A virada de "Cobras e Lagartos"

Foto: Divulgação/TV Globo

Recentemente, fiz uma análise de "Cobras e Lagartos", pontuando o casal monótono composto por Bel (Mariana Ximenes) e Duda (Daniel de Oliveira). Contudo, a realidade é que a narrativa se apresentava fraca, com escassos atrativos. A personagem Ellen (Taís Araújo) não teve um destaque significativo nos primeiros 50 capítulos. Além disso, foi dedicado tempo excessivo de tela para personagens como Eva (Eliane Giardini) e sua família, um núcleo que não contribui para a trama e está longe de ser cômico. Da mesma forma, a família de Foguinho (Lázaro Ramos) excedeu os limites do aceitável, mesmo considerando a época em que a novela foi transmitida. 

A narrativa apresentava muitas pontas que precisavam ser melhoradas. Não estou certo se foi uma escolha deliberada do autor, no entanto, a partir do capítulo 52, pra ser exato, a narrativa sofre uma reviravolta e as coisas começam a se desenrolar. Luciano (Carmo Dalla Vecchia) é apresentado na história e começa a ganhar destaque ao lado de Letícia (Cléo). Estevão (Henri Castelli) se casa com Bel, o que abala seu relacionamento com Leona, chegando até mesmo a abusar fisicamente. Se antes Leona era a mentora de tudo, agora, casado com a heroína, Estevão parece insinuar que também usou Leona para alcançar seus objetivos. 

Além disso, temos Foguinho, que após roubar a fortuna de Omar (Francisco Cuoco), tem momentos de remorso e considera abandonar tudo. De fato, ele é um dos personagens mais complexos da história, o que faltava nos outros núcleos. 

Eu me questionava sobre como uma novela tão inconsistente poderia ter alcançado tanto sucesso. Contudo, compreendi que, ao longo da trama, o autor foi capaz de transformar a situação. Atualmente, me vejo em um momento em que desejo assistir a um capítulo após o outro, sem certeza se essa vontade permanecerá até o final. No entanto, senti a necessidade de ressaltar que sim, "Cobras e Lagartos" melhora progressivamente, e estou aliviado por não ter desistido devido ao início fraco. 

P.S: Um dos grandes problemas continua sendo a direção. Que coisa cafona.

P.S 2: Marília Pêra está simplesmente perfeita como Milu. 

As cinco mais de "Junior - Solo"

Junior recentemente lançou seu álbum de estreia, intitulado "Solo". Co-produzido pelo próprio artista e uma equipe de produtores talentosos, "Solo" marca o retorno triunfante de Junior à cena musical pop. Após anos se dedicando a projetos alternativos e explorando diferentes estilos musicais, ele finalmente retorna às suas raízes pop com este lançamento.

DE VOLTA PRA CASA: A faixa de abertura do álbum é uma obra autoexplicativa, cuja letra ilustra a jornada do artista ao reorientar sua carreira para a música solo. A faixa é irresistível, apresentando um refrão cativante. Após ouvir o álbum inteiro, fica claro que nenhuma outra poderia ter aberto de maneira tão perfeita.


SOU: Embora o refrão seja mais animado, a letra desta canção é uma das mais belas do projeto. Foi durante um momento de solidão, quando coloquei o álbum para tocar, que me encontrei profundamente envolvido com a letra desta música. Admito que anseio por uma versão acústica em algum momento.

TENTANDO ACERTAR: Essa música conquistou meu coração desde a primeira vez que escutei o álbum. Sua composição é incrível, destacando-se um refrão cativante. Curiosamente, mesmo sendo completamente distinta, eu a conecto com "Duras Pedras", do primeiro álbum de Sandy. De formas variadas, ambos os temas abordam os desafios e triunfos da vida.

PASSAR DOS DANOS: Esta música me cativou desde a primeira audição. Ao concluir o álbum pela primeira vez, ela se destacou como minha favorita. Sua letra romântica é tão universal que qualquer um pode se identificar. Meses se passaram, e ainda continua me emocionando de uma maneira muito especial.

NINGUÉM É SANTO: Ao interpretar uma relação tumultuada que ainda assim é intensamente apaixonada, acredito que esta faixa seja a mais sensual do projeto. Em contraste com as demais que se destacaram imediatamente após o lançamento, essa conquistou meu apreço ao longo do tempo. Não consigo precisar o momento exato, mas em algum ponto me vi cativado por essa faixa, que exala um ar sedutor e envolvente.

E você, já ouviu o álbum "Solo" do Junior? Me conta qual a sua música favorita nos comentários!

Maratonando "Desejos de Mulher" - Semana 1


Finalizei a primeira semana de Desejos de Mulher, novela de Euclydes Marinho que foi disponibilizada na Globoplay nessa semana. 

