"Em Família" e "Além do Horizonte" tem reação no ibope; "Pecado Mortal" é o maior fracasso da Record
"Em Família'' tem um texto espetacular, uma direção impecável e um conjunto de obra maravilhoso
Há duas semanas estreou “Em Família”, a nova novela das nove da Rede
Globo. Para os amantes da teledramaturgia e viciados em novelões clássicos, a
volta de Manoel Carlos era uma felicidade. Agora para os amantes de histórias
atuais, com assassinatos, vilões arrebatadores com boa dose de maldade
mexicana, a volta do autor é uma lástima. Só que para a nossa surpresa, depois
de duas tramas fracas, “Páginas da Vida” e “Viver a Vida”, Manoel Carlos volta
com uma trama redonda, onde vemos um pouquinho de cada história que escreveu.
Com três fases, a segunda tendo seu fim antecipado por conta dos números baixos
de audiência, o autor nos apresenta um novelão, com barracos e assuntos que vão
dar o que falar.
A novela melhora a cada capítulo que passa e isso desde os dois últimos capítulos da segunda fase, onde a direção decidiu antecipar o início da terceira. Gabriel Braga Nunes está ótimo como Laerte e Julia Lemmertz está ótima como a última Helena do autor. Mas quem está roubando a cena é Vanessa Gerbelli, que está de volta a emissora, especialmente para a trama, já que o autor resolveu colocar os nomes que se destacaram em suas novelas anteriores. A atriz está interpretando uma mulher obcecada pela filha da empregada, já que nunca conseguiu levar uma gravidez até o fim, torcendo até, para a mãe da menina morra já que sofreu um acidente.
São vários os destaques da trama, mas o bom mesmo é ver Manoel Carlos nos presentear com uma trama clássica, sem perder sua essência e ainda com um ritmo ágil, que prende o telespectador e conquista. A novela ainda nem apresentou todos os personagens e já está em ascensão. Sua audiência aumenta a cada capítulo. Sorte ao autor, aos atores maravilhosos e a direção. “Em Família” tem um texto espetacular, uma direção impecável e um conjunto de obra maravilhoso. Que continue assim pelos próximos sete meses. Amém!
Toda carga dramática de Bárbara Paz você encontra em ''Hell''
“Eu sou uma puta, uma putinha. Daquelas mais insuportáveis, da pior espécie. Meu credo: 'Seja bela e consumista'”.
E é assim que se inicia a peça “Hell”. Bárbara Paz interpreta uma mulher que vive nas noite de Paris, se drogando, transando, e durante o dia andando entre as vitrines, gastando com bolsas, sapatos que talvez nunca sejam usados. Se apaixonou por um homem de quem engravidou e abortou, e esse homem morreu em seus braços. Amou um homem que usava as mulheres, Andrea, interpretado por André Bankoff, o único que a fez mudar durante seis meses. Seis meses sem drogas, sem noites, apenas fumando “Malboro Light”, como ela mesmo diz. Durante seis meses foi feliz ao lado dele, até voltar para a antiga vida, a única diferença é que agora ele estava ao lado dela – até certo ponto.
Um roteiro de primeira que prende desde o primeiro minuto e atuações incríveis, que nos faziam arrepiar todos os cabelos do corpo. No palco você não vê Bárbara Paz. Você vê, Hell. Uma mulher fútil e infeliz, que perde os dois únicos homens com quem se envolveu com sentimento. André Bankoff, não ficou atrás, porém, teve momentos que suas falas eram muito baixas, mas não comprometeu a obra final que foi essa peça.
No final, vimos um teatro cheio de pessoas aplaudindo de pé aqueles dois atores. Mais que merecido. Que durante uma hora e meia aproximadamente, nos fizeram viajar num mundo de luxúria e orgasmos.
“Ele morreu e mais nada faz sentido pra mim. Encaro o futuro como uma eternidade de provações e fastio. Minha covardia me impede de pôr fim aos meus dias. Vou continuar a sair, a cheirar, a beber e a perseguir os babacas. Até que eu morra. A humanidade sofre. E eu sofro com ela."
E apagam-se as luzes!
''Em Família'' bate recorde de audiência com inicio da terceira fase
Confira a média de ''Amor à Vida'' e suas antecessoras
E chega ao fim a novela do Félix
Ontem foi ao ar o último capítulo de “Amor à Vida”. A novela apresentou muitos erros, mas teve seus bons momentos. E dois deles foram responsáveis pelo “sucesso” da novela. Primeiro, o vilão que ao longo da trama se tornou mocinho. Félix, sem dúvidas, foi quem carregou a novela. Mateus Solano simplesmente fez seu melhor personagem na TV e mostrou que o amor é muito mais importante que o preconceito.
