O que esperar das novelas em 2017?




Em 2016 tivemos boas novelas e outras nem tanto, mas o que esperar das produções nesse novo ano? Sol Nascente deve acabar e ser esquecida no dia seguinte, e sua substituta deve preencher o vazio rapidinho. Uma história que vai misturar romance e aventura. Novo Mundo será protagonizada por Isabelle Drummond e Chay Suede, que repetem a parceria da primeira fase de A Lei do Amor. Escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, a história deve conquistar o telespectador, e pelas imagens divulgadas, podemos esperar uma novela de qualidade e com uma bela fotografia. 

Em abril temos a estreia de A Força do Querer, novela de Glória Perez. E olha que legal, Salva Jorge, que foi a última trama da autora, foi quem abriu os trabalhos aqui desse espaço, lá em 2012. Mas voltando ao que realmente importa, a trama tem tudo para agradar, já que Glória escreve para a audiência. A única coisa que me incomoda é ter Rodrigo Lombardi novamente em uma novela da autora. Isis Valverde como vilã promete. É esperar e torcer para que a trama na telinha seja tão boa quanto o que foi divulgado.

No final  do primeiro semestre temos a estreia de Pega Ladrão, título provisório da substituta da ótima Rock Story. Pouca coisa foi divulgada, sabemos apenas que a trama se passará na maior parte do tempo em um condomínio de luxo e a história deve ser protagonizada por Vanessa Giácomo e Thiago Martins. Como não temos detalhes, só espero que a trama mantenha o nível da atual, que é muito boa mesmo.

No horário da onze temos a trama de Angela Chaves e Alessandra Poggi. A dupla que ocupa o lugar que seria de Lícia Manzo não divulgou quase nada da história, sabemos apenas que Cássia Kiss será protagonista. 

E temos ainda a nova temporada de Malhação, que será escrita por Cao Hamburguer. A temporada estreia em abril e terá seis protagonistas. O autor que é conhecido por trabalhar com jovens, é visto como a grande aposta da emissora para manter os ótimos índices da atual temporada, que para mim como telespectador começou muito bem e por culpa do seu autor, se perdeu no meio do caminho.

Ainda temos na RecordTV O Rico e Lázaro, que segue as novelas bíblicas e Belaventura, uma história de amor que também envolve aventura. A trama escrita por Gustavo Reiz me chama atenção, será que no ar vai continuar chamando? Espero que sim!

O #JDComenta te espera em 2017

 


Mais um ano chegando ao fim e com ele mais uma mensagem para as pessoas mais importantes, responsáveis por fazerem esse projeto me fazer tão feliz. Eu estava aqui lendo as mensagens dos anos anteriores e essa já é a quinta, que rápido né?. Nunca pensei que eu chegaria tão longe com esse espaço e conseguiria conquistar tantas coisas.

O ano de 2016 foi um ano muito pesado, foi um ano que desafiou bastante gente, mas no quesito profissional, o espaço conquistou mais coisas em sua trajetória. Eu quero agradecer muito quem fez de 2016 o ano em que ele obteve mais acessos desde seu lançamento em 2012. Lembrando que esse foi o ano em o blog chegou à milésima postagem, meio milhão de acessos e que entrevistei o Esteban, de quem sou muito fã. Nunca imaginei chegar perto disso algum dia e foi um dos pontos altos do meu ano. Que 2017 me traga a Sandy para eu entrevistar. Amém?! 😂

E em 2017 estarei aqui, esperando por vocês! Que 2017 seja um ano bom, que a paz e o amor encham os corações e nos deem um ano leve, cheio de motivos para comemorar. 

E que nós, noveleiros e sériemaníacos de plantão sejamos contemplados com produções tão boas quanto esse ano que passou. 

Eu estarei aqui comentando, falando sobre música, pirando com as minhas séries favoritas acabando e principalmente, mantendo esse espaço atualizado e me deixando muito feliz por estar fazendo isso! Eu amo o que eu faço, e eu amo saber que vocês estão aqui lendo e me acompanhando. Um 2017 cheio de luz para todos nós!

Até ano que vem! 

