álbum que sucede o Setevidas (2014), é o reflexo de tudo o que estamos vivendo nos últimos anos. A faixa segue uma linha bem diferente do som do álbum anterior, e por isso pode gerar uma estranheza de primeira, mas se a gente parar para pensar, a cantora nunca se prendeu e sempre trouxe elementos diferentes para todos os seus trabalhos novos e não seria diferente agora.
“Não peço que concorde/ Não impeça que eu fale/ Entendo que discorde/ Não espere que eu me cale/ Respeite a existência ou espere resistência”, são com essas palavras que a cantora finaliza a faixa que conta com a participação de Lazzo Matumbi, e é impossível você ouvi-las sem se arrepiar e ver muito da cantora nelas.
Não é um single pra gerar buzz por conta da sua temática, até pelo fato de Pitty ter voz ativa e usá-la em todos os momentos. Noite Inteira só é a representação dessa voz em forma de música, e se o álbum seguir por esse caminho, teremos mais um trabalho grandioso da cantora e sua banda.

Inspirada e metafórica, Pitty nos concede no disco ''SeteVidas'' seu melhor trabalho em muitos anos

Até que enfim saiu o tão esperando disco de inéditas da cantora Pitty, cujo o último - de inéditas - foi em 2009. Com arranjos mais sombrios, Pitty apresenta canções que falam sobre tantos tipos de pessoas, sobre o modo de ver e enfrentar as coisas.

Em Pouco, primeira faixa do disco, já conseguimos decifrar um pouco do conteúdo das letras, como em versos que dizem "Quanto mais perto, mais longe do certo, corro nessa direção, não espere que eu me contente com pouco...". Na faixa Deixa Ela Entrar ela fala sobre a sensação de quando damos de cara com sorte, em versos como "Antes hoje do que nunca mais/ E toda vez é a velha questão de nunca saber/ O que se vai amar amanhã/ E mesmo assim escolher..." A faixa tem uma pegada forte e Pitty se mostra mais inspirada do que nunca. A terceira faixa do disco fala sobre um romance, sobre o que a outra pessoa causa, as vontades, desejos, e nós a vimos destacar isso em "Desagradável não te ver por aí/ Insuportável não te ter por aqui/ Ainda outro dia eu tentei com alguém/ E o que eu queria era colar em você, subir em você, meu bem"Pequena Morte é uma das melhores. Na quinta faixa, Lado de Lá, ela fala sobre a partida de uma pessoa querida e dedica a faixa para seu amigo e ex-integrante da banda que faleceu a pouco tempo, Peu, a letra é uma das minhas favoritas e mostra uma Pitty com muitas saudades e também amadurecida, trazendo uma composição rica em significados e metáforas como "Quem sabe a dor venceu/ Pra que essa pressa de embarcar/ Na jangada que leva/ Pro lado de lá...". A faixa Olho Calmo traz uma melodia calma e explode em determinado momento, a letra fala sobre aqueles que precisam relaxar e não se importar com coisas desnecessárias, como no verso que fala "... O traquejo de esperar, a hora certa de esbravejar/ Fumegando de vazio e pó, gozo sozinho/ Sem dó, sem nada/ E depois do rancor, respirar/ Vigiar, ao redor, e respirar/ Aprender, a usar o olho calmo" A Massa fala sobre o materialismo, assim como em Boca Aberta, portanto as duas faixas, tem letras totalmente diferentes, mesmo falando sobre o mesmo assunto. A última faixa do disco, Serpente, diz: "Chega dessa pele, é hora de trocar/ Por baixo ainda é serpente/ E devora a calda pra recomeçar/ Pelo fogo, transmutação/ Sem afago, lapidando o aprendiz/ O que sobra, é cicatriz/ a sustentação é que amanhã já vem..." O conjunto da canção se faz um hino e mostra Pitty mais inspirada que nunca. A faixa talvez, mostra o disco nu, mais do que o próprio single SeteVidas. Com a pegada forte da guitarra e uma percussão, que encaixa perfeitamente com o coro, Pitty fecha seu melhor disco, na minha visão, desde o Anacrônico, de 2005.

São 10 faixas de letras muito bem escritas, com uma base de mistério e poesia. Pitty se mostra mais inspirada. Talvez o recesso de quase cinco anos fez bem. E como canta no verso do single que, também, dá nome ao disco, "Ainda tô aqui viva/ Um pouco mais triste, mas muito mais forte/ E agora que eu voltei/ Quero ver me aguentar...", e sinceramente? Nós vamos ter um imenso prazer em aguentar o que o futuro reserva.

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