Walcyr Carrasco que resolveu colocar um tudo na trama ao longo dos 221
capítulos, foi bem sucedido naquilo que nem imaginava e isso fez com que
transformasse o grande vilão da trama no grande protagonista, ofuscando por
completo a sem sal, Paloma, e o pateta do Bruno, que viraram meros
coadjuvantes.
Na reta final, era Niko e Félix o casal protagonista da trama. Pela primeira vez, vimos a maioria das pessoas torcer para um casal homossexual e não é que o primeiro beijo gay entre homens na TV veio a acontecer? Walcyr pode não ter escrito a melhor novela e “Amor à Vida” está longe disso, mas ele conseguiu deixar a mensagem que no final o que importa é o amor.
Outro ponto alto foi a grande estreia de Tatá Werneck na TV. A atriz roubou a cena durante esses meses e conseguiu conquistar milhões de telespectadores com sua “piradinha” Valdirene, e junto com Elizabeth Savalla, nos proporcionaram grandes momentos.
No demais, isso vai fazer falta nessa novela que tanto prometeu antes de estrear, mas pouco cumpriu. E se for pra dizer se gostei ou não, eu digo que pela última cena, a novela valeu. Emocionante. A prova que não deveriam ter trocado o nome da novela e deveria ter continuado sendo, “Em Nome do Pai”. Parabéns ao Walcyr, equipe e atores.
Nostalgia 2014: Cláudia Rodrigues, a eterna Marinete
Eliana e a trajetória da garota infantil que virou uma mulher de sucesso
POR MAURÍCIO NETO
''Big Brother Brasil'' se transforma em um show de apelação
Há poucas semanas estreou na Rede Globo como de costume, mais uma edição do Big Brother Brasil. Há muito tempo o Reality vem decaindo e a cada edição que passa os participantes selecionados para entrar na casa são sem carisma e apelam, para quem sabe, se não ganhar o prêmio, continuar na mídia após o reality.
A
diferença é que nessa edição os participantes estão simplesmente atirando para
todos os lados e apelando demais. Quem tem vontade de assistir aquilo? Respeito
é bom e todos gostam, e no horário em que é exibido, ainda tem crianças,
adolescentes, família reunida. Não que isso está acontecendo apenas nessa
edição, mas nas outras pelo menos era no famoso “em baixo do edredom”, agora é
gente tomando banho pelado na piscina, amigos tirando sunga um do outro e
outras coisinhas que prefiro não comentar.
Respeito
quem curte o reality e confesso que assistia muito, mas essa edição é um bando
de gente sem carisma e apelando para o sexual, deixei de lado!
Ivani Ribeiro, a consagrada autora de telenovelas da televisão Brasileira
POR MAURÍCIO NETO
Ivani Ribeiro foi uma de nossas maiores novelistas. Suas histórias encantaram gerações por décadas. Sua trajetória se confunde com a própria história da TV no Brasil. Se viva fosse, Ivani estaria completando 98 anos no dia 20 de fevereiro. Ivani não, Cleyde Alves de Freitas Ferreira, nascida em São Vicente, litoral de São Paulo. Cleyde adotou o pseudônimo Ivani em 1934, quando começou a cantar na Rádio Educadora, em São Paulo. O sobrenome Ribeiro foi uma homenagem ao poeta Oliveira Ribeiro Netto, que ela admirava.
Ivani Ribeiro, passou por várias rádios de São Paulo, atuando como cantora, atriz e produtora de programas de variedades e dramaturgia. Criou a “Hora infantil”, ainda na Rádio Educadora, com músicas e poemas. Na Rádio Difusora, cantou acompanhada por uma orquestra. Na Rádio Tupi, foi atriz do programa “As Mais Belas Cartas de Amor”. Trabalhando na Rádio Tupi, Ivani conheceu Dárcio Ferreira, locutor de sucesso na época. O amor nasceu naturalmente, e os colegas de trabalho se tornariam parceiros de uma vida toda: casaram-se em 17 de julho de 1942. Os dois nunca mais se separaram.
A transposição do rádio para a televisão foi natural. No momento da inauguração da TV no Brasil, Ivani já estava na TV Tupi de São Paulo. Em 1963 escreveu sua primeira novela diária, “Corações em Conflito”. O sucesso veio em seguida, com as novelas “Alma Cigana” e “A Moça que Veio de Longe”. Ivani Ribeiro é uma das minhas novelistas preferidas. Eu a conheci ainda criança, através da novela “Aritana”, da TV Tupi, exibida entre 1978 e 1979. Mas lembro da época em que passou “O Profeta”, “O Espantalho”, “A Viagem” e “A Barba Azul”, seus trabalhos anteriores.