"Talento é dom, é graça. E sucesso nada tem haver com sorte, mas com determinação e trabalho." (Augusto Branco)


Nostalgia 2016: O Clone

 


O Clone foi uma novela de Glória Perez entre 1 de outubro de 2001 até 14 de junho de 2002. A trama era protagonizada por Giovanna Antonelli e Murilo Benício, sendo um grande sucesso na época em que foi exibida, e foi reprisada dez anos depois, entre 10 de janeiro até 9 de setembro de 2011, fazendo mais uma vez muito sucesso, sendo uma das reprises com mais audiência da década.

A SINOPSE:

A história tem início na década de 1980, quando Lucas conhece Jade no Marrocos. Filha de muçulmanos nascida e criada no Brasil, Jade foi viver com o tio após a morte da mãe.  Os dois jovens se apaixonam à primeira vista, mas são impedidos de ficar juntos por causa dos costumes muçulmanos, defendidos com rigor pelo tio de Jade, o patriarca Ali (Stênio Garcia). Sid Ali se agarra às crenças e à cultura árabe para arranjar bons casamentos para as sobrinhas Jade e Latiffa (Letícia Sabatella), que estão sob sua proteção. Ele conta com a ajuda da empregada Zoraide (Jandira Martini), confidente e cúmplice das meninas.

Lucas tem um irmão gêmeo, Diogo (Murilo Benício), cuja semelhança com ele se resume à aparência física. Diferentemente do introspectivo Lucas, Diogo é o típico rapaz namorador, alegre e brincalhão, considerado o mais indicado para suceder o pai, Leônidas (Reginaldo Faria), em seus negócios. Leônidas é viúvo e vive uma relação apaixonada com a extrovertida Yvete (Vera Fischer), mas Diogo desaprova o relacionamento, principalmente após descobrir que foi com ela, a namorada do pai, com quem passou uma noite no Marrocos. Yvete não sabia que Diogo era filho de Leônidas. Para desespero da família, Diogo sofre um acidente de helicóptero e morre nos primeiros capítulos da trama. Sua morte distancia Yvete de Leônidas, e frustra os planos de Lucas que, diante da tragédia, volta atrás em seu compromisso de fugir com Jade. Sem alternativa, Jade retorna para sua família e se casa com Said (Dalton Vigh).

Abalado pela morte do afilhado, o cientista Albieri (Juca de Oliveira) decide clonar o outro gêmeo, Lucas, como forma de trazer Diogo de volta e realizar um sonho: ser o primeiro a realizar a clonagem de um ser humano. Sem que ninguém tome conhecimento da experiência, Albieri usa as células de Lucas na formação do embrião e o insere em Deusa (Adriana Lessa), que pensa estar fazendo uma inseminação artificial comum.

Passados quase 20 anos, Lucas está casado com Maysa (Daniela Escobar) e tem uma filha, Mel (Débora Falabella). Ele abdicou de seus sonhos para cuidar da empresa do pai. Jade também teve uma filha com Said, Khadija (Carla Diaz). Ela e Lucas se reencontram no Rio de Janeiro e o antigo amor renasce. Os dois voltam a fazer planos e enfrentam novos obstáculos até conseguirem terminar juntos no final.

AUDIÊNCIA:

A trama obteve uma média de 47 pontos. No capítulo em que Lucas encontra com seu clone, a trama bateu recorde marcando 56 pontos e picos de 63, com 73% de participação. Seu último capítulo marcou 62 pontos.

Em 2011 quando foi reapresentada no Vale a Pena ver de Novo a trama obteve uma média de 17 pontos, marcando o mesmo que a reprise de O Rei do Gado, as suas reprises de mais audiência da
década. Em seu último capítulo marcou 22 pontos. Por conta do sucesso a Globo decidiu estender a reprise que terminou com 175 capítulos exibidos, sendo a reprise mais longa da Globo.

TRILHA SONORA:

A trilha sonora foi outro ponto alto da trama. 

No volume nacional tínhamos sucessos como A Miragem na voz de Marcus Vianna, a música era tema dos protagonistas. Meu Grande Amor da Lara Fabian embalava as cenas de Maysa (Daniela Escobar). O Silêncio das Estrelas do cantor Lenine era tema de Albieri (Juca de Oliveira).