Os seis primeiros capítulos mostram que o tom da novela se destoa completamente do horário que é marcado pela comédia. A trama, pelo menos nesse início, se enquadra muito em uma trama das oito, e se a gente voltar ao passado, a novela foi cotada para o horário nobre em um primeiro momento. 

As protagonistas, Andréa (Regina Duarte) e Júlia (Glória Pires), são os destaques nesse primeiro momento. A primeira, uma mulher de sucesso que vê sua vida mudar ao descobrir que é adotada, e a segunda, dona de casa, vive um casamento feliz, mas tem traumas de infância onde sempre foi colocada pra baixo ao ser comparada com a irmã. Sua vida também muda no momento que o seu marido é preso no dia do seu aniversário. 

A fama da novela não vem ao caso nesse momento, e eu sei o risco que eu estou correndo de me decepcionar ao longo da novela. A julgar essa primeira semana, a novela parece ter grande potencial. Até mesmo o núcleo das modelos, onde Gabriela (Mel Lisboa) já tem certo destaque e um grande desejo de se tornar uma modelo de sucesso. Li que ela se torna vilã lá na frente, mas aqui ela já mostra que de mocinha não tem nada. 

Sobre Chico (Eduardo Moscovis), que no primeiro capítulo aparece na ótima cena em que Glória Pires ataca uma barraca de peixe em uma das poucas cenas que miram no humor, se torna chato ao passar os capítulos. A crise no casamento, o pedido de divórcio vindo da mulher, fazem o personagem entrar no fundo do poço e meter os pés pelas mãos em situações constrangedoras e que nada acrescentam pra trama.

RAPIDINHAS:

- Herson Capri tem a mesma cara em todas as novelas que eu assisto. Nesse início, só apareceu bebendo ou nadando. Vida difícil... 

- Alessandra Negrini é um monumento. Eu era bem criança na exibição original, e confesso que o pouco que lembro das cenas é da Selma.

- A trilha sonora dessa novela é uma das melhores que existem. A minha maior curiosidade é por conta da trilha nacional, que minha mãe tinha o álbum e eu era apaixonado.

- Regiane Alves se destacou com a Dóris em "Mulheres Apaixonadas", em 2003, mas certeza que viram potencial para escalar a atriz depois da sua participação em "Desejos de Mulher".

- Glória Pires engole Regina Duarte nas cenas entre irmãs. 

Globo muda a regra e escala "Alma Gêmea" para o Vale a Pena Ver de Novo

A norma era que o Vale a Pena Ver de Novo exibisse apenas reprises de novelas do horário nobre, mas visto que a audiência das últimas escolhas não foram tão bem, a emissora recalculou a rota e anunciou "Alma Gêmea", sucesso de Walcyr Carrasco no horário das 18h, para substituir "Paraíso Tropical". 

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A novela foi a maior audiência do horário nos anos 2000, e volta ao ar em maio. Segundo alguns colunistas, a TV Globo deve deixar a trama no ar até janeiro de 2025.

Jão atinge o ápice de sua carreira - até aqui - com a "SUPERTURNÊ"

Foto do show da "SUPERTURNÊ" em São Paulo/SP.

Vou em shows do Jão desde a primeira turnê, quando estive em Porto Alegre para vê-lo a primeira vez durante a passagem da "Turnê Lobos" pelo estado do RS. 

No último sábado, tive uma experiência surpreendente ao assistir ao espetáculo "SUPERTURNÊ" em Florianópolis, realizado na prestigiosa Arena Opus. Da mesma forma que ocorreu na turnê anterior, a plateia apresentava uma mistura de jovens e adultos. Todos eles, independentemente da idade, estavam ali unidos por uma única razão: prestigiar o Jão.

Ao adentrar o palco, percebi que não era mais o mesmo artista das turnês anteriores, uma evolução que se tornou evidente em cada apresentação que presenciei. A "SUPERTURNÊ" representa o auge da carreira de Jão até o momento. O cenário, as luzes, as mudanças de figurino, os efeitos especiais, a setlist meticulosamente planejada e a banda extraordinária, todos em perfeita harmonia com o artista.

João amadureceu e é visível o quanto ele se sente confortável em um palco. A lista de músicas, englobando todas as etapas de sua carreira, garante que o público esteja sempre a cantar. As canções abordam temas como amor, liberdade, sexualidade e até mesmo uma pitada de tristeza. 

Também é importante mencionar que a produção foiextremamente pontual, tanto na abertura dos portões quanto no início do show. Ademais, membros da produção estavam constantemente distribuindo água, tanto na fila quanto dentro do evento após os portões abrirem.

Em determinado momento, Jão falou que trabalhava duro pra retribuir com o melhor para o seu público, e de fato, a "SUPERTURNÊ" é o melhor que ele já fez até aqui.

NOTA: 5,0/5

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