Com o fim da Tupi, Ivani teve uma rápida passagem pela TV Bandeirantes (a Band), onde dois de seus antigos sucessos foram regravados (“A Deusa Vencida” e “O Meu Pé de Laranja Lima”) e onde ela escreveu duas tramas inéditas: “Os Adolescentes” e “Cavalo Amarelo”. Eu vi “Cavalo Amarelo” em uma de suas reprises. Uma novela deliciosa que nos brindava com a participação luxuosa de Dercy Gonçalves. Ivani Ribeiro só chegou à Globo depois de trinta anos de carreira na TV, tendo passado por quase todas as emissoras, com sucessos marcantes, principalmente na Excelsior e Tupi (“A Muralha”, “As Minas de Prata”, “Mulheres de Areia” e vários outros). Sua primeira novela na Globo foi “Final Feliz”, que estreou no final de 1982. Uma trama romântica que contrastava com as comédias que faziam sucesso às sete horas na época.
O curioso é que “Final Feliz” foi a única novela inédita de Ivani Ribeiro na Globo. Todos os seus demais trabalhos na emissora eram remakes ou adaptações de antigas novelas da autora. “Amor com Amor se Paga” (1984) era uma adaptação de “Camomila e Bem-Me-Quer”, novela apresentada pela Tupi entre 1972 e 1973. “A Gata Comeu” (1985) era um remake de “A Barba Azul” (Tupi, 1974-1975). “Hipertensão” (1986-1987), uma adaptação de “Nossa Filha Gabriela” (Tupi, 1971-1972). “O Sexo dos Anjos” (1989-1990), uma adaptação de “O Terceiro Pecado” (Excelsior, 1968). E “Mulheres de Areia” (1993) e “A Viagem” (1994), remakes das novelas homônimas, da Tupi.
Ivani Ribeiro era conhecida pela sua incrível capacidade de criação. Escreveu todo tipo de novela, abordou inúmeras temáticas – inclusive com merchandising social em uma época em que não existia este termo. Adaptações de radionovelas latinas, adaptações de clássicos da literatura e do cinema, novelas infanto-juvenis, tramas rurais ou urbanas, novelas de época e até de cunho espírita ou exotérico. Ivani era uma escritora incansável, roteirizava novelas seguidas, sem descanso, e, às vezes, mais de uma ao mesmo tempo. Na segunda metade da década de 1960, ela escreveu treze novelas consecutivas para o horário das 19h30 da TV Excelsior – um feito impensável para os padrões de hoje, guardadas as devidas proporções.
Em muitos casos, Ivani escreveu uma novela e supervisionou outra ao mesmo tempo. Em 1974, enquanto ia ao ar “A Barba Azuil”, às sete horas na Tupi, ela supervisionou a trama das oito, “Os Inocentes”, também de sua autoria, mas escrita pelo marido, Dárcio. Outro exemplo: em 1972 escreveu para a Tupi “Camomila e Bem-Me-Quer”, enquanto ia ao ar “O Leopardo”, na TV Record, em que escrevia sob o pseudônimo Artur Amorim, para driblar a mídia, já que eram novelas para emissoras concorrentes.
Em 1976, Ivani deixou a TV Tupi para trabalhar para Silvio Santos, que ainda não tinha o SBT, mas produziu a novela “O Espantalho”, apresentada na Record e Tupi. Como o contrato da novelista com o “homem do baú” terminava apenas em 1980, e sem novelas para escrever, Ivani foi “emprestada” para a Tupi, para a qual escreveu “O Profeta” e “Aritana”.
Ivani Ribeiro faleceu em 17 de julho de 1995, aos 79 anos, de insuficiência renal provocada pelo diabetes, deixando dois filhos, Luís Carlos e Eduardo. Ivani se foi sem saber que seu marido, Dárcio, havia falecido vinte dias antes, no mesmo hospital onde ela estava internada. Antes de falecer, Ivani deixou pronto o argumento para uma nova novela, “Caminhos do Vento”, que estreou após sua morte, em 1996, com novo título: “Quem é Você”, desenvolvida por Solange Castro Neves e Lauro César Muniz.
Trilhas de novelas - parte 2: Músicas que marcaram a época dos anos 2000
Trilhas de novelas: Músicas que marcaram a época dos anos 90
Mais do que uma simples canção, “Always”, do Bon Jovi”, conquistaria não somente os brasileiros, mas uma legião de fãs pelo mundo. Por aqui, sua difusão acontecia através da novela “Quatro Por Quatro”.
E a cantora Adriana Calcanhoto na trilha nacional, ficaria como um marco com a sua música "Metade", tema da Babalu na novela Quatro por Quatro.
Na trilha sonora de A Viajem, Milton Nascimento canta "Beijo Partido", tema de Raul e Andreza.