No volume internacional tivemos a versão em inglês de A Miragem, All For Love, interpretada por Michael Bolton. Luna de Alessandro Safina que era tema de Yvette (Vera Fischer) e Leônidas (Reginaldo Faria). Whenever Wherever da Shakira.

Devido ao sucesso do Bar da Dona Jura (Solange Couto), tivemos um volume com as músicas dos artistas que faziam sucesso por lá como Zeca Pagodinho, Grupo Molejo, Só pra Contrariar, Os Travessos, Martinho da Vila, Dudu Nobre e muito mais...

Tivemos outros volumes como "O Melhor da Dança do Ventre", "Maktub 1" e "Maktub 2", além do volume com trilhas e temas por Marcus Viana e outro com as músicas que tocavam na boate Nefertiti.

E assim terminamos a temporada de 2016 da coluna "Nostalgia".
 Nos vemos em breve... 💓

A volta por cima de Arrow

Não podemos negar que após a segunda temporada, Arrow que era uma série quase perfeita, decaiu muito. Mas o negócio piorou mesmo na quarta temporada, quando a série trouxe para seu universo o sobrenatural, com um vilão com poderes. Além da história nada atrativa, a direção pecou muito. As cenas de luta estavam cada episódio pior e nem lembravam aquela série que tanto nos deu alegria nos dois primeiros anos. E o que falar sobre a morte de Laurel Lance? A personagem que mais cresceu na série foi morta sem motivo algum. Isso revoltou muitos fãs que desistiram da série. Eu fui um deles!

Mas começou a quinta temporada e eu resolvi dar mais uma chance. Se eu me arrependi? Nem um pouco! Os roteiristas trouxeram de volta um vilão humano, e abordando assuntos que realmente queremos ver na história do arqueiro. Todos os erros cometidos na temporada passada, estavam sendo concertados. Além disso, temos um novo time que está fazendo muito bem para a série, dando um ar de renovação. As cenas de luta melhoraram muito, sendo a cereja do bolo. Realmente a série voltou a ser o que já tinha sido um dia, e se manter a qualidade, podemos esperar algo melhor que até mesmo a terceira temporada.

Para não dizer que está tudo perfeito, não consigo mais me simpatizar com Diggle e muito menos sentir pena de tudo o que aconteceu com ele. Lembrando que ele sempre foi um pouco egoísta, e precisou uma amiga morrer para perceber isso. 

Aliás, falando nessa amiga: Laurel Lance está de volta? Quem assistiu ao último episódio do ano se surpreendeu ao ver novamente a nossa querida Laurel. Ou seria outra pessoa? Qual será a explicação para essa volta? Eu não sei a resposta dessas perguntas, eu só sei que quero muito que Arrow continue nos apresentando ótimos episódios como esses nove primeiros. 🙏

Guelã - Ao Vivo é um registro fiel do trabalho mais inspirado de Maria Gadú

 


Quando lançou Guelã (2015), Gadú mostrou um amadurecimento sofisticado. Gadú não queria só lançar mais um álbum, ela queria mostrar seu amadurecimento através daquele projeto, sua verdade através da música, e pouco mais de um ano após lançar o álbum, ela nos presenteia com Guelã - Ao Vivo que é um registro verdadeiro desse trabalho de muita qualidade.

Músicas como ElaTrovoa Suspiro ganharam uma força maior ainda ao vivo. Gadú abusa de dos instrumentais positivamente, mostrando que a música é muito mais do que a letra que se canta. A nova versão de Ne Me Quitte Pas, é uma boa prova dessa ousadia de Gadú, onde com sua guitarra ela nos canta uma velha música soando como nova. Altar Particular ficou belíssima nessa nova roupagem, dando uma nova vida à música que tem uma das letras mais inspiradas da discografia da cantora, assim como Bela Flor. Trovoa também ficou linda na versão ao vivo. Em Lounge, Gadú abusa dos vocais acompanhada mais uma vez de sua guitarra, arrancando gritos da plateia. Após a belíssima AquáriaSemi-Voz fecha com chave de ouro esse trabalho lindo.

A verdade é que até as velhas canções, como as já citadas anteriormente e LaranjaAxé AcapellaParacuti e Escudos parecem ter vindo da era Guelã, já que a cantora soube dar uma nova cara para todas elas, nos proporcionando um trabalho fiel ao que já tinha sido escutado. Sempre se reinventando e mostrando ser mais do que apenas uma cantora que quer ficar na mídia, já não posso esperar pelo próximo voo de Gadú.

NOTA: *********/10


Barbara França é um dos destaques da ótima temporada de Malhação

 


Já tinha comentado aqui sobre a atual - e ótima - temporada de Malhação. É muito bom ver que Emanuel Jacobina recuperou a inspiração após a péssima Seu Lugar no Mundo. Com uma história cheia de conflitos como a gente gosta, a atual temporada conquistou o público e tem a melhor média desde 2010. 

Um dos grandes destaques é a antagonista da temporada Bárbara, e sua intérprete Barbara França está dando um show na pele da preconceituosa e mimada vilã. Há muito tempo não víamos uma vilã tão boa na série, e com certeza Barbara entra para o ranking das melhores. O texto é afiado e seus embates com a protagonista estão sendo o grande acerto da temporada. É válido elogiar também Aline Dias, na pele de Joana, uma das protagonistas mais pulso firme da história da série. A cena do jantar em que Barbara tenta humilhar Joana foi maravilhosa e todos em cena estavam ótimos e em sintonia. Marcos Pasquim que está entre as duas também não faz feio e está muito bem como o protagonista adulto da trama. Sua química com Deborah Secco é visível e o casal muito querido. 

Ainda com alguns meses pela frente, a temporada só vem melhorando e com certeza se encontra na sua melhor fase desde a estreia. É torcer para manter o nível, e se continuar assim, com certeza vai ocupar o lugar de uma das melhores temporadas da década junto com a temporada de 2010, Intensa e Sonhos.


Rock Story tem estreia ágil e promissora


Se tem uma coisa que a gente não pode reclamar é do ritmo do primeiro capítulo de Rock Story, ou podemos? A trama que vem sendo divulgada a quase um mês estreou hoje substituindo o grande sucesso que foi Haja Coração, e em seu primeiro capítulo, a autora nos poupou de uma apresentação detalhada e estreou a trama de uma forma ágil e com acontecimentos bem importantes. 

Quem estava acompanhando com certeza notou certa diferença, em apenas um capítulo praticamente todos os caminhos foram traçados. E apesar de achar que isso pode ter causado estranheza para alguns, eu simplesmente adorei tudo, mas o grande destaque do capítulo foi a relação de Gui e seu filho Zac. As cenas foram bem intensas e essa relação promete ser o grande destaque da trama, assim como o primeiro encontro do astro com a protagonista Julia. Nathalia Dill estava maravilhosa em todas as sequências, e o primeiro beijo do casal foi um dos melhores, sem enrolação, apesar de não ter sido nem um pouco por sentimento. Espero que não transformem o casal naquela coisa melosa mais pra frente. A personagem é bem complexa e Nathalia tem tudo para brilhar, Caio Paduan no papel do vilão Caio também estava muito bem. O que falar de Alinne Moraes? A personagem é com certeza o ponto alto da trama, e podemos perceber que vai ser daquelas que vamos amar e odiar ao mesmo tempo. Promete muito. E cito novamente o Gui, que até agora se mostrou um anti-herói do jeito que gostamos. Isso é um protagonista e um bom ator, que mostra à que veio no primeiro capítulo. Aprende, Malvino Salvador! Rafael Vitti também não fez feio e promete roubar a cena como Léo Regis!

A trilha sonora é outro ponto positivo da trama e se diferencia das demais novelas que apostam no sertanejo. É rock, bebê. E tem MPB também! A abertura é ótima e a sintonia com a música "Dê Um Rolê" interpretada pela maravilhosa Pitty é perfeita.

Foi apenas um capítulo, e eu já estou ansioso pelo próximo! Foi um capítulo de estreia promissor. Torço para que mantenha o nível e seja uma ótima novela com as antecessoras.

Haja Coração é uma boa novela?!



Quando estreou eu jurava que Haja Coração seria uma grande decepção, mas me enganei. A trama é boa, apesar de ter sido desenvolvida de uma péssima maneira pelo autor. O triângulo amoroso central da trama andou em círculos durante meses, e o amor de Tancinha por Beto não convence, apesar do casal ser muito querido pelo público. Mas, ao invés de desenvolver o sentimento de forma natural, ele tentou vender Beto como uma pessoa ruim, sendo que ele não é e eu realmente queria que o casal tivesse uma chance de ficar junto. E se isso acontecer vai ser só a prova que o autor não soube desenvolver essa história, pois se Tancinha não está com Apolo, é apenas pela armação de Beto, que virá à tona nos próximos capítulos. E eu nem vou falar muito sobre o casal já que enquanto os dois estavam juntos era sempre a mesma coisa, brigas bobas e cenas desnecessárias.

Uma das protagonistas, a personagem de Tatá Werneck perdeu durante a trama toda a sua função. Eram cenas desnecessárias e que lembravam até o Zorra Total. Atualmente, na fase dramática da personagem que descobre que foi enganada pelo marido a atriz está se saindo muito bem. E não é apenas ela, Gabriel Godoy também está muito bem nas cenas dramáticas ao lado da atriz. 

A trama de Camila e Giovanni prometeu muito no início, e para mim era o grande destaque da novela, mas o autor conseguiu estragar com as tantas perdas de memórias da personagem, o que acabou se tornando repetitiva como o triângulo central. Dessa história, destaque para Fernanda Vasconcellos que mostrou que pode sim ser mais que uma mocinha chorona. A atriz é um dos grandes destaques de toda a novela. 

Por último deixei para falar sobre Shirlei e Felipe, o verdadeiro casal protagonista da trama. Essa foi a única história que o autor soube desenvolver sem se tornar repetitiva e cansar o público. A química dos atores é muito visível, e a delicadeza da história conquistou muita gente. Quem imaginava, não? E para a nossa alegria ainda tivemos Chandelly Braz, Karen Junqueira e Betty Gofman que estão ótimas!

E por último deixo a pergunta, Haja Coração é uma boa novela? Sim, a novela é muito boa! Mas se não fosse a barriga e a história em círculos poderia ter sido muito melhor. Talvez a audiência em alta fez com que o autor não mexesse no que estava dando certo. Agora é curtir os últimos capítulos e torcer para que Rock Story mantenha a qualidade das últimas tramas do horário.

Nostalgia 2016: A Padroeira

Uma história de Walcyr Carrasco, A Padroeira teve 215 capítulos exibidos entre 18/06/2001 e 23/02/2002. A partir de abril de 2017 a trama será reprisada na TV Aparecida.


Fé, amor e aventura formam a base da trama de A Padroeira. A novela que conta a história do amor impossível de Valentim Coimbra (Luigi Baricelli) e Cecília de Sá (Deborah Secco) na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, na então capitania de São Paulo e Minas do Ouro, no ano de 1717. A novela tem como pano de fundo a luta dos pescadores da região pelo reconhecimento do culto a Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem foi encontrada por eles no rio Paraíba do Sul. Entre as
referências do autor para criar a novela está a obra As Minas de Prata, de José de Alencar.

No cortejo do Conde de Assumar viaja a jovem Cecília, filha do fidalgo D. Lourenço de Sá (Paulo Goulart), que retorna de um convento em Portugal para se casar com D. Fernão de Avelar (Maurício Mattar), a quem foi prometida por seu pai. O grupo é atacado por um bando de salteadores liderados pelo degredado Molina (Luís Melo), que se encanta com a beleza de Cecília e a rapta. A moça é salva por Valentim, filho de um suposto traidor da Coroa de Portugal e que, por isso, é rejeitado pela sociedade local. Os dois se apaixonam.

Valentim foi criado pelo tio, o poeta Manoel de Cintra (Otávio Augusto), após seu pai ser encarcerado em Lisboa por ter se negado a revelar à metrópole a localização das minas de ouro que encontrara. Para não cair na miséria, o rapaz treinou as artes da guerra e das armas, e sonha encontrar o mapa das minas descobertas pelo pai. Seu único amigo é o fidalgo Diogo Soares Cabral (Murilo Rosa), que também nutre um amor impossível, por Izabel de Avelar (Mariana Ximenes).

Apaixonada por seu salvador, Cecília não aceita a imposição do pai, que quer vê-la casada com o rude e prepotente Fernão. O jovem Valentim se sente humilhado pela recusa, e promete que Cecília será sua. Cecília não encontra apoio no irmão, Braz (Fábio Villaverde), pois ele é amigo de Fernão; e sua madrasta, Gertrudes (Bianca Byington), não tem voz ativa na casa. A única que tenta ajudá-la é a irmã Marcelina (Renata Nascimento), menina que, apesar de cega, sabe de tudo o que acontece a sua volta. Após várias armações, porém, Cecília cede à pressão e torna-se esposa de Fernão. Tempos depois, no entanto, o casamento acabaria anulado.

Por conta da baixa audiência o autor se viu obrigado a fazer algumas mudanças na trama, incluindo novos personagens. Assim a trama acabou ficando mais leve, apesar da carga dramática ainda ser
bem forte, Apesar do relativo fracasso, a trama teve que ser esticada três meses por conta da sinopse de Maria Adelaide Amaral que foi vetada na época, sendo assim, Emanuel Jacobina foi convocado às presas para escrever Coração de Estudante.

A Padroeira foi baseada em ideia original do diretor Walter Avancini, que se afastou da novela em julho de 2001, por problemas de saúde, e faleceu dois meses depois.

O que esperar de Rock Story?



A Globo começou a intensificar as chamadas da nova novela das sete apenas duas semanas antes da estreia. Isso é motivo para se preocupar? É sim! Ainda mais que as novelas das seis, e das nove, estão enfrentando problemas de audiência. Antes da divulgação, pouca coisa se sabia sobre a trama, e agora com as poucas chamadas no ar, parece que a trama vai ser bem gostosa de assistir.

Até então só tinham sido divulgadas notícias do elenco adolescente, parecendo ser uma Malhação no horário das sete, mas as chamadas estão mostrando o outro lado, como por exemplo a história do personagem de Vladimir Brichta e Nathalia Dill. Aliás, vai ser muito bom ver o ator novamente em uma novela. A única coisa absurda até agora é o romance que Alinne Moraes vai ter com Rafael Vitti durante a trama. E ele por exemplo, acho bem fraco. Vamos ver no ar, estou falando isso pelas poucas cenas que vi do personagem na internet.

A história é bem clássica, e acho que vai ser uma grande novela, mas não podemos nos deixar enganar pela chamada, o que quero ver mesmo é a trama no ar. As últimas tramas do horário foram muito bem aceitas, e eu realmente espero que a qualidade continue com a sucessora de Haja Coração. Tudo isso vai depender muito de como Maria Helena Nascimento vai conduzir a trama. Se a audiência vai continuar lá em cima como a atual? É uma grande dúvida, ainda mais com essa divulgação bem fraca, mas para mim, como telespectador, só espero que a trama seja agradável e envolvente como é vendida nas chamadas.

O início promissor da segunda fase de A Lei do Amor



 A Lei do Amor começou calma no estilo novelão romântico das seis, talvez isso tenha afastado um pouco o público na primeira semana. A primeira fase foi bonita, mas não parecia ser uma novela das nove. Isso não é ruim, mas quem assistiu a primeira fase, quando começou a segunda, parecia estar assistindo outra novela. Acho que se a trama tivesse começado sem um prólogo, teria atraído mais o telespectador, já que depois do quarto capítulo, foi quando novela realmente começou.

Demorei um pouco para falar sobre a trama, mas acho que 15 capítulos é o bastante pra saber o que me agrada ou não. E deixando de lado aqui os erros de escalação, onde José Mayer vive o mesmo personagem de Thiago Martins e Vera Holtz continua sendo Vera Holtz, vou falar sobre a história em si, e a história em si me agrada muito. Aliás, o erro que citei, não teria se a primeira fase não tivesse existido.

Toda a história de amor de Pedro e Helô é linda, o casal tem química e Cláudia Abreu e Reynaldo Gianecchini estão ótimos, mas até agora, a verdadeira protagonista da trama é Grazi Massafera. Luciane é uma personagem importante na história, enfrenta a vilã e não tem papas na língua. Mais uma grande personagem para a atriz que está sabendo aproveitar e mostrar seu talento. Vera Holtz também está ótima como a diaba do horário nobre, assim como José Mayer, seu personagem é de dar nojo de tão imundo. Não quero deixar de citar também Bruna Hamú que mesmo sem um grande destaque, está roubando a cena toda vez que aparece, e Camila Morgado, como é bom vê-la de novo na telinha, e quero ver mais cenas dela com Grazi, essa dupla promete!

De ponto fraco cito a personagem de Isabella Santoni, que personagem insuportável! Tudo bem que ela é manipulada pelo pai, mas nada ali convence, os autores precisam humanizar a garota, se não a rejeição vai vim, o que já vejo nas redes sociais. Nada na personagem me agrada, e nem o fato de ela ter estado doente muda a visão, pois ela mesmo usa a doença para manipular a mãe. Claudia Raia está maravilhosa, como sempre, mas o perfil da personagem parece muito com o que a atriz já fez, acho que merecia mais.

Enfim, é uma trama clássica com cara de novela das nove, como eu pedi todos os meses que a novela anterior estava no ar. Repleta de mentiras, segredos, problemas de família, comédia... Os autores estão sabendo conduzir a trama sem enrolação, como por exemplo, a grande armação de vinte anos atrás já foi descoberta pelo Pedro no início da segunda fase, e isso foi uma grande jogada dos autores. É continuar de olho e torcer para manter o nível desse início (da segunda fase).

Fresno se supera com A Sinfonia de Tudo que Há, um disco sobre a vida, a música, os sonhos e a voz

 


A Fresno é uma banda que já passou por diversas fases e mudanças. Após o ótimo disco de estúdio Infinito (2012), eles demoraram quatro anos para gravar um novo disco de inéditas, e parece que isso foi proposital. Lançado ontem em todas as plataformas digitais, A Sinfonia de Tudo que Há mostra todo o amadurecimento da banda, que já era notável em Infinito, e um pouco mais no EP Eu Sou a Maré Viva (2014).

Sexto Andar é a música que abre o disco, e já podemos perceber do que tudo isso se trata. Isso se trata muito mais que um disco de inéditas, isso é um apelo, é sobre a vida, é sobre sonhos, é sobre a verdade de cada um. É sobre a música, sobre a voz. A faixa Eu Sou o Trovão tem a participação de Caetano Veloso, e após ouvir, realmente podemos entender o motivo dessa participação, ele tem tudo a ver com a faixa e somou muito ao projeto. Além das letras muito bem escritas, o disco é muito bem produzido, os arranjos são de uma beleza fora do normal. "Eu canto pra tirar do peito esse nó/ Que paralisa toda vez que eu fico só/ Me tirem tudo, mas me deixem com voz/ Enquanto houver um coração batendo em nós...", essa é uma parte de Abrace a Sua Sombra, uma das melhores músicas do álbum e que deixa nítido sobre o que eu falei ali em cima, sobre isso ser sobre toda a trajetória da banda até aqui. Em Astenia podemos ouvir o Lucas cantando sobre um amor que não existe mais, sobre alguém que foi embora e deixou sua marca, e é aí que podemos ver que apesar de toda a evolução, a essência da banda não muda. A Fresno que conhecemos sempre vai estar aqui, O Ar também prova isso, já que é a única música já conhecida de fato pelo público, já que fazia parte do projeto solo do LucasVisconde. "Sem ter razão, eu te dei meu coração/ Sem saber que eu precisava dele pra viver..." o amor que machuca está presente mais uma vez na música Axis Mundis, uma das músicas mais lindas do disco, e se você prestar atenção no arranjo, é algo que não dá pra explicar de tão lindo. Maldição talvez seja a música mais pesada do disco, que lembra muito o som do EP Cemitério das Boas Intenções (2011). A Sinfonia de Tudo que Há é outra música que diz muito sobre o que a música é na vida do vocalista, que sim, é um dos grandes compositores da atualidade. 

O trabalho é bem diferente dos anteriores, em todos os aspectos, e isso é muito bom. A espera valeu a pena e a banda entregou mais um trabalho de qualidade para o público. As pessoas que ainda sentem certo pré-conceito com a banda deviam fechar os olhos para quem canta e julgar o trabalho em si, tenho certeza que mudariam sua opinião se ouvissem de ouvidos nus. 

NOTA: 9/10


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